O Ouriço © 2012 - 2015 | Powered by SAPO Blogs | Design by Teresa Alves
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Blogosfera que Pica
Faust Von Goethe 2 Jul 12
... façam o teste [da imagem abaixo] e deixem a vossa resposta em comentário:
Mendo Henriques 20 Jun 12
De Jaime Froufe Andrade, recebi uma história da Guerra de África que ele viveu há mais de 40 anos, em Tete, Moçambique. Procura um antigo guerrilheiro da Frelimo para lhe dar um abraço e devolver-lhe algo que lhe pertence. Caso quase único, o guerrilheiro (natural de Cuamba, ex-Nova Freixo, Niassa) ficou registado pela máquina fotográfica. Será que alguém poderá ajudar Jaime Andrade a descobrir o paradeiro deste homem? A guerra pode ser desumana mas não desumaniza necessariamente os guerreiros....
Faust Von Goethe 13 Mai 12
O remédio para a reconstrução da economia europeia de modo a evitar uma futura guerra, passa pela formação de uma “União de Comércio Livre” entre os países europeus, incluindo as suas colónias
John Maynard Keynes em “The Economic Consequences of the Peace” (1919)
Os argumentos que irei apresentar são puramente geopolíticos, tomando como referência o facto de últimos 1500 anos, a Europa-em especial o centro da Europa-tem sido um terreno fértil de lutas entre [as superpotências] Rússia, Alemanha, França, Reino Unido e Império Otomano [ao qual já pertenceu a Grécia].
O que pior nos poderia acontecer se a zona euro 1 entrasse em rota de colisão com a zona euro 2?
Mendo Henriques 24 Mar 12
O Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas da Holanda. Um chefe militar que defende os seus homens e que explica para que servem as Forças Armadas de países que não estão em guerra.
Faust Von Goethe 29 Fev 12
Francisco Cunha Rêgo 31 Jan 12
O nosso caro Nelson Faustino refere que Hollywood se modificou com a Guerra Fria. Bom, a Guerra Fria mudou muito a cultura em geral, com escolas e correntes em competição, da pintura à escrita e ao cinema, apoiadas pelos dois Blocos. A Europa foi palco disso mesmo. Neste sentido, até aos anos 80 acho que ninguém sabia quem iria ganhar a guerra, mas ia-se advinhando. Perseguições aos cineastas houve em ambos os Blocos, não só na América. Quanto ao conflito no cinema, recordo John Le Carré, que mostra a Guerra Fria com o livro 'O espião que veio do frio', o qual deu um filme com Richard Burton, e mostra depois um aspecto do final da Guerra no livro 'A Casa da Rússia', que deu um filme com Sean Connery e Michelle Pfeiffer. Hoje para além de Hollywood, há a Nollywood, na Nigéria, a Bollywood na Índia, a florescente China que teve em Hong Kong o seu viveiro, o Egipto para o Médio Oriente, e a Indonésia que se está a expandir. Apesar de líder nas receitas e na distribuição, Hollywood já não está em primeiro lugar como produtora de filmes. No entanto tem ao seu dispor a melhor tecnologia e know-how da industria, até pelo financiamento que soube atrair e pelas parcerias que soube ir fazendo, por exemplo com o MIT.
Mas as guerras mudam sempre alguma coisa e Hollywood já tinha mudado durante a II Guerra Mundial. Nessa altura foram feitos muitos filmes em apoio ao esforço de guerra dos aliados, e em especial dos EUA. Por curiosidade, lembro que em diversos filmes de guerra naval as pessoas saiam do cinema mais calmas. Uma perplexidade mais tarde explicada pela psicologia: o mar tem um forte poder calmante.
Faust Von Goethe 29 Jan 12
Voltando ao ping-pong de com o meu colega de escrita, Francisco Cunha Rêgo, vem mesmo a propósito o que Gustavo Serrate escreveu recentemente no Blog Obvious:
"
A Guerra Fria afetou a indústria cinematográfica americana de forma brutal. Foi um período de intensas perseguições a talentos ligados ao pensamento comunista, mas também foi marcado por extrema criatividade. Das cinzas brotava o Cinema Noir, outro tipo de cinema em ascensão retratava o medo da catástrofe nuclear através de metáforas ou mensagens diretas. Após este período o cinema nunca foi o mesmo.
"
Em jeito de rodapé, deixo-vos com um filme dessa época (versão completa): O Beijo Fatal (1955), escrito por Mickey Spillane e A.I. Bezzerides e realizado por Robert Aldrich:
Tenham uma óptima semana!
Leiam o resto em: http://lounge.obviousmag.org/ponto_cego/2012/01/como-a-guerra-fria-transformou-hollywood.html#ixzz1knRO3vUl
Artur de Oliveira 16 Jan 12
Ah, a palavra «moral»! Sempre que aparece, penso nos crimes que foram cometidos em seu nome. As confusões que este termo engendrou abarcam quase toda a história das perseguições movidas pelo homem ao seu semelhante. Para além do facto de não existir apenas uma moral, mas muitas, é evidente que em todos os países, seja qual for a moral dominante, há uma moral para o tempo de paz e uma moral para a guerra. Em tempo de guerra tudo é permitido, tudo é perdoado. Ou seja, tudo o que de abominável e infame o lado vencedor praticou. Os vencidos, que servem sempre de bode expiatório, «não têm moral».
Pensar-se-á que, se realmente glorificássemos a vida e não a morte, se déssemos valor à criação e não à destruição, se acreditássemos na fecundidade e não na impotência, a tarefa suprema em que nos empenharíamos seria a da eliminação da guerra. Pensar-se-á que, fartos de carnificina, os homens se voltariam contra os assassinos, ou seja, os homens que planeiam a guerra, os homens que decidem das modalidades da arte da guerra, os homens que dirigem a indústria de material de guerra, material que hoje se tornou indescrivelmente diabólico. Digo «assassinos», porque em última análise esses homens não são outra coisa. A sangue-frio, anos antes de estalar qualquer conflito, preparam-se para obrigar os outros a obedecer-lhes; enumeram mentalmente todas as formas concebíveis de horror e destruição, e dedicam-se à tarefa calmamente, deliberadamente, implacavelmente, esperando apenas pelo momento certo para levarem à prática os seus planos.
(...) Confrontados com uma nova guerra - porque uma guerra engendra sempre outras - não poderemos esperar que estas «vítimas» se mostrem caridosas e magnânimas. Tendo sofrido contra a sua vontade, exigirão inevitavelmente que os seus filhos e filhas paguem o mesmo tributo... Portanto, o que eu digo é que, se esta escravidão de sacrifício e vingança não é imoral, se não é a forma mais absoluta da imoralidade, então esta palavra não tem sentido. Não estamos a ser destruídos e corrompidos pelos escritos pornográficos ou obscenos; estamos a ser destruídos e condenados, em todos os sentidos, pela guerra e pelo planeamento da guerra.
Henry Miller, in "O Mundo do Sexo"
John Wolf 11 Jan 12
Assistimos ao despontar de uma nova era. Um festim de tira-teimas e ver se te avias. A derradeira montra das setas atiradas ao lado. O cúmulo da falsa tolerância. A viagem de um comboio sem maquinista. A expressão máxima do sistema de castas (de castings!) que morde o calcanhar de um Aquiles coxo. Meus senhores, e minhas senhoras, o espectáculo já começou. E é um circulo de feras que rodopia, enquanto se morde a cauda destapada e à vista de todos. A estreia de um exibicionista vulgar embandeirado num arco irrisório. Está aberta a estação. Abriu oficialmente a época de caça, de canibalismo desenfreado, irracional, sem utilidade aparente. A consanguinidade cultivada sem vergonha na escala do poder, no partidarismo, na cultura, nas artes, nas amizades convenientes, nas falsas amizades, comprada com pilim sujo, vendida por divisa igual, tinha de dar nisto. No descalabro, uma salganhada poupada para este momento auspicioso que reabilita velhas guerras, dissabores e enteadas. Toca a bater a torto e a direito, que assim se chega ao sagrado, à flagelação pelos altos e baixos da fé. Oremos sem dor. O que nos resta agora no novelo de desperdícios. A dignidade, já não sei. Ainda a missa vai no adro. Ainda a mossa é pequena. Venha de lá o seguinte. Façam girar a tômbola, e às escuras com um foco intencional levantem do chão uma nova inquisição. Vida de cão. Talvez seja preferível.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.