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O Ouriço

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A ver se nos entendemos DIXIT.

Faust Von Goethe 1 Ago 13

Efeito negativo da crise governamental foi parcialmente anulado (notícia Expresso).


Esta chamada de atenção vem a propósito do meu último post entitulado "A ver se nos entendemos." e do meu comentário no mesmo post em resposta ao leitor J:.

Aproveito este post também para agradecer à equipa do SAPO por ter colocado o post anterior em destaque na área de Opinião do SAPO (a 23.07.2013).

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A ver se nos entendemos.

Faust Von Goethe 22 Jul 13

  • O acordo tripartido entre os três partidos do arco da governação é necessário para proceder à reforma do estado. Porque para proceder à execução de certas reformas -que requerem mudanças na constituição- são precisos pelo menos 2/3 dos votos do parlamento. 
  • Não havendo "acordo de salvação"-como uma certa plebe sebastianista o apelidou- tudo o que irá ser feito daqui por diante não passará de "cortes na horizontal".
  • Dizer que temos de ter em atenção os mercados é por outro lado a mentira mais idiota que ouvi dizer nos últimos dias. Para quem se der ao trabalho de ler os indicadores económicos, pode reparar que em finais de maio a economia começou a dar sinais de retoma; a banca está bem recapitalizada e continua, com excepção dos últimos dias, a acumular ganhos na bolsa. 
  • Resumindo, já estamos em período de retoma mas... esta retoma só se notará no bolso das pessoas dentro de 3, 4 ou mais anos. 

Esta é parte da explicação porque os banqueiros se mantiveram caladinhos, ao contrário de 2011 quando bradaram aos céus que precisávamos de intervenção externa. Na altura a crise ainda não tinha chegado aos nossos bolsos mas estava-se a fazer sentir no bolso deles. Esta é a lógica (ir)racional dos mercados.

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Súmula da Crise Política.

Faust Von Goethe 7 Jul 13

Em teoria Paulo Portas ganhou poder e salvou a face. Na realidade é uma promoção semântica. Portas passou a ser ministro sem pasta, responsável pela área que irá um dia ser vista como o grande falhanço deste governo e, na condição de Vice Primeiro-Ministro, não poderá mais alegar não ter responsabilidade nas suas decisões menos populares. Pelo caminho ainda minou a confiança dos credores e custou ao país umas centenas de milhões de euros em juros a troco de uns efêmeros e aparentes ganhos políticos.


Carlos Guimarães Pinto n'A Montanha de Sísifo.

 

Leitura complementar: Gaspar de Bancada.

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A crise sistémica que os países desenvolvidos atravessam tem uma ordem de complexa muito superior ao que se estima. Não havendo um diagonóstico único que correlacione realidades macro com realidades micro, a perseguição desenfreada à propriedade privada e poupanças sob a forma de aumentos progressivos de impostos tem sido a opção vigente, que ao invés de defender o princípio da equidade, tem resultado em dupla injustiça com tendência a expropriação.

Embora a economia especulativa continua a florescer, ao ponto dos derivados financeiros a nível global, representarem um risco de incumprimento dez vezes superior ao PIB mundial, os governos optam pelo mais fácil que se resume à celebre alegoria do “homem do fraque”- uma espécie de fiscal bem vestido-de fraque-que acompanha o “devedor” na sombra, chamando-o à atenção na esperança que o perseguido, pague a dívida por vergonha.

Mais do que nunca, a desregulação dos mercados financeiros a nível global, têm representado uma ameaça urgente e potencialmente irreversível que pode conduzir a um retrocesso civilizacional, à semelhança do que aconteceu durante a idade média. Já várias vozes alertaram para este cenário, entre os quais Barack Obama, Alan Greenspan, Warren Buffet e Myron Scholes. Muito recentemente, vozes como as de George Soros tem demonstrado que o valor dos seguros de dívida por incumprimento a.k.a CDS (Credit Default Swaps) deixaram de cumprir os objectivos para que foram criados- i.e. o de quantificarem a “saúde financeira” das empresas e países, ao invés de geraram activos [financeiros] tóxicos que visam ao enriquecimento de bancos de investimento em situação de pré-faléncia.

Perante tal cenário de deriva colectiva, sem a esperança, confiança e sentido de humanismo, só nos resta uma solução para tentar evitar o colapso eminente. Esta passa por equilibrar o lado racional com o lado emocional como forma de combater uma civilização tablóide emergente, orquestrada pelas trompetas dos mercados financeiros e de agências de rating.

Como diria Patrick Viveret ”razão instrumental sem inteligência emocional pode levar-nos facilmente a cometer a pior das barbaridades” (cf. Por uma sobriedade feliz, Quarteto 2012, 41). 

 

Publicado também no blog Caleidoscópio.

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Está aberta oficialmente a época da caça

Faust Von Goethe 11 Set 12

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