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Blogosfera que Pica
Faust Von Goethe 10 Abr 12
Hoje de manhã, Pedro Reis, presidente da AICEP admitiu que "a política de austeridade deverá ser ainda mais reforçada", e que "sem as reformas em curso estaríamos a hipotecar o futuro de Portugal e a condenar o presente das nossas empresas”.
Pedro Reis, assim como a grande parte dos dromedários que deambulam pelos corredores do poder, acreditam que serão as exportações o caminho para Portugal sair da insolvência. Esquece-se porém que:
i) O aumento vertiginoso do preço dos combustíveis está a levar empresas de exportação a fechar portas, e provavelmente, irá condicionar o desempenho destas a partir de meados de Maio (Oh boy!).
ii) Que um dos sectores fortes da economia Portuguesa, que em tempos gerou empregos em Portugal-a construção civil- está praticamente falida (A Mota-Engil e a Teixeira Duarte são das poucas que ainda se erguem).
Resumindo, Pedro Reis espera que as reformas estruturais em curso venham resolver o verdadeiros problemas do país, que são, entre outros [TCHAM TCHAM TCHAM]:
i) A falta de liquidez das PME's.
ii) Número de famílias em insolvência é superior, em percentagem do PIB, ao número de empresas em insolvência.
É uma pena que um tipo inteligente como Pedro Reis, enverede pelo caminho da demagogia ao ponto de dizer tais dislaites. Nos tempos que correm ecoam a ofensa grave aos Portugueses, tentando-nos inclusivé fazer passar por idiotas.
Até António Saraiva-presidente da CIP-que muitas das vezes alinha o seu discurso com o do governo, costuma ser bem mais comedido neste tipo de afirmações [públicas].
Faust Von Goethe 21 Mar 12
O Jorge Fliscorno do blogue Aventar, resolveu recorrer à matemática elementar, mais propriamente à resolução de equações lineares de primeiro grau, para explicar quanto o estado recebe de imposto por cada litro, a quando da venda de combustível ao público.
Excelente trabalho!
Artur de Oliveira 21 Mar 12
Note-se que não estou a entrar em contradição com o meu colega Nelson Faustino que aqui, aqui e aqui fez um diagonóstico dos motivos do aumento do preço dos combustíveis, a recusa do ministro das finanças em baixar o imposto sobre os combustíveis e soluções válida . Este vídeo fala do que está por trás dos tais factores exógenos que servem de pretexto ao governo para os aumentos que estão a chegar. Como verão neste vídeo, esses factores não servem de desculpa, nem cá nem lá, pois a causa dos preços terem disparado chama-se dólar.
Faust Von Goethe 20 Mar 12
Concordo em grande parte com o que LR escreveu em Blasfémias sobre os factores exôgenos que condicionam directamente os preços dos combustíveis. Mas mesmo assim, continuo a reiterar o meu desagrado quanto às afirmações de ontem de Passos Coelho, que mais ecoam a conversa de circunstância de quem se quer esquivar às responsabilidades.
Ora bem: a estratégia económica deste Governo assenta essencialmente na promoção das exportações e no combate às rendas nos sectores protegidos (?!), o que significa que estamos a abrir cada vez mais a nossa economia ao exterior. Certo?
Se assim o é, o próprio governo tem de encontrar uma solução a curto prazo para promover a competitividade no sector das exportações, que poderá passar, por exemplo, pela criação de um linha de combustíveis low-cost para empresas exportadoras/transportes de mercadorias nos mesmos moldes do gasóleo agrícola (é só adicionar um corante ao gasóleo usual), ou então, tributar menos imposto de combustível a empresas deste sector.
Este é só um pequeno exemplo em que o governo não só pode, mas deve intervir. Não achas o mesmo, Álvaro?
Faust Von Goethe 20 Mar 12
Ministro das Finanças Nelson esclarece que não há margem para descer impostos e que a prioridade é reduzir o défice pagar os juros do empréstimo à troika, "custe o que custar". Segundo as estatísticas do IGCP, teremos de pagar juros deste empréstimo até 2021, sendo que a maior fatia destes, será paga este ano (2012) e em 2017.
Era este o factor exógeno a que Passos Coelho ontem se referia.
Faust Von Goethe 19 Mar 12
Sabem qual a diferença entre Passos Coelho, o ex-jotinha, e Passos Coelho, o actual Primeiro-Ministro, quando questionados sobre o aumento brutal do preço dos combustíveis? Eu dou-vos uma pequena ajuda:
"se o Governo mantiver a taxa marginal de imposto demasiado elevada vai provocar uma diminuição da actividade económica, que seria contrariada se a taxa do imposto não fosse tão elevada". (25 Maio 2008)
" estas são matérias que estão para além daquilo que é a vontade do Governo e resultam de factores exógenos." (19 Março 2012)
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