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Blogosfera que Pica
Artur de Oliveira 7 Set 12
A ideologia neoliberal é uma aberração, que põe em questão os fundamentos da própria democracia, não para a melhorar, sim para a destruir.
Baptista-Bastos in Jornal de Negócios 07/09/2012
Faust Von Goethe 29 Mai 12
Hoje, Markuz Kerber pensa diferente: quem deve sair do euro é a Alemanha, que deverá aliar-se a países vizinhos mais parecidos, designadamente que vendam mais do mundo do que lhe compram, em torno de uma nova “âncora de estabilidade”: o florim-marco (‘guldenmark’).
Em sua opinião, chegou a hora de negociar um “compromisso histórico”. “Quem quer salvar o projecto europeu tem de permitir aos países do euro com contas correntes excedentárias introduzir uma moeda paralela”. Kerber diz que é preciso trilhar caminhos novos porque “ pacotes de resgate massivos não são a solução, apenas marcaram a severidade da situação”.
A acompanhar a Alemanha nessa nova moeda, com curso legal paralelo ao do euro, estariam Holanda, Finlândia, Áustria e Luxemburgo – a França ficaria no euro. Rapidamente, antecipa Kerber, o florim-marco se tornaria numa moeda mais forte do que o euro, o que ajudaria a periferia a reconquistar competitividade e a pagar as suas dívidas. A OCDE assume nos seus modelos macroeconómicos que uma desvalorização de 10% do euro acrescenta 1% ao PIB nominal e 0,7% ao real.
Kerber argumenta que todos, quem permanece no euro e quem entra no “guldenmark”, ficariam a ganhar. Porque uma moeda paralela, argumenta, deve ser encarada como “a conclusão lógica do falhanço do euro” e o caminho para garantir a União Europeia, porque a “crise está a ameaçar todo o projecto europeu”.
Fonte: Jornal de Negócios
Curioso que o Markus Kerber argumenta vai ao encontro do que já foi aqui abordado n'Ouriço. A título de exemplo, recomendo uma leitura mais demorada e crítica aos posts:
Faust Von Goethe 28 Mai 12
Curioso que depois do [meu] post Crise Canadiana, Sistema Bancário e o Armagedon Económico trocado por miúd@s., o Jornal de Negócios foi mais a fundo e decidiu fazer "a notícia"...
Leitura complementar: Dinheiro como Dívida
Faust Von Goethe 19 Mai 12
Se o foro da notícia avançada pelo Público for mesmo verdadeira, resta apenas uma atitude de bom senso por parte de Relvas:
Obviamente, demito-me.
Leituras complementares:
Faust Von Goethe 18 Mai 12
Desordem na casa de banho, desperta no marido vontade de ir tomar banho fora de casa.
(Jornal das Moças, 1965)
Faust Von Goethe 17 Mai 12
Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.
(Jornal das Moças, 1957)
Faust Von Goethe 7 Mai 12
Faust Von Goethe 2 Mar 12
"Durante anos, o País andou hipnotizado pelo Processo Casa Pia. Tal como aconteceu noutras paragens, onde tudo acabou por se esclarecer, ele foi o sinal de uma época tablóide. Aqui, porém, o caso continuou ao longo de uma década.
Está agora transformado no processo Carlos Cruz, que dedicou a vida a lutar dentro do sistema contra a mistura de ignorância, incompetência, oportunismo, preconceito, ingenuidade, ressentimento e vaidade que inunda os activos deste país e permite que o mundo possa desabar de repente sob os pés de qualquer cidadão.
Mas o esclarecimento do processo podia abater de vez a corporação da Justiça, cuja credibilidade já caiu no fundo. Com espírito de missão, baseados nas formalidades que os códigos permitem, procuradores e juízes intervenientes têm-se dedicado a um jogo de protecções e cumplicidades e, em vez de esclarecer a verdade, procuram omitir os factos que originaram o processo.
O livro de Carlos Cruz e as revelações que vão aparecendo não os deixam porém esquecer. E vai-se tornando claro que tudo foi construído por jornais e TV tablóides, usando miúdos mentirosos e industriados por outros. Mas foi confirmado por magistrados. Duvido que os juízes da Relação não o saibam. Acabaram por se agarrar a questões formais e atiraram para outros o veredicto final. Alguém, um dia, terá de descalçar esta bota. Mas vai precisar de doses adicionais de coragem, isenção e desapego que não abundam por aí."
Fonte: "A bota da coorperação" por José Luís Pio de Abreu em Jornal Destak.
Faust Von Goethe 18 Fev 12
Para bem ou para mal, o ciclo que findou tem um ícone: Sócrates. Deificado e diabolizado, sempre em situação adversa, ele foi um político invulgar. Começou por reduzir o défice, reformou a Segurança Social, a Escola e a Saúde. Modernizou costumes atávicos. Apostou na ciência e fez do país o que mais cresceu neste domínio. Apostou nas energias renováveis, em produtos exportáveis de alta tecnologia, e os resultados, que são lentos, já se começam a ver. Mas afrontou as corporações e começou a perder.
Aceitou ir quinzenalmente à Assembleia da República e, aí, defrontava-se com quatro oposições de direita e de esquerda. Foi combativo, mas gerou crispação. Atacaram-no por todos os lados. Escrutinaram a vida dele, dos pais, dos tios, dos primos e dos amigos. Acusaram-no de tudo. Manipularam a sua imagem para criar um preconceito. Quando se defendia diziam que mentia. Quando tentava ser optimista no meio do pessimismo criado contra si, é porque mentia. A tudo resistiu.
Transformaram-no em bode expiatório da crise financeira internacional. Mas ele tinha uma solução para o País: ganhar tempo até que a Europa ganhasse juízo com o balão de ensaio grego. Tiraram-lhe o tapete e tudo seguiu outro rumo. Sabendo que já não era o seu tempo, lutou até ao fim. Quando, dignamente, aceitava a derrota pessoal, ainda uma jornalista de mau gosto lhe dava facadas. Um dia se reconhecerá a estatura deste político. A mediocridade instalada nos media não o enxerga por agora.
José Luís Pio Abreu, Jornal Destak, 16 Junho 2011
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