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O Ouriço

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Conversa da treta #2

Mendo Henriques 11 Nov 12

A linguagem da treta sempre despertou a atenção de pensadores de todas as épocas. O Elogio da Loucura, de Erasmo, e o Gargantua e Pantagruel, de François Rabelais, são dois monumentos da literatura renascentista a zurzir nos disparates à solta, na loucura que periodicamente se apodera da mente humana. Bouvard e Pécuchet é um delicioso livro de Gustave Flaubert sobre os pequeno-burgueses armados de informação que decidem discorrer sobre os destinos da humanidade. Já no século XX, Acerca da Estupidez, do grande romancista Robert Musil e O Predomínio do Logro, do filósofo Max Black, narram o que sucede quando os cretinos querem tomar conta do mundo. Wittgenstein também dedicou muitos dos seus livros à identificação e combate ao non sense. Mas até surgir o livro de Frankfurt, ninguém se preocupara em elaborar uma teoria geral sobre este tema fascinante, definindo a estrutura da treta e as condições lógicas que a acompanham.

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1 comentário

De John Wolf a 11.11.2012 às 17:46

Em grande Mendo. Essencialmente é disso que se trata.

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