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Blogosfera que Pica
Faust Von Goethe 1 Ago 13
Efeito negativo da crise governamental foi parcialmente anulado (notícia Expresso).
Esta chamada de atenção vem a propósito do meu último post entitulado "A ver se nos entendemos." e do meu comentário no mesmo post em resposta ao leitor J:.
Aproveito este post também para agradecer à equipa do SAPO por ter colocado o post anterior em destaque na área de Opinião do SAPO (a 23.07.2013).
Faust Von Goethe 22 Jul 13
Esta é parte da explicação porque os banqueiros se mantiveram caladinhos, ao contrário de 2011 quando bradaram aos céus que precisávamos de intervenção externa. Na altura a crise ainda não tinha chegado aos nossos bolsos mas estava-se a fazer sentir no bolso deles. Esta é a lógica (ir)racional dos mercados.
Faust Von Goethe 7 Jul 13
Em teoria Paulo Portas ganhou poder e salvou a face. Na realidade é uma promoção semântica. Portas passou a ser ministro sem pasta, responsável pela área que irá um dia ser vista como o grande falhanço deste governo e, na condição de Vice Primeiro-Ministro, não poderá mais alegar não ter responsabilidade nas suas decisões menos populares. Pelo caminho ainda minou a confiança dos credores e custou ao país umas centenas de milhões de euros em juros a troco de uns efêmeros e aparentes ganhos políticos.
Carlos Guimarães Pinto n'A Montanha de Sísifo.
Leitura complementar: Gaspar de Bancada.
Faust Von Goethe 10 Jan 13
A crise sistémica que os países desenvolvidos atravessam tem uma ordem de complexa muito superior ao que se estima. Não havendo um diagonóstico único que correlacione realidades macro com realidades micro, a perseguição desenfreada à propriedade privada e poupanças sob a forma de aumentos progressivos de impostos tem sido a opção vigente, que ao invés de defender o princípio da equidade, tem resultado em dupla injustiça com tendência a expropriação.
Embora a economia especulativa continua a florescer, ao ponto dos derivados financeiros a nível global, representarem um risco de incumprimento dez vezes superior ao PIB mundial, os governos optam pelo mais fácil que se resume à celebre alegoria do “homem do fraque”- uma espécie de fiscal bem vestido-de fraque-que acompanha o “devedor” na sombra, chamando-o à atenção na esperança que o perseguido, pague a dívida por vergonha.
Mais do que nunca, a desregulação dos mercados financeiros a nível global, têm representado uma ameaça urgente e potencialmente irreversível que pode conduzir a um retrocesso civilizacional, à semelhança do que aconteceu durante a idade média. Já várias vozes alertaram para este cenário, entre os quais Barack Obama, Alan Greenspan, Warren Buffet e Myron Scholes. Muito recentemente, vozes como as de George Soros tem demonstrado que o valor dos seguros de dívida por incumprimento a.k.a CDS (Credit Default Swaps) deixaram de cumprir os objectivos para que foram criados- i.e. o de quantificarem a “saúde financeira” das empresas e países, ao invés de geraram activos [financeiros] tóxicos que visam ao enriquecimento de bancos de investimento em situação de pré-faléncia.
Perante tal cenário de deriva colectiva, sem a esperança, confiança e sentido de humanismo, só nos resta uma solução para tentar evitar o colapso eminente. Esta passa por equilibrar o lado racional com o lado emocional como forma de combater uma civilização tablóide emergente, orquestrada pelas trompetas dos mercados financeiros e de agências de rating.
Como diria Patrick Viveret ”razão instrumental sem inteligência emocional pode levar-nos facilmente a cometer a pior das barbaridades” (cf. Por uma sobriedade feliz, Quarteto 2012, 41).
Publicado também no blog Caleidoscópio.
Faust Von Goethe 11 Set 12
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