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Blogosfera que Pica
John Wolf 26 Set 12
No meio da grave crise que assola o país, há um sector que está a florescer. O sector da desconstrução. A dinamite nunca foi tão requisitada como agora. Há que rebentar com as fundações e alicerces para que não fique erguido nenhum pilar de esbanjamento ou gestão danosa. Assistimos a uma relativa razia furiosa. Uma falsa vontade, simultaneamente cega, surda e murcha. Um trio nefasto de macacos decidido a extinguir de uma assentada, os bananas, as bananeiras e a valiosa sombra. E no meio desse instinto primata (primário), pergunto qual o critério que consegue imprimir uma certa ordem aos explosivos? Que promova o bom discernimento e despeça a preferência? O método que distinga o válido do efémero, o útil do obtuso. Gostaria de conhecer a magna carta que determinou a extinção de fundações ou a redução das subvenções. Ora vejamos: será que uma fundação polida valentemente serve melhor o interesse nacional do que uma fundação de vox populi? São tantas (e algumas tontas) que tenho a cabeça a rodar.
John Wolf 24 Set 12
Penso que o Ministro da Administração Interna Miguel Macedo se terá enganado. Concedo-lhe o benefício da dívida. Penso que quis referir-se à relação entre o tabaco e o rendimento no trabalho. Já que estão com dificuldades em amealhar os trocos exigidos pela Troika, o que ele quis defender seria um agravamento do imposto sobre o tabaco. Agora entendo na perfeição que os cigarros em nada beneficiam o desempenho laboral das formigas, para não mencionar o efeito negativo que se faz sentir no sector de saúde, que se vê obrigado a suportar custos decorrentes de doenças pulmonares e afins. Enfim, os políticos estão cada vez mais enigmáticos. As suas mensagens são cada vez mais complexas. Será que entendi bem?
John Wolf 22 Set 12
John Wolf 15 Set 12
A poucas horas do arranque oficial da manifestação - "que se lixe a troika"-, pergunto se o evento irá ser o espelho da calma. O patamar que se segue à mobilização pacífica que faz verter para a rua o deseguisado mais profundo, o extremar de posições. E de um modo mais importante, se as palavras ampliadas pelo coro das massas, tem efectivamente o poder para alterar o decidido em contrato e assinado pela irreversibilidade. De um modo desapaixonado e pretensamente analítico, não me parece que o governo altere o discurso da acção tomada. Este governo não volta atrás, não baixará a fasquia colocada no limite da indignidade e o povo reduzir-se-á a uma outra definição. A uma população recenseada pela insufuciência, mas ainda expectante em relação à mão visível de um estado há muito falido. Que estado - um monstro que dá e tira. Passa para cá o meu. A entidade de compensação que tira aos ricos e dá aos pobres. No meu entender este ciclo económico e social tem os dias contados. Esperemos que uma nova cidadania possa emergir de um modo civil para tomar conta dos assuntos que até agora foram apropriados pelo estado. Talvez assistamos ao parto da sociedade civil e ao desfalecimento da representatividade nos moldes em que a conhecemos. Chegou o momento do espírito combativo migrar para o campo da construção colectiva, a bem de todos. E é aí que reside o busílis da questão. A matriz cultural do país ainda está convencida que a culpa é sempre do cozinheiro. Dos malditos que foram colocados no poder. A autoridade encontrada nas repartições, na arrogância intelectual, na altivez das artes, no conluio de uma autarquia amiga. Enfim, a doença não se confina à assembleia mais próxima. Ela anda na estrada. Na negação da coisa pública. Chamem-lhe república se quiserem.
John Wolf 8 Set 12
Nada. Mesmo nada. Nenhum indício de um esquema maior. Um New Deal Português. Uma visão estratégica que seja o contrapeso da austeridade auto-imposta. Sim, auto-infligida porque não foram dias nem meses Senhor. Foram séculos de esbanjamento e ostentação. Os Descobrimentos? Brilhante do ponto de vista do volksgeist, da capacidade de destronar as ondas e descobrir o têmpero dos deuses, mas intensamente destruidor do embrião da indústria. A capacidade de gerar riqueza localmente de acordo com os ciclos económicos normais. Em vez disso, e de um modo precoce, houve o louvar do atalho económico, o culto do encurtar do caminho para o enriquecimento. Fácil. Pois. E depois registamos a intensa falta dos ideais de Iluminismo, as grandes correntes filosóficas que agitam os conformismos. A Revolução Industrial? Não chegou em força e no tempo da sua expressão. A destruição resultante da II Grande Guerra? Poupou o povo mas também não significou a ajuda de um plano Marshall. Novamente os dinheiros fáceis da Comunidade Económica Europeia e uma segunda dose com a União Europeia. Nada. Muito pouco mesmo à luz do percurso histórico. Onde se encontram os verdadeiros estadistas, capazes de congeminar a grande visão de um país? A percepção do país pelos próprios. A inclinação ética para pensar os desígnios que transcendem um ciclo eleitoral. Por esta e outras razões o (s) Governo(s) da República não está(ão) a conceder a resposta adequada. Se a austeridade parece ter assumido a residência quase permanente no território nacional, de que forma se superam as adversidades? Procurando nas profundezas a razão de ser de uma nação. Em inglês existe uma expressão adequada para o efeito: soul searching. É isso que faz falta neste momento de grande tumulto económico e social.
John Wolf 21 Jul 12
Os incêndios que lavram de norte a sul de Portugal merecem ser interpretados à luz da grande crise que assola o país. Estes fogos não nascem espontaneamente por obra e destino de uma faísca fugidia, de uma lupa esquecida na mata por um bom samaritano, quiça um escoteiro desnorteado. Assistimos a um acto de guerra inclassificável. Uma missão terrorista inventada pelo homem das cavernas e levada por diante pela superioridade, a civilização de recurso. Em vez de o Português levar a sua indignação aos níveis de violência registados noutras cidades europeias, o seu protesto contra as medidas de austeridade não eclode nas ruas e avenidas das urbes, na malha citadina decorada repentinamente pelas montras estilhaçadas e o arremesso de bombas molotovs. Com o espírito remoído pelo mal-estar, o topo das serras parece ser o campo de batalha de eleição. A mata enquanto último reduto intocável, espinhoso; a província abandonada pela política no seu sentido mais literal, os lugares e as gentes que fazem nascer as comunidades e que foram traídos pelos virtuosos. A violência a que assistimos é uma clara manifestação de uma doença maior. Uma patologia fora do alcance do sapador voluntarioso. São ervas daninhas que querem erradicar a toda a força. Um bolbo nuclear para plantar uma fábula rasa nas serras, para que se lembrem nas cidades.
Artur de Oliveira 18 Abr 12
Por favor expliquem-nos como se tivessemos 4 aninhos de idade: Em é que um pensionista da banca é mais do que os outros?
Artur de Oliveira 16 Abr 12
Ora aqui vai a nossa homenagem á ministra que teve nota positiva segundo uma sondagem do matutino mais lido do país.
Parabéns pelos 11,4 valores. Quanto aos outros membros do governo: apliquem-se mais, meninos... Vão deixar que a Assunção fique á vossa frente nas sondagens? Levantem as cristas e apliquem-se. Que tal menos austeridade, dar uma maior poder de compra aos cidadãos e revêr melhor a questão produtiva? Já agora que tal valorizar a indústria nacional, inclusive dando vantagens a quem usar mais de 75% de matéria fabricada ou beneficiada em Portugal, na composição de um produto? Boa?
Artur de Oliveira 5 Mar 12
O aumento das taxas moderadoras já fez vítimas mortais... Em duas semanas houve mais de 6100 mortes em Portugal por não haver quem tenha dinheiro para suportar os encargos que as políticas do ministério da Saúde provocou. São baixas da guerra das dívidas. É tempo de se governar para o povo e não para agradar os capatazes dos Lords Financeiros.
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