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O Ouriço

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São curiosas as declarações de Passos Largos em diversas ocasiões. Encontro com imigrantes, na Amadora: "Posso-vos garantir que eu sou o mais africano de todos os candidatos ao Parlamento que existem em Portugal." Encontro com trabalhadores da Auto-Europa: "Posso garantir-vos que sou o mais alemão dos candidatos que existem em Portugal. Tenho um VW e tudo." Distribuindo panfletos em Canal Caveira: "Posso garantir-vos que sou o mais alentejano dos candidatos que existem em Portugal. Parávamos aqui todos os anos, quando íamos de férias para a casa da Manta Rota." Ora bem, vale a pena dissertar sobre o conceito de "idiota", termo com origem no grego "idiotes" que significa "pessoa leiga, com falta de habilidade profissional", na acepção original, idiota designava literalmente o cidadão privado, alguém que se dedicava apenas aos assuntos particulares em oposição ao cidadão que ocupava algum cargo público ou participava dos assuntos de ordem pública. O termo evoluiu de forma algo depreciativa para caracterizar uma pessoa ignorante, simples, sem educação. Popularmente, um idiota é um indivíduo tolo, imbecil, desprovido de inteligência e de bom senso. Na Psiquiatria, a idiotia é o diagnóstico atribuído ao indivíduo mentalmente deficiente, com grau avançado de atraso mental. No estado de idiotia profunda, o portador desta patologia tem as suas capacidades vitais reduzidas num estado semelhante ao coma. Acontece que, numa rápida análise do texto bíblico, em particular por Mt 5,22, se encontra uma referência que me dá que pensar e nela devem pensar, igualmente, todos os cristãos. Jesus afirma que quem insultar o seu irmão (a palavra grega, raká, é considerada um termo abusivo, com um significado mais provável de: tolo, burro ou cabeça-oca), estará também sujeito ao sinédrio, ou seja, será julgado. Jesus ainda continua dizendo que quem chamar o seu irmão com o adjetivo grego moré (traduzido para o inglês como foolish e para o português como tolo, néscio, imbecil e tonto) estará sujeito a geena do fogo. Embora me pareça uma sentença demasiado dura para o caso, vou respeitar. Passos disse tudo isto com a "habilidade comunicativa" que lhe é reconhecida. E mais não digo que não quero ir para o inferno (ou quero?! - questão existencial que abordarei noutra hora). E é esta a criatura que responde "... se me pergunta se eu vivo confortavelmente com um emprego para a vida toda, a resposta é não. Tenho que fazer pela vida" (Passos Coelho, in "Expresso", 23 Janeiro 2010) - Um problema que me aflige seriamente. Como se explica que não façamos nada para melhorar a qualidade de vida do "nosso" primeiro-ministro, quando, todos os dias, ele nos surpreende com fórmulas (matemáticas, científicas, filosóficas e outras ...) com impacto reconhecido nas nossas vidas? Povo injusto, é o que é! - quanto à promessa de diminuir entre 5 a 10% os salários dos políticos, tão falada durante a campanha eleitoral, era o que mais faltava era cumprir promessas eleitorais ... onde é que tamanha enormidade já se viu num regime democrático? (AM)

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