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O Ouriço

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A liga árabe tem medo de quê, afinal?

Artur de Oliveira 31 Jan 12

 

 

 

Desde a “Primavera Árabe” que os países que compõem a  Liga dos Estados Árabes (que mais lambe as botas da ONU do que demonstra ter opinião própria) andam a correr contra o tempo.

Sabe-se que mesmo que o Presidente Sírio Bashar al-Assad venha a cair, outros regimes tradicionais seguir pelo mesmo caminho, mais cedo ou mais tarde, como num castelo de cartas. É uma mera questão de tempo.

O Presidente da Liga dos Estados Árabes e também Primeiro-Ministro do Qatar, Hamad bin Jassim Al-Thani, pediu ontem ao Conselho de Segurança da ONU para poder conter “a máquina de matar” do Presidente Sírio. O desespero que anda a tomar conta de países como Qatar, Árabia Saudita e Jordânia, salta aos olhos de tão evidente, já que os muitos países que compõem a Liga estão numa situação crítica.  O Presidente da Liga Árabe esqueceu-se de mencionar a enorme opressão que tem exercido contra o seu próprio povo durante muitos anos. É caso para dizer: Bem prega Frei Tomaz, façam o que ele diz, não façam o que ele faz...

A jogada dos dirigentes da Liga dos Estados Árabes é nem mais nem menos do que esta: “Não podes com eles? Junta-te a eles!”. E eles juntaram-se, tanto que o líder do Hamas ,Ismail Haniyeh, esteve em Janeiro último com o Primeiro-Ministro do Qatar a tratar de negócios... 

Seja como for, o medo de perder o poder, este doce que ninguém quer largar nem á lei da bala, é tanto que vale a pena até ser amigo de governos abertamente apoiantes e patrocinadores do terrorismo.

Ao menos na Síria, meu caro Sheik Hamad bin Jassim Al-Thani, as mulheres ainda não são chicoteadas nem violadas pelas tropas do governo nem tal se permite por ser um Estado laico que despreza tais selvajarias mais comuns em países influenciados pelo radicalismo islâmico. Será que o presidente da Liga Árabe pode dizer o mesmo do seu país?  

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