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O Ouriço

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Os feriados são dias uteis

Francisco Cunha Rêgo 27 Jan 12

Acabar com os feriados 1 de Dezembro e 5 de Outubro, datas que fazem parte do nosso Bilhete de Identidade e valem pelo simbolismo do país que somos ainda, é como acabar com datas de nascimento da História de Portugal, a República a 5 de Outubro 1910 e a reconquista da independência do Reino de Portugal a 1 de Dezembro de 1640. Agora só falta mudar a nacionalidade para sermos outra coisa (talvez alemães, ou JPMorganianos, ou Goldman Sachsianos, ou...nada?).

A nação mais antiga da Europa, com uma história rica e variada, de Norte a Sul e de Ocidente a Oriente, vai ser a primeira a perder identidade cronológica? Em favor do quê e de quem? Não estou a ver os espanhóis, franceses, italianos, russos, alemães, japoneses, brasileiros, sul-africanos,etc....., a abrirem mão de datas tão simbólicas da sua História. Todos os países têm feriados como dias uteis para a sua memória e identidade nacional. Perder estes é uma indignidade perante nós e os outros. A troco de quê?

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2 comentários

De maria clementina a 28.01.2012 às 00:57

a troco de nada.
é o que todos sentem ao viver como a ler este post.
mas este.. não podia ficar sem resposta..
embora pobre
embora a possível
embora a que fica
porque no fim, sobre nada
a troco de nada

não fossem os feriados religiosos tidos na mesma conta
como se fossemos há setecentos anos
como se precisassemos desses coisos que já nem ajudam tanto socialmente como durante a idade média
porque as coisas, a vida, tudo, tem outro sentido

embora os velhos do restelo permaneçam petrificados por aí..
ah e tal, os feriados religiosos
a religião colada com cuspe aos bons costumes, colados com cuspe a tantas ideias..

a troco de nada..


vim aqui dizer apenas que... a troco de nada

(podiamos perder todos os feriados religiosos. natal à mistura. mas não perder a noção de estar aqui. de ser daqui. mas resta-nos a memória. e quem as não as tiver muito más, pode acumular coisas boas. de resto. adeus portugal. gostei tanto de te conhecer, que tenho pena de te perder...

De Filipe a 28.01.2012 às 12:38

Em troca de mais produção(Mais horas sentados numa cadeira), que não vai refletir nada na economia. Não me parece que seja a quantidade de horas que nós vamos passar a trabalhar, mas sim qualidade.

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