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O Ouriço

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Os preços dos cereais disparam

Jack Soifer 10 Out 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faz-me impressão o quanto os políticos falam inverdades, ou são tão arrogantes para não ouvir os grandes conhecedores do mundo real, e que os cercam? A decisão do BCE tem consequências boas apenas para uns poucos países, como o nosso, e só a curto prazo. A longo prazo enfrentamos uma enorme estagflação, como se lê na VISÃO online Altavisa, “Crise e Estagflação”, texto baseado nas análises dos conhecidos economistas Joaquin Féis (americano) e Robin Bew (inglês, The Economist). Os ciclos voltam, a história repete-se, mudam-se os ministros, mas é sempre o mais desprotegido quem paga pelo erro dos responsáveis. No site do http://www.igc.int/grainsupdate/igc_goi.xls#Summary!A1 estudo com frequência o que ocorrerá com os preços dos cereais e em outros, os de alimentos, aço, crude, etc. Qualquer jornalista ou consultor pode lá ver resumidos ou detalhados, os estudos de centenas de especialistas que aconselham as maiores empresas do planeta. Conclusão, os PREÇOS DOS CEREAIS VÃO DISPARAR, devido ao aumento da procura e à quebra na colheita de bens essenciais como milho e trigo, na ordem dos 20 a 25% para a safra 2012/13. No site da NASA lê-se ainda que as explosões solares trarão seca e enchentes extremas ainda em 2013, o que se refletirá nas expectativas da safra 2014 e pressionará os preços já em 2012. Estagflação é quando a economia estagna mas a inflação sobe acima dos 1% ao ano. Esta tendência já se lê nos preços das ações dos mega- distribuidores destes bens essenciais, que, em apenas 1,5mês valorizaram até 18%. A decisão do BCE vem pôr lenha na fogueira dos que prevêem a estagflação que, durante décadas aponta sempre para a subida dos preços dos alimentos, em detrimento dos supérfluos e bens de capital. Assim, o Banco Central da Suécia (não está no €), decidiu não baixar a taxa de juro e, ao contrário, aponta para um viés de diversificá-la, i.e, travar os empréstimos para investimentos p.ex. em imóveis (a Suécia teve um aumento do PIB de 4,8% em 2011) e para alguns tipos de consumo, para prevenir uma futura inflação. E nós, que importamos 70% do que comemos? O juro zero na Alemanha e 9% aqui, para quem investe na dívida soberana, demonstra que temos uma Zona Euro a dois tempos e que a solução do BCE tratou apenas do efeito e não das causas que assolam o Euro. O que ocorreu em 1974 e 2004 voltará em 2014. Porquê desprezamos a ciência da economia, em detrimento da arte financeira e do malabarismo politiqueiro?

 

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