O Ouriço © 2012 - 2015 | Powered by SAPO Blogs | Design by Teresa Alves
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Blogosfera que Pica
Jack Soifer 25 Jun 13
Portugal tem vinhos excepcionais, mas o marketing deve melhorar. Algumas rotas ainda se voltam para espanhóis e ingleses, talvez franceses.
Há grupos menores, mas com maior despesa por cá. Não esquecer as prendas, roupas típicas, porcelana, olarias, mesmo que se tenha de comprá-las em Alcobaça. É vital ter caixas com alças, para 6, 10 e 12 garrafas, assim como bag-in-box de 5 litros, para festas. Ofereça a alternativa de entregar em domicílio ou hotel, por uma transportadora. Algumas adegas mostram parte da vinha, poucos mostram a herdade, que muitas vezes tem uma história que deve ser contada.Vinho é também odor, flor, calor. Mostre mais do que a cave. Tenha restaurante na quinta ou perto. É essencial um acesso adequado, enólogo local, parking e sinalética. Ofereça um curto historial de cada vinho, até de cada casta. Tenha um belo jardim e um pequeno lago ou até chafariz, para atrair pássaros. Para trazer estes turistas, contacte as associações de sommeliers e clubes de vinho do Norte da Europa, Rússia, Canadá e do Brasil.
Proprietários de restaurante raramente tiram férias, exceptuando Fevereiro-Março, quando as vendas são fracas. Nesta altura temos um clima já ameno. Organize visitas a restaurantes de caça no seu distrito, aos de comida típica, e convide associações de norte-europeus para no Inverno conhecerem os vinhos e a gastronomia da sua região. Faça embalagens de madeira para três ou seis garrafas e adicione uma prenda que ele use sempre, p.ex., uma faca para queijos, para ele lembrar da sua marca. Descreva a região no rótulo, em três línguas.
Forme um cluster com outros produtores para exportar. Esqueça os grandes eventos da AICEP e embaixadas. Os directores das associações acima, jornalistas e peritos preferem pequenos eventos, com contacto mais directo com os produtores.
Jack Soifer 24 Jun 13
Temos dos granitos e mármores mais lindos e valiosos, mas vão em bruto para fora. Corte-os com serras modernas, com dentes de diamante industrial, e pula-os com as novas pastas, para exportar a chapa directamente para armazéns de bricolage ou obras.
Instale a serra em qualquer armazém. O custo do transporte é essencial para o seu lucro. Faça um leasing de um pequeno camião e aproveite os sábados para procurar os blocos. Use-o apenas para entregar as chapas em rotas pré-definidas, a não ser que seja um grande pedido. Mas disponibilize a entrega a qualquer dia, se o frete for pago.
Granito/mármore não é plástico, cada bloco pode ter veios de diferentes tons ou uma granulação inusitada - esta é a real beleza deste material eterno. É vital que as fotos do seu desdobrável, slides e filmes a destaquem.
Jack Soifer 19 Out 12
Os ciclos repetem-se! As crises e as revoltas também. E as inverdades pelos governantes, são então mais frequentes, em todo o mundo.
O Primeiro-Ministro veio à TV dizer que as greves dos portos estão a afetar as exportações. Não sei de onde ele tirou esta frase. Mesmo as estatísticas falhas do INE indicam-nos esses valores. Baseado nos dados dos anos e meses anteriores, ajustados para o crescimento médio normal e para a sazonalidade, fui ver quais são as exportações que saem pelos portos em greve, não a tonelagem, mas o valor. Investiguei ainda as importações pelos mesmos portos. Indaguei das transportadoras o que acontece com as cargas que deveriam sair e fui saber de que forma isto se reflete nas futuras encomendas dos clientes. Muito trabalho, mas é assim que se desmistifica a meia-verdade.
PASMEM: O valor de todas as exportações por dia de outubro que saem pelos portos é apenas de 24milhões. NÃO AS PERDEMOS! Elas são diferidas no tempo, pois vão principalmente para portos distantes, p.ex. nos PALOP e EUA, onde o atraso de uns dias, na estimativa de 30 a 40 para chegar à loja ou fábrica, pouco importa.
As exportações just-in-time, que poderiam afetar o cliente já vão há anos por TIR. As pouquíssimas que iriam por barco e poderiam afetar o cliente são na greve re-encaminhadas para outros portos próximos.
As importações, estas sim, afetam o nosso abastecimento de… carros, bebidas importadas, alimentos importados, que concorrem com a nossa produção rural. Mas o grande lucro está nos que intermediam essas transações, e isto está a afetar o fluxo para as offshores, que é um tabu, pois afeta os maiores interesses da mais alta política na UE.
O microcusto adicional da espera dos navios nestes portos em nada afeta as nossas exportações! Não perdemos 24milhões por dia com a greve. Perdemos 34 milhões por dia com a saída dos lucros para as offshores. Não é ilegal, mas não será imoral? Se os funcionários deste setor da banca fizerem greve, aí sim, senhor ministro, Frankfurt, Paris e Londres põem-no na rua.
Faust Von Goethe 3 Ago 12
Ontem vi, li e ouvi pessoas a criticarem o facto de uma cadeia de televisão generalista-mas NÃO suportada por dinheiro dos contribuintes-a transmitir uma tourada de homenagem ao emigrante.
Infelizmente-ou deve ser distração minha que estou de férias-ainda não vi, li e ouvi ninguém a criticar o Comité Olímpico Português por este ter retirado bolsas (de participação) a dois judocas-Telma Monteiro (-57 kg) e João Pina (-73 kg)- por estes não terem passado nas primeiras pré-eliminatórias das suas categorias. Ao que parece, o mérito do trabalho de anos a fio com vista à participação nos Jogos Olímpicos não conta absolutamente para nada.
Hoje por volta das 13:34 GMT -directo na RTP# com comentários de Daniel Pinto- Gonçalo Carvalho [e Rubi] entram em acção nos jogos olímpicos de Londres.
Quando esta participação nos jogos envolve essencialmente a promoção de um produto nacional, estou curioso para ver qual será a posição do Comité Olímpico Português e do Ministro Miguel Relvas-responsável pela pasta do desporto-no caso de Gonçalo [e Rubi] não passar[em] à fase seguinte.
Faust Von Goethe 31 Mai 12
Alemães querem comprar portas e relvas portuguesas
No contexto actual em que o destaque das notícias são Miguel Relvas, secretas e negociatas afins, o título desta notícia do Jornal de Negócios [que ontem fez 9 anos] convida qualquer um a fazer aquilo a que se chama jornalismo interpretativo. E eu não fui excepção à regra!
Leitura complementar: Nós e os alemães: pobres e mal agradecidos por Camilo Lourenço.
Adenda: Hoje, ao contrário do que vem sendo habitual, concordo com o Camilo. Quem for p.e. para os lados da Marinha Grande pode descobrir uma empresa portuguesa com capitais alemães que produz moldes para a Boeing.
Faust Von Goethe 14 Mai 12
Faust Von Goethe 13 Mai 12
Recomendo como leitura complementar ao post As duas grécias o [recente] artigo de opinião E se a Grécia sair do euro? por Ricardo Reis assim como o artigo de opinião Managing a Fragile Eurozone por Paul de Grauwe.
[Almost] Off-topic: Dos blogues que acompanho, verifiquei que apenas O Jumento deu [algum] destaque às declarações de Poul Thomsen em Coimbra na passada sexta-feira. Nem os blogues Ladrões de Bicicletas e O Insurgente-blogues que abordam assuntos essencialmente relacionados com economia-escreveram um simples post. Porque será?
Faust Von Goethe 10 Abr 12
Hoje de manhã, Pedro Reis, presidente da AICEP admitiu que "a política de austeridade deverá ser ainda mais reforçada", e que "sem as reformas em curso estaríamos a hipotecar o futuro de Portugal e a condenar o presente das nossas empresas”.
Pedro Reis, assim como a grande parte dos dromedários que deambulam pelos corredores do poder, acreditam que serão as exportações o caminho para Portugal sair da insolvência. Esquece-se porém que:
i) O aumento vertiginoso do preço dos combustíveis está a levar empresas de exportação a fechar portas, e provavelmente, irá condicionar o desempenho destas a partir de meados de Maio (Oh boy!).
ii) Que um dos sectores fortes da economia Portuguesa, que em tempos gerou empregos em Portugal-a construção civil- está praticamente falida (A Mota-Engil e a Teixeira Duarte são das poucas que ainda se erguem).
Resumindo, Pedro Reis espera que as reformas estruturais em curso venham resolver o verdadeiros problemas do país, que são, entre outros [TCHAM TCHAM TCHAM]:
i) A falta de liquidez das PME's.
ii) Número de famílias em insolvência é superior, em percentagem do PIB, ao número de empresas em insolvência.
É uma pena que um tipo inteligente como Pedro Reis, enverede pelo caminho da demagogia ao ponto de dizer tais dislaites. Nos tempos que correm ecoam a ofensa grave aos Portugueses, tentando-nos inclusivé fazer passar por idiotas.
Até António Saraiva-presidente da CIP-que muitas das vezes alinha o seu discurso com o do governo, costuma ser bem mais comedido neste tipo de afirmações [públicas].
Faust Von Goethe 20 Mar 12
Concordo em grande parte com o que LR escreveu em Blasfémias sobre os factores exôgenos que condicionam directamente os preços dos combustíveis. Mas mesmo assim, continuo a reiterar o meu desagrado quanto às afirmações de ontem de Passos Coelho, que mais ecoam a conversa de circunstância de quem se quer esquivar às responsabilidades.
Ora bem: a estratégia económica deste Governo assenta essencialmente na promoção das exportações e no combate às rendas nos sectores protegidos (?!), o que significa que estamos a abrir cada vez mais a nossa economia ao exterior. Certo?
Se assim o é, o próprio governo tem de encontrar uma solução a curto prazo para promover a competitividade no sector das exportações, que poderá passar, por exemplo, pela criação de um linha de combustíveis low-cost para empresas exportadoras/transportes de mercadorias nos mesmos moldes do gasóleo agrícola (é só adicionar um corante ao gasóleo usual), ou então, tributar menos imposto de combustível a empresas deste sector.
Este é só um pequeno exemplo em que o governo não só pode, mas deve intervir. Não achas o mesmo, Álvaro?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.