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O Ouriço

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Francisco Assis e a CLIOpátria.

John Wolf 12 Out 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Francisco Assis traiu a mística do seu nome - a origem abastada convertida a humilde servidor. Segundo reza a história, São Francisco de Assis era filho de um rico mercador de têxteis no final do século XII (d.C.), e após regressar da guerra em 1204, o homem, nascido com o nome Giovanni Francesco di Bernardone, decide abdicar de uma vida airosa, descer do seu cavalo altivo e espalhar o bem pelos indigentes do mundo. Uma decisão altruista que tem servido como referência inabalável de valores. Um legado destes não é para qualquer um. Assim não entendeu o deputado Francisco Assis, ex-prospectivo-lider-partidário-quiçá-primeiro-ministro. O político portou-se com uma menina mimada, uma CLIOpatra com uma noção muito distorcida do valor humano, do mérito independente da vergonha que deveria ter na cara. Estes são os administradores que utilizam palavras vulgares, mas que ofendem de um modo incisivo. O que este senhor disse eterniza a problemática da diferenciação social que se faz sentir no país, o vincado por classes, a presunção de ser melhor do que o próximo. Isto é grave, mas condiz na perfeição com as infracções cometidas na estrada política por agentes desprovidos de sentido de missão, a ética que deve abraçar as consternações de um povo flagelado pela situação presente. Que mais posso dizer? Tenho carta de condução e há uma linha contínua que não deve ser transposta.

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2 comentários

De P a 13.10.2012 às 02:19

Quando no liceu havia 2 ou 3 colegas de origem aristocrática, hoje tudo fala à tia, todos têm origem aristocrática. Quase não conheço ninguém que não informe subliminarmente a humanidade estar em presença de um filho de algo. No pessoal de esquerda até faz aflição como há tanto fidalgo vermelhom ! Não sei como de 80% de analfabetos em 1930 se passa para 80% de portugueses de origem aristocrática mas lá que se passou, passou! O pardieiro dos avós é hoje solar, o lameiro herdade e daí ninguém os tira!

De John Wolf a 13.10.2012 às 12:21

Caro P, obrigado pelo comentário. Tem razão. Chegou o momento da sociedade anónima destronar a filiação, seja de apelido ou ideológica. Portugal estratificou-se ao ponto das pessoas julgarem que é essa a verdade. Antes de uma União Europeia há que ir além da divisão interna, que distingue uns em detrimento de outros...

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