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O Ouriço

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Razões da Crise em Portugal

Jack Soifer 20 Jan 12

 

 

É obrigação dos governos inspirar confiança; das oposições políticas serem pessimistas; da banca ser cautelosa; dos consultores serem realistas.

Portugal, ao contrário do Reino Unido  e  da Alemanha, onde a crise é apenas  financeira, tem aqui tambem a estrutural.

Os governos deixaram crescer demais a indústria de construção para as classes A e AA, a hotelaria luxuosa, com valores do passado, e obras públicas faraónicas, motivada pelo lobbie dos mega-grupos.

O Banco de Portugal há mais de década permite a alguns bancos emprestar sem garantias reais, baseados em ‘futuro valor de mercado’, desrespeitando os critérios do Acordo de Basileia.

O Banco de Portugal permitiu um giga endividamento privado para bens supérfluos, como tv- plasmas e férias no exterior, que não geram emprego por cá.

 Os Governos concessionaram em poucos grupos, indústrias e serviços de base onde o lobbie impede a real concorrência e os tornam pouco competitivos, onde os superlucros não são reinvestidos para melhorar a qualidade ou produtividade, mas para adquirir e fechar os concorrentes. Assim, pouco exportamos e muito importamos, o que gerou a recessão.

A elite e os grandes patrões, desde Salazar, a agricultura é vista como algo para analfabetos e trolhas. Aí, em Agrotech e Agroindústria, temos um enorme potencial de emprego, produtividade e exportação com bons lucros. Mas nos jornais, na elite e n’alguns bancos este sector é desprezado.

Assim, as mudanças estruturais levarão tempo. Levou doze anos na Dinamarca nos idos 1970, oito nos EUA dos 1990, a era Clinton.

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