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O Ouriço

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Moedas ao Ar

Faust Von Goethe 28 Jan 12

Numa semana onde muito se especulou sobre a eventual bancarrota Portuguesa, Carlos Moedas como forma de acalmar  os mercados, decidiu escrever um artigo no Wall Street Journal intitulado 'Portugal is beating the headwinds'. 


Embora concorde com o diz João Galamba, quando ele afirma que "O problema é o próprio programa de ajustamento ser errado e estar a lançar Portugal para uma profunda recessão, o que torna os esforços do governo em cumprir o que lhe foi imposto absolutamente irrelevantes." e quando diz que "Portugal não tem futuro enquanto a Europa não mudar radicalmente de política e empreeender uma radical reforma institucional", tenho de reconhecer que, mesmo não concordando com algumas coisas que diz Carlos Moedas, admito que o momento em que o artigo é escrito foi deveras oportuno pois esta semana deu-se o Conclave de Davos, próxima 2ª feira Cimeira Europeia e próxima 4ª feira o IGCP vai fazer dois leilões de títulos de Tesouro.

 

Não foi por acaso disponibilizei na 6ª feira passada o documentário Memórias do Saque sobre a bancarrota Argentina de 2001 (vale a pena ver o documentário, pois é bastante instrutivo) e que me dei ao trabalho de escrever o post ESPECIAL TROIKA: De rating bestiAAl a rating de BBesta. Felizmente a mensagem ao que parece passou. A título pessoal, fiquei duplamente feliz pois ontem a agência de rating Fitch deu-me razão. Resumindo: O problema de momento não é Portugal. O problema de momento são Espanha e Itália

 

Mas isto não significa que, como disse Carlos Moedas, que tudo esteja a correr bem no programa de ajustamento. Em particular, há que sentar à mesa com os credores e propor, já que nos estamos a portar-nos assim tão bem, que se faça uma auditoria à dívida (nada a ver com perdão desta) e renegociar o juro do empréstimo, pois o valor que estamos a pagar aos nossos parceiros Europeus bem como ao BCE parece-me exagerado em época de deflação.

 

Todos estamos a aprender com esta crise. E se sairmos dela com a cabeça erguida, seguramente sairemos mais instruídos e mais cientes das nossas escolhas futuras, quer políticas, quer económicas.

 

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