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Blogosfera que Pica
Francisco Cunha Rêgo 31 Jan 12
Estamos ainda em tempo de tranformação mundial e de crise da Europa, e não do Euro, a qual ainda não 'começou a acabar'. Politicamente não sabemos como ela vai ficar e económicamente, em Portugal, a produção e o consumo não prometem PIB decente para pedir emprestado dinheiro que se veja.
No meio de tanta informação económico-financeira, o que me salta à vista são factos políticos: a afirmação de novas potências como Brasil e Turquia; os efeitos das revoltas àrabes; a afirmação da China; as transformações em curso na África negra, onde nasceu o mais recente país e existe o exemplo de uma África do Sul; a transformação em Cuba, onde, não por acaso, o Papa irá pela segunda vez (antes foi João Paulo II); etc.
Mais próximo temos, em França, François Hollande a ganhar distância de Nicolas Sarkozy, de tal maneira que Angela Merkel já ofereceu a sua ajuda. Em Itália, um laboratório da política moderna, estamos a assistir ao germinar de uma transformação da sociedade e dos partidos, onde governo recua nas privatizações e avança na abertura das actividades económicas à concorrência. Se conseguir gerar uma renovação da classe média, garante condições para a sua Democracia.
Mas sobretudo nos EUA, Obama tem marcado pontos (alguns muito parecidos com os de Hollande) defendendo: a transformação do modelo energético americano, até aqui mais dependente do petróleo, industria muito subvencionada pelo Estado; a re-industrialização da America e a taxação sobre as empresas que se deslocalizem; um grande investimento em infraestruturas públicas; a criação de um imposto mínimo para as empresas; a redução significativa das despesas militares; a sobretaxação dos rendimentos acima de 250 mil dólares; o controlo da Finança, proteção dos seus consumidores e maior combate ao crime financeiro; a renegociação dos empréstimos/hipotecas bancários para ajudar as pessoas a pagarem as suas dívidas; limitação do poder de lobby da Finança;
Todas as decisões que implicam o Poder são decisões políticas. É o que precisamos ver de novo.
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