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Blogosfera que Pica
Faust Von Goethe 18 Mai 12
Todos nós, de uma forma ou de outra, somos investidores. Investimos no estado com impostos, contribuições e taxas esperando obter algum retorno por parte deste.
Este justo retorno passa, entre outras coisas, pelo direito a um Sistema Nacional de Saúde justo, pelo acesso ao ensino assim como direito a uma reforma após largos anos de descontos para a segurança social.
É perfeitamente normal ver um investidor se revoltar e exigir responsabilidades quando vê os seus investimentos a serem mal geridos e o negócio criado por aqueles em quem os confiou. Também é perfeitamente normal que um gestor, mesmo quando eleito por maioria, seja demitido no caso em que se confirme que este tenha lesado os interesses dos que lhe confiaram o seu capital.
Uma das pessoas de quem falo é Pedro Mota Soares que está a efectuar uma gestão danosa da Segurança Social. Uma delas foi a possibilidade da Segurança Social poder colocar os nossos investimentos sujeitos a especulação bolsista. As mais recentes gestões danosas, denunciadas ontem por Bagão Felix e Manuela Ferreira Leite, trucidiam quase em definitivo as gerações futuras assim como a geração dos que deram o corpo às balas durante a guerra colonial e que lutaram pelo regresso e pela consolidação da democracia em Portugal.
Se o estado fosse uma empresa, ministros como Pedra Mota Soares teriam a porta da rua como destino. Como não o é...
Faust Von Goethe 13 Mai 12
O remédio para a reconstrução da economia europeia de modo a evitar uma futura guerra, passa pela formação de uma “União de Comércio Livre” entre os países europeus, incluindo as suas colónias
John Maynard Keynes em “The Economic Consequences of the Peace” (1919)
Os argumentos que irei apresentar são puramente geopolíticos, tomando como referência o facto de últimos 1500 anos, a Europa-em especial o centro da Europa-tem sido um terreno fértil de lutas entre [as superpotências] Rússia, Alemanha, França, Reino Unido e Império Otomano [ao qual já pertenceu a Grécia].
O que pior nos poderia acontecer se a zona euro 1 entrasse em rota de colisão com a zona euro 2?
Faust Von Goethe 10 Mai 12
Provavelmente NIM...
Até à data, a grande maioria dos analistas-nos quais incluo Nouriel Roubini-acredita que brevemente países como a Grécia ou Portugal irão sair do euro. No entanto, olhando p.e. para o panorama actual na Grécia, onde o povo foi soberano e expressou o não às políticas de austeridade-PASOK e Nova Democracia juntos baixaram nas intenções de voto relativamente às últimas eleições, não conseguindo juntos uma maioria parlamentar-mas um sim à continuação na zona euro- o Syriza, o berloque de esquerda lá da Acrópole, não conseguiu formar mais à esquerda um governo anti-troika que passaria por dizer não ao pacote de ajuda externa.
De acordo com os tratados de adesão, cabe aos líderes de países como a grécia a decisão de querer ou não continuar na zona euro, mesmo com a economia a entrar em colapso-nem Hollande nem Merkel e muito menos Lagarde estarão lá para decidir pelos gregos. Aliás, não existe nenhum mecanismo formal que permita aos restantes países da zona euro excluir a grécia.
Por outro lado, com o degradar da situação tanto em Espanha como [futuramente] em Itália, entre outros, a Alemanha vê-se confrontada com um problema que se irá tornar insustentável a longo prazo. Esse problema reside em ser forçada a resgatar mais uns tantos países em dificuldades, o que poderá sair bastante caro ao Deustche Bank-a emissão de [Euro]bunds iria-lhes sair caro.
Por outro lado, com a eleição de Hollande assim como com a queda do governo na Holanda, a probabilidade de simplesmente ignorar as metas orçamentais que a Alemanha propõe, que passará entre outras coisas pela rectificação do tratado orçamental, coloca as aspirações do executivo de Berlim em xeque. O adiamento da votação do Tratado Orçamental no Reichstag Deustcher bundestag ontem poderá contribuir ainda mais para esse impasse.
No final, o executivo de Merkel terá de decidir se vale a pena continuar a injectar biliões e biliões de euros em países em dificuldades, mesmo que estes se oponham ao diktat de Merkozy. Porém, existe uma peça que deverá ser tida em linha de conta neste complexo jogo de estratégia geopolítico-O partido de Merkel aprovou em Novembro do ano pasado uma resolução que permitirá, se assim o Reichtag Deustcher bundestag entender, abandonar a zona euro sem sair da União Europeia.
No contexto político-económico actual, é bem provável que seja a Alemanha o [primeiro] país a sair do Euro e da forma mais pacífica, mas como é óbvio seria também aquele que, com a dinâmica de revalorização do marco face às outras moedas, mais perderia com isso.
Faust Von Goethe 19 Abr 12
Escrever sobre a crise que se vive em Portugal pressupõe, por parte daqueles que opinam, algum enquadramento, imparcialidade bem como algum distanciamento das ideologias politico-partidárias. A crise actual, pela sua complexidade, tem exigido de nós [bloggers] um maior esforço intelectual, para tentarmos esmiuçar, perante os que nos acompanham, os meandros da crise e do que pode aí vir, o que nem sempre tem sido fácil.
A cada dia que navego pela blogosfera, fico a sensação que a cobertura desta crise assim como a previsão dos vários cenários falhou redondamente. Falhou, logo desde início, ao se pactuar com a “versão oficial” do Governo e dos economistas do regime, com o discurso do “medo” que o governo começou por “passar”, levando a que aceitássemos, sem objecções, as drásticas medidas que nos estavam a ser impostas.
Houve um deslumbramento inicial da blogosfera pela troika e pelas promessas [incipientes] deste [novo] governo- o governo falava e os bloggers ouviam e reproduziam mimeticamente a mensagam, sem vacilar. Demorou algum tempo até que a blogosfera reagisse, ao questionar a eficiência das medidas de austeridade. No entanto, com o agravar da crise e com a percepção do cenário global da crise do euro, as opiniões mais antagónicas de alguns bloggers começaram a fazer sentido e a passar, opiniões essas que começam a influenciar os restantes bloggers, da esquerda à direita.
Esta crise veio revelar a faceta egoista do ser humano, que direcciona a sua acção para maximizar os lucros com o menor esforço possível, descurando aspectos fundamentais como a solidariedade e a soberania.
Continuam a ganhar os agiotas e os especuladores, pois a ganância dos economistas e políticos continua a cegá-los de tal modo que estes continuam impotentes para prever e impedir que os ditos cujos, nos continuem a fazer tanto mal.
Faust Von Goethe 9 Abr 12
Portugal tem oito meses para impressionar mercados e a troika
Contrariariamente aos idiotas da comissão europeia e do governo, o FMI-que até está a fazer um óptimo trabalho, diga-se de passagem- parece estar bem mais optimista.
Pena é que o idiota-mor do costume tenha [com as entrevistas à Rádio Renascença e ao jornal alemão Die Welt] feito passar o ministro mais competente deste governo pelo ridículo, já para não falar que entregou o ouro aos especuladores financeiros, ao dizer abertamente que seria necessário um segundo pacote de ajuda externa. Este é daquele tipo de coisas que um primeiro-ministro não deveria ter dito de forma aberta a um jornal.
No caso deste programa de ajustamento financeiro correr mal, governo e comissão europeia apenas se terão de queixar da incompetência deles próprios, pois houve desde início um voto consensual dos partidos do governo e do maior partido da oposição, ao assinarem este memorando assim como um governo com maioria parlamentar que lhe permite ter condições políticas para aplicar de forma escrupulosa o memorando.
Faust Von Goethe 20 Mar 12
Em entrevista hoje ao PÚBLICO, António Borges acusou Manuel Pinho de "exigir a apresentação de um pedido de desculpas" pela sua crítica à forma como foi conduzida a mudança de presidência na EDP, "caso contrário nunca mais haveria trabalho para o [banco] Goldman Sachs em Portugal". "Aliás, como nunca mais houve", acrescentou António Borges, que na altura era vice-presidente daquele banco norte-americano.
António Borges acusou ainda Manuel Pinho de lhe ter comunicado pessoalmente que "todos os contratos com o Goldman Sachs estavam cancelados" no dia seguinte ao congresso do PSD de 2005, em que o economista se disponibilizou para ajudar o partido a fazer oposição ao governo.
Convém recordar que na altura, António Borges era vice-presidente da Goldman Sachs. Fora despedido meses depois, na sequela crise financeira provocada pela falência do banco Lehman Brothers...
Percebem agora a urgência da TROIKA para Portugal?
Artur de Oliveira 5 Mar 12
John Perkins revela os esquemas dos Príncipes das Finanças para criar dividocracias e fala também no caso de Portugal aqui. Deixo-vos um vídeo já com alguns anos, mas bastante actual e importante para perceber a conjuntura.
Faust Von Goethe 30 Jan 12
Em Jornal de Negócios lê-se agora o seguinte:
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Após a dissidência original do Reino Unido, a República Checa deve igualmente ficar de fora do novo Tratado e a Polónia estará a levantar objecções, menores, exigindo que os países seus signatários sejam convidados para todas as cimeira, recusando que os convites fiquem ao critério dos Estados do euro.
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No portal do Terra lê-se o seguinte:
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A regra de ouro deverá ficar "preferentemente" inscrita na Constituição, para que seu valor jurídico não seja questionado de forma recorrente. O texto foi criticado antes de sua assinatura pelo ministro finlandês das Relações Exteriores, Erkki Tuomioja, que o considerou "inútil e nocivo". A Comissão Europeia chegou a expressar com frequência irritação com este tratado, por considerar que seu conteúdo já está quase totalmente coberto pela legislação local.
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Com estas notícias chegadas de quentinho de Bruxelas, mostrando uma certa crispação entre os líderes europeus, só para não dizer a palavra desunião, quer-me parecer que dentro de meses não se estará a assinar um acordo mas provavelmente a discutir-se a colocação de um 2º escudo anti-missil entre Polónia e República Checa (mesmo a calhar).
Tudo isto deverá depender da eleição ou não de Putin (sondagens dão ida a 2ª volta).
No caso de Putin ganhar à primeira volta com clara maioria, teremos provavelmente uma guerra civil na Rússia.
Por acaso, tudo isto vem mesmo a calhar para se fazer em simultâneo um embargo de petróleo e gás natural à zona euro.
Espero estar redondamente enganado sobre grande parte do que escrevi.
Faust Von Goethe 27 Jan 12
George Soros em entrevista à Reuters explica porque comprou dívida italiana. Eu no lugar dele teria feito o mesmo, pois o Unicredit, o segundo banco Italiano é dono do HypoVereinsbank (segundo maior banco Alemão), o que significa que os 6% de retorno estão mais que garantidos e porquê?
Muito simples: Primeiro porque estamos bem longe de entrar em cenário de Bear Market, como mostra este gráfico.
Depois, porque numa eventual entrada em Bear Market e em caso de insolvência da banca italiana, o Unicredit (e muito provavelmente restante banca italiana) será nacionalizada pela Alemanha como forma de assegurar os seus depositantes.
Moral da história: Na pior das hipóteses, serão os pensionistas Alemães e os fundos de pensões da banca Alemã que vão pagar ao pensionista Soros.
Faust Von Goethe 23 Jan 12
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