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O Ouriço

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Portugal tem oito meses para impressionar mercados e a troika

Contrariariamente aos idiotas da comissão europeia e do governo, o FMI-que até está a fazer um óptimo trabalho, diga-se de passagem- parece estar bem mais optimista.

 

Pena é que o idiota-mor do costume tenha [com as entrevistas à Rádio Renascença e ao jornal alemão Die Welt] feito passar o ministro mais competente deste governo pelo ridículo, já para não falar que entregou o ouro aos especuladores financeiros, ao dizer abertamente que seria necessário um segundo pacote de ajuda externa. Este é daquele tipo de coisas que um primeiro-ministro não deveria ter dito de forma aberta a um jornal.

 

No caso deste programa de ajustamento financeiro correr mal, governo e comissão europeia apenas se terão de queixar da incompetência deles próprios, pois houve desde início um voto consensual dos partidos do governo e do maior partido da oposição, ao assinarem este memorando assim como um governo com maioria parlamentar que lhe permite ter condições políticas para aplicar de forma escrupulosa o memorando.

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Lucrar com a nossa própria desgraça II

Faust Von Goethe 28 Mar 12

Ontem ao fazer uma síntese do artigo do Die Welt que falava de Portugal, não mencionei propositadamente declarações em que Schaube e um funcionário do BCE, afirmavam que o sucesso do programa de ajustamento português se estava a reflectir na queda dos juros da dívida portuguesa, o que é falacioso.

 

A verdadeira para o facto dos juros da dívida portuguesa terem baixado para a casa dos 9,5%, encontra-se na capa do jornal económico (imagem abaixo). Mesmo assim, esta notícia aparentemente animadora, não me deixa totalmente confiante pela razão que passo a explicar:

 

Por cada 100 euros de dívida pública comprada pela banca Portuguesa, o BCE apenas empresta entre 90 e 95 euros. Logo, esta compra retira entre 5 a 10 euros que poderiam ser usados em alternativa para crédito a particulares.

 

Ou seja, sempre que um banco [português] vai ao mercado comprar dívida pública, mais dificilmente conseguirá obter a partir de empréstimos interbancários, financiamento a taxas de juro mais baixas. Como consequência, terá que cortar no crédito.

 

Portanto, se os bancos detiverem quantidades elevadas de dívida pública, terão menos recursos disponíveis para o investimento privado, logo crowding out pois o abater da despesa pública com recurso à banca consome recursos que poderiam ser usados para investimento por parte da economia.

 

Perceberam agora qual o verdadeiro calcanhar de Aquiles do programa de ajustamento Português, assim como a razão que se especula por um segundo resgate a Portugal?

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A notícia de ontem do jornal alemão Die Welt revela,  para além do elogio de Wolfgang Schauble à vontade e à capacidade que o governo Português tem demonstrado para realizar as reformas necessárias em Portugal de forma sistemática, um pequeno parêntesis ao último relatório da troika.

 

Neste pequeno parêntesis, pode ler-se, de acordo com as declarações de um observador da troika ao jornal, que houve degradação do cenário macroeconómico do país no último trimestre 2011, em especial, um aumento drástico dos números do desemprego-ao contrário do esperado no programa.

 

É revelado ainda que a degradação do cenário macroeconómico, está inclusivé a condicionar o processo de execução orçamental, dado que a deterioração dramática das condições do mercado de trabalho, está a ter um impacto significativo no orçamento da segurança social.

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