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Blogosfera que Pica
Jack Soifer 28 Mai 13
O Ministro das Finanças permitiu um alívio fiscal para investimentos de 5 milhões, sem especificar um número mínimo de empregos nem qualificar este investimento. Isto irá atrair piratas.
O investimento pirata compra uma empresa para exauri-la, retirar os seus fundos de reserva, vender prédios e máquinas e arrendá-las de volta, assinar contratos com alto lucro a curto prazo e desastroso a longo, e sair, às vezes sem pagar os atrasados aos empregados. O especulativo compra ações ou empresas a preço baixo e vende-os assim que aumentam o valor em 10 a 20%. O investimento tecnológico traz ao país ou região uma tecnologia que, integrada ao tecido empresarial local, cria mais valor para todos. No Banco Interamericano, no Mundial e no Conselho Económico e Social do Presidente Lula eram estas análises que fazíamos para estimular o investimento produtivo, nacional ou estrangeiro.
Pela proposta agora apresentada assim que o crédito fiscal for utilizado, os piratas regressam à casa mãe e deixam-nos com edifícios já vendidos à banca, que vai ao governo para cobrir o rombo.
Aqui fala-se em atrair o investimento, mas não se faz esta distinção; com frequência o especulador traz desemprego e insolvências às empresas locais exceptuando-se as que têm amigos nos governos. O bom investimento vem com frequência de PMEs com tecnologia que economiza materiais, energias, faz produtos duráveis, e assim, sustentáveis. Ela mui raramente começa com milhões.
Vários estudos mostram que as inovações não estão nas grandes, às vezes nas médias, quase sempre nas pequenas empresas. Para atrair este investimento é preciso ter em organismos como a AICEP experientes químicos e engenheiros. Eles analisam o efeito multiplicador destas tecnologias, ao avaliar a sua procura de materiais, componentes ou serviços regionais para o novo negócio.
Esta análise é vital para trazer-se para a região ou país os valores da exportação ou reduzir importações.
P.ex, um investimento que aparenta ser bom para o país, em imóveis, e gerou emprego nas décadas de 80 e 90, foi desastroso ao continuar a oferecer fogos nas décadas seguintes, e provocou um stock de 400 mil fogos sem clientes. Quase 40 MM€ que deveriam ter modernizado as PME foram para a especulação.
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