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O Ouriço

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Frase que pica

Artur de Oliveira 7 Set 12

A ideologia neoliberal é uma aberração, que põe em questão os fundamentos da própria democracia, não para a melhorar, sim para a destruir.


Baptista-Bastos in Jornal de Negócios 07/09/2012

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Hoje, Markuz Kerber pensa diferente: quem deve sair do euro é a Alemanha, que deverá aliar-se a países vizinhos mais parecidos, designadamente que vendam mais do mundo do que lhe compram, em torno de uma nova “âncora de estabilidade”: o florim-marco (‘guldenmark’).


Em sua opinião, chegou a hora de negociar um “compromisso histórico”. “Quem quer salvar o projecto europeu tem de permitir aos países do euro com contas correntes excedentárias introduzir uma moeda paralela”. Kerber diz que é preciso trilhar caminhos novos porque “ pacotes de resgate massivos não são a solução, apenas marcaram a severidade da situação”.

A acompanhar a Alemanha nessa nova moeda, com curso legal paralelo ao do euro, estariam Holanda, Finlândia, Áustria e Luxemburgo – a França ficaria no euro. Rapidamente, antecipa Kerber, o florim-marco se tornaria numa moeda mais forte do que o euro, o que ajudaria a periferia a reconquistar competitividade e a pagar as suas dívidas. A OCDE assume nos seus modelos macroeconómicos que uma desvalorização de 10% do euro acrescenta 1% ao PIB nominal e 0,7% ao real.

Kerber argumenta que todos, quem permanece no euro e quem entra no “guldenmark”, ficariam a ganhar. Porque uma moeda paralela, argumenta, deve ser encarada como “a conclusão lógica do falhanço do euro” e o caminho para garantir a União Europeia, porque a “crise está a ameaçar todo o projecto europeu”.

 

Fonte: Jornal de Negócios

 

 

Curioso que o Markus Kerber argumenta vai ao encontro do que já foi aqui abordado n'Ouriço. A título de exemplo, recomendo uma leitura mais demorada e crítica aos posts:

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Curioso que depois do [meu] post Crise Canadiana, Sistema Bancário e o Armagedon Económico trocado por miúd@s., o Jornal de Negócios foi mais a fundo e decidiu fazer "a notícia"...

 

Leitura complementar: Dinheiro como Dívida

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Crónica Feminina #2

Faust Von Goethe 18 Mai 12

Desordem na casa de banho, desperta no marido vontade de ir tomar banho fora de casa.

(Jornal das Moças, 1965)

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Crónica Feminina #1

Faust Von Goethe 17 Mai 12

Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas. 

(Jornal das Moças, 1957)

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Ironias à Krugman X

Faust Von Goethe 2 Mar 12

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Casa Pia Dixit

Faust Von Goethe 2 Mar 12

 

"Durante anos, o País andou hipnotizado pelo Processo Casa Pia. Tal como aconteceu noutras paragens, onde tudo acabou por se esclarecer, ele foi o sinal de uma época tablóide. Aqui, porém, o caso continuou ao longo de uma década.

 

Está agora transformado no processo Carlos Cruz, que dedicou a vida a lutar dentro do sistema contra a mistura de ignorância, incompetência, oportunismo, preconceito, ingenuidade, ressentimento e vaidade que inunda os activos deste país e permite que o mundo possa desabar de repente sob os pés de qualquer cidadão.

 

Mas o esclarecimento do processo podia abater de vez a corporação da Justiça, cuja credibilidade já caiu no fundo. Com espírito de missão, baseados nas formalidades que os códigos permitem, procuradores e juízes intervenientes têm-se dedicado a um jogo de protecções e cumplicidades e, em vez de esclarecer a verdade, procuram omitir os factos que originaram o processo.

 

O livro de Carlos Cruz e as revelações que vão aparecendo não os deixam porém esquecer. E vai-se tornando claro que tudo foi construído por jornais e TV tablóides, usando miúdos mentirosos e industriados por outros. Mas foi confirmado por magistrados. Duvido que os juízes da Relação não o saibam. Acabaram por se agarrar a questões formais e atiraram para outros o veredicto final. Alguém, um dia, terá de descalçar esta bota. Mas vai precisar de doses adicionais de coragem, isenção e desapego que não abundam por aí."

 

Fonte: "A bota da coorperação" por José Luís Pio de Abreu em Jornal Destak.

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José Sócrates

Faust Von Goethe 18 Fev 12

 

Para bem ou para mal, o ciclo que findou tem um ícone: Sócrates. Deificado e diabolizado, sempre em situação adversa, ele foi um político invulgar. Começou por reduzir o défice, reformou a Segurança Social, a Escola e a Saúde. Modernizou costumes atávicos. Apostou na ciência e fez do país o que mais cresceu neste domínio. Apostou nas energias renováveis, em produtos exportáveis de alta tecnologia, e os resultados, que são lentos, já se começam a ver. Mas afrontou as corporações e começou a perder.
Aceitou ir quinzenalmente à Assembleia da República e, aí, defrontava-se com quatro oposições de direita e de esquerda. Foi combativo, mas gerou crispação. Atacaram-no por todos os lados. Escrutinaram a vida dele, dos pais, dos tios, dos primos e dos amigos. Acusaram-no de tudo. Manipularam a sua imagem para criar um preconceito. Quando se defendia diziam que mentia. Quando tentava ser optimista no meio do pessimismo criado contra si, é porque mentia. A tudo resistiu.

Transformaram-no em bode expiatório da crise financeira internacional. Mas ele tinha uma solução para o País: ganhar tempo até que a Europa ganhasse juízo com o balão de ensaio grego. Tiraram-lhe o tapete e tudo seguiu outro rumo. Sabendo que já não era o seu tempo, lutou até ao fim. Quando, dignamente, aceitava a derrota pessoal, ainda uma jornalista de mau gosto lhe dava facadas. Um dia se reconhecerá a estatura deste político. A mediocridade instalada nos media não o enxerga por agora.

 

José Luís Pio Abreu, Jornal Destak, 16 Junho 2011

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