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O Ouriço

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Exportação agrícola

Jack Soifer 17 Jan 12

Em 2004 muitos analistas previram a actual crise. Alguns sectores em alguns países prepararam-se e em 2012 crescerão em negócios  com carros blindados, alarmes e portas de segurança para Portugal. Também convém apostar em flores e plantas ornamentais, pois por cá temos um grande potencial. Se deixarmos a antiquada ideia que agricultura é para trolhas e mal paga, podemos começar por invistir em agrotech, livre de preconceitos.

 

Os Norte-europeus vêm cá aproveitar água, solo e sol para exportar morangos, alface e pimentos entre outras actividades agrícolas. Um grande potencial são plantas ornamentais para países com pouco sol, como a Escócia, os Nórdicos, a Alemanha, pouco afectados pela crise. Exportar relva tipo gramas, que usa pouca água e azevens, mais resistentes, é lucro certo.

 

Plantas ornamentais e aromáticas, como murta, alecrim e rosmaninho, ganham mercado. Delas  obtem-se essências para cosméticos. Tudo isto exige alguns hectares fáceis de arrendar, pouco capital, mas muito trabalho. O mercado de alimento biológico aumenta uns 30% por ano. O solo precisa de plantas que substituam os químicos.

 

A raíz do crisântemo selvagem contém rotenona, que tem o efeito negativo para os animais de sangue frio. Se não conseguir fazer contactos na DGPC Direcção Geral de Produção das Culturas que tem como parceiras as gigantes fitofarmacêuticas e costuma “encravar” as PMEs, represente e homologue produtos para a agricultura e jardinagem biológica pois ainda é um mercado por explorar.

 

A agricultura biológica perde 30% do produto, mas economiza 70% dos encargos. Foque as vendas nos Nórdicos, Holandeses e Norte-Alemães. A palmeira anã, chamaerops humilís, típica do Algarve vende muito bem nos países do Golfo. Exige pouquíssima água, mas muita poda e cresce devagar. Cada planta, meio-alta, custa lá nove mil euros.

 

Outra dica: Produzir, secar e empacotar a Lucilima, Lemon Verbena, chá muito popular na Inglaterra; e a Erva Príncipe, popular na Alemanha. Se o travam, plante cá e leve para o outro lado do Tejo ou do Guadiana para exportar de Espanha, com os seus parceiros “nuestros hermanos”. Uma só visita à Biofach em Nuremberga e vende tudo, se os seus produtos tiverem certificados de qualidade.

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