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O Ouriço

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"Ultimamente tenho andado com a vista cansada. Deve ser das lunetas... " é o slogan do Caleidoscópio, um novo blogue do universo Blogs Sapo.

 

Para além de mim, irão também fazer parte da equipa dois dos coautores d'O Ouriço- John Wolf & Paiva Monteiro.

 

Façam-nos uma visita!

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Estivémos ontem de parabéns!

Faust Von Goethe 28 Jun 12

  • O post de Artur de Oliveira foi destaque nos recortes do Sapo.
  • De acordo com o nosso sitemeter, tivémos 775 visitas e 1410 vistas de página. Uma das melhores performances desde o lançamento deste estabelecimento.

Obrigado!

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Euro=(N)Euro+(G)Euro. Será que funciona?

Faust Von Goethe 22 Mai 12

 

Na sequência de posts de Luís Menezes Leitão em Delito de Opinião e de John Wolf aqui n'Ouriço, recordo algumas entradas que escrevi à poucas semanas atrás [também sobre este assunto]:

Para um melhor enquadramento com a temática, artigos de opinião como os de Hans-Werner Sinn (que defende uma sabática do euro para países como Portugal e Grécia) e de Kenneth Rogoff (que advogou a necessidade de uma maior integração europeia) publicados em Project Syndicate são de leitura obrigatória.
Boas leituras!

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Curva de Laffer Dixit

Faust Von Goethe 11 Mai 12

Passos Coelho reconheceu hoje no Parlamento que a carga fiscal em Portugal é muito elevada

Elementar meu caro Coelho-Curva de Laffer. Até parece que nos andou a ler...

 

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Primeira Crítica ao CDS

Faust Von Goethe 1 Mar 12

"Como é que certos tipos têm belas frases à hora da morte [política]? (...) À hora da morte [política] devia-se era estar calado. E à medida que se lá vai chegando, era o que se devia apetecer. (...)A grande verdade da vida [política] é a morte [política]. E um morto [político deveria] está [estar] sossegado. Como é que certos tipos à hora da morte [política] têm o desplante de ter frases?" 

 

Esta é uma adaptação nelsónica do livro Pensar de Vergílio Ferreira a pensar especialmente em si e no seu partido. Espero que não me leve a mal caro Diogo, pois os 3/4 do seu fiel eleitorado-de minha casa- pediram encarecidamente para que o senhor e seus colegas se esforcem mais, isto se o quiserem manter.

 

Prometo que brevemente lhe darei mais notícias por aqui assim que acabar de ler o seu livro em parceria com Beatriz Soares Carneiro sobre as agências de notação.

 

Mesmo que não nos comente, vá-nos visitando. Os hedgehogs aqui do estabelecimento quando criticam, costumam ser construtivos.

 

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Protectorados versus Diáspora

Faust Von Goethe 28 Jan 12

Ao ler pela blogosfera as seguintes entradas sobre da eventual perda da soberania grega a troco de uns milhares de milhões de euros e mais austeridade:

lembrei-me que se calhar tudo isto não passa de uma questão de diáspora, mais propriamente de língua. Ora vejamos:

  • Os americanos nunca nos imporão a política do protectorado porque o inglês é uma das línguas mais faladas em todo o mundo.Portanto, estarão sempre dentro e fora da Europa pela questão da língua; 
  • Os Chineses também nunca virão para cima de nós com a política do protectorado, pois por esse mundo fora mais de mil milhões de pessoas falam mandarim.
  • Nós, nuestros hermanos e os países latino-americanos cá nos vamos entendendo. Todos juntos perfazemos mais de 750 milhões de pessoas. 
  • Curioso é reparar que línguas como o Francês e Alemão estão em declínio...
Talvez seja esta a explicação porque os franceses se estão a voltar novamente para o Norte de África, ao par que os Alemães, bloqueados pelas restantes línguas ocidentais, depois da expansão frustrante para Leste, tentem ocupar agora os periféricos da zona euro, substituindo a expansão da língua por violentos programas de austeridade.
EUREKA

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Soberania em Risco: Visão de um Tecnarca

Faust Von Goethe 24 Jan 12

 

 

A propósito da recente discussão em jeito de ping-pong sobre a temática monarquia versus república que decorre por aqui e nos blogs delito de opinião e estado sentido, gostaria de dar a minha colherada. Ora cá vai :

 

Eu que nem sou republicano nem monarca mas um tecnarca como me apelidou o meu colega de escrita, Artur de Oliveira, prefiro ver as coisas do prisma: Primeiro debate-se os problemas sociais e só depois se debate a ideologia e o regime. 
Indo ao encontro dos monárquicos: Reza a história que no pós-ultimato inglês, muitos dos ditos monárquicos venderam-se aos republicanos por meros interesses. E assim pum: Implantou-se a I república.
A agiotice dos nossos políticos da época que fez com que nem republicanos nem monárquicos encontrassem soluções para o país, permitindo o golpe estado 1926 e consequente subida Salazar ao poder. Temos de reconhecer que Salazar percebia, para além de finanças, de xadrez pois sabia jogar em vários tabuleiros em simultâneo. Foi com Salazar que Portugal voltou aos mercados financeiros depois da bancarrota 1892, muito às custa do ouro Nazi. 
Relembro os demais que a bancarrota foi provocada em grande parte pela ida das cortes para o Brasil e pela independência deste.

 

PERGUNTA: será que Passos Coelho e Paulo Rangel lembram-se deste pormenor histórico quando incitam à emigração? Hum... 

 

Reza também a história que Salazar não consegui prever a tempo as incursões de Kenedy e mais tarde Nixon (próximo UNITA), Khrushchov e mais tarde Breznev, e inclusivé por Fidel (próximo MPLA) que apoiavam as nossas colónias fornecendo-lhe armamento. Aqui o jogo deixou de ser xadrez e passou mais a arte da guerra de Sun Tzu, um dos livros preferidos do fotógrafo de serviço aqui do estabelecimento: Adivinhem quem é :).
O nosso erro enquanto nação começou por não se ter sabido fazer a descolonização e/ou reestruturar as colónias numa espécie de Commonwealth. Relembro este facto pois há tempos celebrou-se os 50 anos da rendição do exército português na India.
Com o 25 Abril 1974, uma revolução romântica mas deveras mal estruturada pelos ditos capitães de Abril, deu um senhor rombo na nossa economia, provocado em grande parte com a vinda dos retornados das ex-colónias de mãos a abanar.

Juntando isto à nacionalização massiva de bancos e empresas, não restou outro rumo aos nossos bravos defensores da liberdade que dizer "Hilfe Hilfe! Wir Koennen IMF". E com isto já vamos em 3 chamadas:1978, 1983, 2011. Não acham que é demais?

Ao continuarmos com este tipo de ingenuidades, em nada resolveremos os reais problemas do país e ao nosso rei do tabuleiro é-lhe feito mate, xeque-mate.

O nosso rei não é o Cavaco nem outro qualquer. O nosso rei é nossa soberania enquanto nação!

Está nas nossas mãos evitarmos que nos façam xeque-mate.

PS: A dívida que contraímos em 1892 foi apenas liquidada em 2001, um ano antes de entrar em circulação o euro. 

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Antes de mais, o meu obrigado aos Blogs do Sapo por incluir o meu post Voltámos aos 19% na secção dos recortes.
Não é que me tenha esforçado muito para escrever este post (demorei menos de 5 minutos a fazer um copy+paste), mas como matemático, sofro de dois terríveis defeitos: Sou preguiçoso (porque só fiz um post de 11 linhas) e só olho a números (basta repararem por todas as minhas publicações por aqui).
Para corrigir um dos meus defeitos (a preguiça), decidi hoje e em dia de Conferência "O Estado da Troika" com Rui Rangel (um dos hedgehogs aqui da casa) por mais alguma lenha no flamming blogosférico que se encontra em estado de combustão no blogs Câmara CoorperativaUnião de Facto assim como dar um contributo para aquilo que Maria Teixeira Alves referiu no blog Farpas como sendo A diferença entre o essencial e o acessório
E tudo porque os senhores de esquerda e de direita não a chegaram a um consenso sobre os verdadeiros culpados de estarmos a pagar juros altíssimos pelo nosso pedido de ajuda externa aos senhores da TROIKA, o que é perfeitamente normal pois nem o aluno (Vítor Gaspar) e o professor (Miguel Beleza) estão em consenso nesta matéria.
Vamos primeiro voltar à questão que motivou toda esta polémica: Baixa rating de BBB+ para BB.
  • Passando pelos países com AAA, apenas a Alemanha não tem expressa a “perspectiva negativa” que já foi apontada sobre os outros três: Holanda, Luxemburgo e Finlândia;
  • Por via da metáfora da moeda inexistente, as dívidas a pagar pelos respectivos povos foram inflaccionadas em mais uns de milhares de milhões de euros, já para não falar das  colossais dívidas soberanas dos países periféricos;
  • Estima-se que no final de 2013, as dívidas soberanas de Irlanda, Portugal e Itália sejam da ordem dos 120% do PIB. 
Ao contrário do que anda a ser dito pela blogosfera, Portugal foi extremamente benificiado com esta saraivada de downgrades, pois as atenções foram agora desviadas para Espanha, Itália e Hungria.
No caso italiano (too-big-to-fail), a dívida soberana ronda os 2 Triliões de dólares de dívida soberana. Mesmo com a mudança de governo e já com as políticas de austeridade em curso, a situação de espanha, que quase foi obrigada a pedir ajuda externa em Julho, é semelhante à de Portugal nos finais de Março 2011.
Como Bélgica e França estão a caminhar para a nossa situação (embora não pareça,Itália e Hungria estão de momento bem piores que nós) e Luxemburgo seja uma economia bastante pequena, a haver resgate financeiro na zona euro, dos triplo A, apenas Alemanha, Finlândia e Holanda estariam em condições de resgatar Itália.
Ora bem: Se Áustria tivesse mantido o seu triplo A, o PIB dos 4 países juntos seria de 3.5 triliões, logo não contando com a Áustria, é matematicamente impossível resgatar uma economia da dimensão de Itália.
Este problema para além de matemático, é também um problema político e porquê? Porque pois na última cimeira europeia, a ministra das finanças finlandesa, Jutta Urpilainen levantou sérias objecções à futura participação da Finlândia em futuros resgates. Ups?!
No pior dos casos, os líderes europeus terão de optar por uma solução mais conciliadora: Aplicar escrupulosamente a iniciativa de Viena. Pelo menos, esta solução agrada tanto a finlandeses como a agências de rating.
Passemos agora aos bancos:
A encruzilhada onde a Alemanha se está a meter inconscientemente é algo que merece uma séria reflexão, tendo em conta a sua exposição à banca europeia. Ora vejamos:
O Unicredit, o segundo banco Italiano mais exposto à divida soberana, é dono do HypoVereinsbank (segundo maior banco Alemão) e do Bank Austria (o maior banco Austríaco), pelo que a bancarrota italiana induziria um efeito borboleta na banca alemã, levando ao colapso de toda a banca alemã, e por contágio, a banca americana corriria o risco de entrar em insolvência, indo ao encontro da recente visão do profeta da desgraça sobre o cenário sombrio da economia dos states para 2012 assim como abrandamento abrupto do crescimento económico na China.
Portanto, e discordando em parte com o que Helena Sacadura Cabral escreveu em Delito de Opinião, a S&P limitou-se a fazer o seu trabalho dizendo a verdade após ter feito o teste do algodão. Entre outras coisas, o rating serve para medir a probabilidade de um país ser forçado a uma reestruturação. 
No caso do objectivo primordial da zona euro, seja salvar a união monetária, a solução mais ortodoxa para evitar a hecatombe mundial, passaria por resgatar Itália e colocar Portugal, Espanha e Irlanda fora zona euro, pela razão que já apresentei acima, a menos que se faça a recapitalizão da banca europeia em velocidade cruzeiro (que me parece ser mais que inevitável), pelo menos para o caso da banca francesa e provavelmente na banca belga, de modo a evitar que dois dos principais bancos franceses, BNP Paribas & Crédit Agricole assim como o banco franco-belga Dexia fiquem piores que queijo roquefort bolorento.
No caso dos nossos bancos, não sei se isto poderá ter um efeito em espiral na dívida pública portuguesa pois como já avisei no início: sou matemático, sou preguiçoso mas não sou banqueiro e muito menos consultor financeiro para vos esclarecer sobre este assunto.
Onde está o cúmulo da bipolaridade? Perante a pressão da S&P a duas semanas da cimeira europeia, esperava-se que os líderes europeus tivessem um pouco de tento na língua:
  • Por exemplo, o BCE exprimiu publicamente o seu parecer dizendo que “foi um golpe devastador”, particularmente “problemático” em Itália;
  • Por seu turno, Merkel afirmou que “agora temos o desafio de implementar o pacto fiscal e o fundo de resgate permanente com maior rapidez”. 
  • Para juntar mais lenha à fogueira, o Governador do Deustche Bank veio-se manifestar publicamente à dias atrás após BCE ter triplicado a compra de dívida como resposta aos cortes de rating pela S&P. 
Isto é, Merkel,  Van Rompuy entre outros líderes europeus queixam-se pelo facto da S&P ter servido de polígrafo, escrevendo o que eles pensam mas não dizem. Basta procurarem o pacto fiscal que visa a uma rectificação do tratado de Lisboa e lerem-nos nas entrelinhas, contextualizando com as suas declarações de Setembro 2011 até hoje. 

Por esta razão reitero o que já foi dito por Luís Rego: a S&P prestou um grande serviço a Portugal, e a todos os periféricos da zona euro. Pena que o país assim como o nosso Primeiro só agora tenha acordado para esta injustiça, mas não o TENHAmos feito quando nos baixaram o rating de AA para BBB+, pois este SIM, foi TOTALMENTE INJUSTIFICADO e precipitou o nosso pedido de ajuda externa em Abril 2011, muito em parte devido ao facto da Alemanha ter recuado na sua estratégia de alargar o fundo de resgate em Março de 2011, devido a um chumbo...Os gráficos abaixo são parte da explicação.
Como diria o escritor austríaco Karl Krauss: "os políticos dizem mentiras aos jornais e depois acreditam no que lêem nos jornais". E por aqui me fico.
God bless Portugal
God bless our Politicians
God bless Europe
God bless Super Mario 
e dEUS ajude Cavaco (LOL)
FIM!
OBSERVAÇÃO:O último gráfico representa os juros da dívida Portuguesa de Outubro de 2010 a Março de 2011. Em Setembro 2010, quando os juros atingiram o primeiro pico, fora anunciado o PEC III, que serviu para preparar terreno para o Orçamento de Estado 2011, aprovado em Novembro 2010 com os votos a favor do PS e abstenção do PSD. No fina de Novembro 2010 ao início de Dezembro 2010, a juros da dívida portuguesa desceram substancialmente. 
Para fazer face ao deficitde financiamento para 2011, o IGCP anunciaria no final um leilão de 20 milhões de euros em obrigações do Tesouro. Nesta altura os juros da dívida portuguesa estavam entre os 6,889% e os 7,913%. Nesta altura défice orçamental anunciado pelo governo estimava-se abaixo dos 7,3%.
EXERCÍCIO: Comparar juros da dívida portuguesa de há um ano atrás com os juros da dívida espanhola de agora assim como o défice do estado espanhol.
CURIOSIDADES:

 

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O que é feito dos Blogs?

Faust Von Goethe 22 Jan 12

Algumas opiniões interessantes que encontrei em rede:

 

«“Não tenho a certeza que possamos falar de uma blogosfera como falávamos em 2004 ou 2005. Mas seguramente temos várias blogosferas”, afirma Paulo Querido. "Não creio que a blogosfera esteja morta. [Apenas] deixou de ser notícia”, conclui o autor. Não obstante, continuam a existir blogues e, mais do que isso, blogues que continuam a dar cartas.»

 

Retirado do artigo do Público de Mauro Gonçalves

 

 

«“Este que foi o ano em que todos perspectivaram o fim dos blogues. Mas pelos vistos ainda cá estamos, os sitemeters continuam a subir e cada vez existem mais blogueres a saltar para os jornais, revistas, televisão e mesmo para a política. Assim está a blogosfera: saudável e recomendável.»

 

Retirado do blog Forte Apache do Hedgehog cá da casa, o João Gomes de Almeida

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