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O Ouriço

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Vender mais vinho

Jack Soifer 25 Jun 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Portugal tem vinhos excepcionais, mas o marketing deve melhorar. Algumas rotas ainda se voltam para espanhóis e ingleses, talvez franceses.

 

Há grupos menores, mas com maior despesa por cá. Não esquecer as prendas, roupas típicas, porcelana, olarias, mesmo que se tenha de comprá-las em Alcobaça. É vital ter caixas com alças, para 6, 10 e 12 garrafas, assim como bag-in-box de 5 litros, para festas. Ofereça a alternativa de entregar em domicílio ou hotel, por uma transportadora. Algumas adegas mostram parte da vinha, poucos mostram a herdade, que muitas vezes tem uma história que deve ser contada.Vinho é também odor, flor, calor. Mostre mais do que a cave. Tenha restaurante na quinta ou perto. É essencial um acesso adequado, enólogo local, parking e sinalética. Ofereça um curto historial de cada vinho, até de cada casta. Tenha um belo jardim e um pequeno lago ou até chafariz, para atrair pássaros. Para trazer estes turistas, contacte as associações de sommeliers e clubes de vinho do Norte da Europa, Rússia, Canadá e do Brasil.

 

Proprietários de restaurante raramente tiram férias, exceptuando Fevereiro-Março, quando as vendas são fracas. Nesta altura temos um clima já ameno. Organize visitas a restaurantes de caça no seu distrito, aos de comida típica, e convide associações de norte-europeus para no Inverno conhecerem os vinhos e a gastronomia da sua região. Faça embalagens de madeira para três ou seis garrafas e adicione uma prenda que ele use sempre, p.ex., uma faca para queijos, para ele lembrar da sua marca. Descreva a região no rótulo, em três línguas.

 

Forme um cluster com outros produtores para exportar. Esqueça os grandes eventos da AICEP e embaixadas. Os directores das associações acima, jornalistas e peritos preferem pequenos eventos, com contacto mais directo com os produtores.

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Exportar pedra ornamental

Jack Soifer 24 Jun 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Temos dos granitos e mármores mais lindos e valiosos, mas vão em bruto para fora. Corte-os com serras modernas, com dentes de diamante industrial, e pula-os com as novas pastas, para exportar a chapa directamente para armazéns de bricolage ou obras.

 

A zona de Estremoz já é conhecida. Os mármores verdes de Vila Viçosa têm um grande potencial. Ferrovias, integradas a portos, podem fazer descolar este sector.Há desempregados da construção que dominam estas técnicas. Você compra o bloco, serra e pule o bloco. Pode impregná-lo com cores como azul, verde, rosa; ou apenas usar a lixa fina - há vários acabamentos. Para rentabilizar as dispendiosas serras com água e areia e a grua que segura e põe o bloco na máquina, deve usá-las muitas horas por dia. Compre-as seminovas, mais baratas, na Europa do Norte. Serre as chapas nas dimensões desejadas pelo construtor, pela loja de bricolage ou por aqueles que vão acabá-las na obra. Acorde cedo e ponha a máquina a funcionar; quando chegarem os seus colaboradores, saia para as vendas. Coma antes deles e opere a serra enquanto eles almoçam. Depois vá para o escritório e volte para a serra quando eles deixam a oficina. Ela deve laborar pelo menos 10 h/dia, 55 horas por semana, para lucrar.

Instale a serra em qualquer armazém. O custo do transporte é essencial para o seu lucro. Faça um leasing de um pequeno camião e aproveite os sábados para procurar os blocos. Use-o apenas para entregar as chapas em rotas pré-definidas, a não ser que seja um grande pedido. Mas disponibilize a entrega a qualquer dia, se o frete for pago.

 

Granito/mármore não é plástico, cada bloco pode ter veios de diferentes tons ou uma granulação inusitada - esta é a real beleza deste material eterno. É vital que as fotos do seu desdobrável, slides e filmes a destaquem.

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As inverdades do PM

Jack Soifer 19 Out 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os ciclos repetem-se! As crises e as revoltas também. E as inverdades pelos governantes, são então mais frequentes, em todo o mundo.

 

O Primeiro-Ministro veio à TV dizer que as greves dos portos estão a afetar as exportações. Não sei de onde ele tirou esta frase. Mesmo as estatísticas falhas do INE indicam-nos esses valores. Baseado nos dados dos anos e meses anteriores, ajustados para o crescimento médio normal e para a sazonalidade, fui ver quais são as exportações que saem pelos portos em greve, não a tonelagem, mas o valor. Investiguei ainda as importações pelos mesmos portos. Indaguei das transportadoras o que acontece com as cargas que deveriam sair e fui saber de que forma isto se reflete nas futuras encomendas dos clientes. Muito trabalho, mas é assim que se desmistifica a meia-verdade.

 

 

PASMEM: O valor de todas as exportações por dia de outubro que saem pelos portos é apenas de 24milhões. NÃO AS PERDEMOS! Elas são diferidas no tempo, pois vão principalmente para portos distantes, p.ex. nos PALOP e EUA, onde o atraso de uns dias, na estimativa de 30 a 40 para chegar à loja ou fábrica, pouco importa.

 

As exportações just-in-time, que poderiam afetar o cliente já vão há anos por TIR. As pouquíssimas que iriam por barco e poderiam afetar o cliente são na greve re-encaminhadas para outros portos próximos.

 

As importações, estas sim, afetam o nosso abastecimento de… carros, bebidas importadas, alimentos importados, que concorrem com a nossa produção rural. Mas o grande lucro está nos que intermediam essas transações, e isto está a afetar o fluxo para as offshores, que é um tabu, pois afeta os maiores interesses da mais alta política na UE.

 

O microcusto adicional da espera dos navios nestes portos em nada afeta as nossas exportações! Não perdemos 24milhões por dia com a greve. Perdemos 34 milhões por dia com a saída dos lucros para as offshores. Não é ilegal, mas não será imoral? Se os funcionários deste setor da banca fizerem greve, aí sim, senhor ministro, Frankfurt, Paris e Londres põem-no na rua.

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Ontem vi, li e ouvi pessoas a criticarem o facto de uma cadeia de televisão generalista-mas NÃO suportada por dinheiro dos contribuintes-a transmitir uma tourada de homenagem ao emigrante.


Infelizmente-ou deve ser distração minha que estou de férias-ainda não vi, li e ouvi ninguém a criticar o Comité Olímpico Português por este ter retirado bolsas (de participação) a dois judocas-Telma Monteiro (-57 kg) e João Pina (-73 kg)- por estes não terem passado nas primeiras pré-eliminatórias das suas categorias. Ao que parece, o mérito do trabalho de anos a fio com vista à participação nos Jogos Olímpicos não conta absolutamente para nada.

Hoje por volta das 13:34 GMT -directo na RTP# com comentários de Daniel Pinto- Gonçalo Carvalho [e Rubi] entram em acção nos jogos olímpicos de Londres.


Quando esta participação nos jogos envolve essencialmente a promoção de um produto nacional, estou curioso para ver qual será a posição do Comité Olímpico Português e do Ministro Miguel Relvas-responsável pela pasta do desporto-no caso de Gonçalo [e Rubi] não passar[em] à fase seguinte. 

 

Mais que um bom resultado nos jogos olímpicos de Londres, são cerca de 400 criadores de cavalos raça lusitano e em geral, o sector das exportações-ónus do ajustamento económico Português-que poderão vir a ganhar com uma boa promoção de Rubi. 


Adenda: Tirando as farpas aos touros, este seria um post que John Wolf-que se deve encontrar de férias-provavelmente teria escrito. Tal como eu, partilha pelo gosto pela equitação e por provas de dressage.

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Querem comprar portas e relvas!

Faust Von Goethe 31 Mai 12

 Alemães querem comprar portas e relvas portuguesas

 

No contexto actual em que o destaque das notícias são Miguel Relvas, secretas e negociatas afins, o título desta notícia do Jornal de Negócios [que ontem fez 9 anos] convida qualquer um a fazer aquilo a que se chama jornalismo interpretativo. E eu não fui excepção à regra!

 

Leitura complementar: Nós e os alemães: pobres e mal agradecidos por Camilo Lourenço.

 

Adenda: Hoje, ao contrário do que vem sendo habitual, concordo com o Camilo. Quem for p.e. para os lados da Marinha Grande pode descobrir uma empresa portuguesa com capitais alemães que produz moldes para a Boeing. 

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Exportações Argentina X Grécia

Faust Von Goethe 14 Mai 12

Fonte: Paul Krugman@NYTimes

 

Leitura complementar: Drama e Drachma por John Wolf.

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Nós somos a Grécia!

Faust Von Goethe 13 Mai 12

Recomendo como leitura complementar ao post As duas grécias o [recente] artigo de opinião E se a Grécia sair do euro? por Ricardo Reis assim como o artigo de opinião Managing a Fragile Eurozone por Paul de Grauwe

 

[Almost] Off-topic: Dos blogues que acompanho, verifiquei que apenas O Jumento deu [algum] destaque às declarações de Poul Thomsen em Coimbra na passada sexta-feira. Nem os blogues Ladrões de Bicicletas e O Insurgente-blogues que abordam assuntos essencialmente relacionados com economia-escreveram um simples post. Porque será?

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Verdades de La Palisse

Faust Von Goethe 10 Abr 12

Hoje de manhã, Pedro Reis, presidente da AICEP admitiu que "a política de austeridade deverá ser ainda mais reforçada", e que "sem as reformas em curso estaríamos a hipotecar o futuro de Portugal e a condenar o presente das nossas empresas”.

 

Pedro Reis, assim como a grande parte dos dromedários que deambulam pelos corredores do poder, acreditam que serão as exportações o caminho para Portugal sair da insolvência. Esquece-se porém que:

 

i) O aumento vertiginoso do preço dos combustíveis está a levar empresas de exportação a fechar portas, e provavelmente, irá condicionar o desempenho destas a partir de meados de Maio (Oh boy!). 

ii) Que um dos sectores fortes da economia Portuguesa, que em tempos gerou empregos em Portugal-a construção civil- está praticamente falida (A Mota-Engil e a Teixeira Duarte são das poucas que ainda se erguem).

 

Resumindo, Pedro Reis espera que as reformas estruturais em curso venham resolver o verdadeiros problemas do país, que são, entre outros [TCHAM TCHAM TCHAM]:

 

i) A falta de liquidez das PME's.

ii) Número de famílias em insolvência é superior, em percentagem do PIB, ao número de empresas em insolvência.

 

É uma pena que um tipo inteligente como Pedro Reis, enverede pelo caminho da demagogia ao ponto de dizer tais dislaites. Nos tempos que correm ecoam a ofensa grave aos Portugueses, tentando-nos inclusivé fazer passar por idiotas. 

 

Até António Saraiva-presidente da CIP-que muitas das vezes alinha o seu discurso com o do governo, costuma ser bem mais comedido neste tipo de afirmações [públicas].

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Aumento dos Combustíveis III

Faust Von Goethe 20 Mar 12

Concordo em grande parte com o que LR escreveu em Blasfémias sobre os factores exôgenos que condicionam directamente os preços dos combustíveis. Mas mesmo assim, continuo a reiterar o meu desagrado quanto às afirmações de ontem de Passos Coelho, que mais ecoam a conversa de circunstância de quem se quer esquivar às responsabilidades.

 

Ora bem: a estratégia económica deste Governo assenta essencialmente na promoção das exportações e no combate às rendas nos sectores protegidos (?!), o que significa que estamos a abrir cada vez mais a nossa economia ao exterior. Certo?

 

Se assim o é, o próprio governo tem de encontrar uma solução a curto prazo para promover a competitividade no sector das exportações, que poderá passar, por exemplo, pela criação de um linha de combustíveis low-cost para empresas exportadoras/transportes de mercadorias nos mesmos moldes do gasóleo agrícola (é só adicionar um corante ao gasóleo usual), ou então, tributar menos imposto de combustível a empresas deste sector.

 

Este é só um pequeno exemplo em que o governo não só pode, mas deve intervir. Não achas o mesmo, Álvaro?

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