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O Ouriço

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O remédio para a reconstrução da economia europeia de modo a evitar uma futura guerra, passa pela formação de uma “União de Comércio Livre” entre os países europeus, incluindo as suas colónias

 

John Maynard Keynes em “The Economic Consequences of the Peace” (1919) 

 

Os argumentos que irei apresentar são puramente geopolíticos, tomando como referência o facto de últimos 1500 anos, a Europa-em especial o centro da Europa-tem sido um terreno fértil de lutas entre [as superpotências] Rússia, Alemanha, França, Reino Unido e Império Otomano [ao qual já pertenceu a Grécia].

 

 

Ora vejamos: Desde a criação da União Europeia (ex-CEE) o Reino Unido sempre lutou-e continua a lutar- para que não se criasse a Zona Euro. Por sua vez, por dissidências que remontam a II Guerra Mundial, os Alemães mesmo tendo uma moeda forte, viram-se na obrigação de criar uma zona euro-uma espécie de trégua aos aliados.
Por seu turno, os Franceses tiraram partido da fragilidade da moral Alemã-após a queda do Muro de Berlim- para abarcarem no projecto para criação da zona euro, na qual eles se iriam assumir como [os verdadeiros] líderes.
Suponhamos que-o pior dos casos- na eminência do default grego e de um pedido de ajuda externa por parte de Espanha, a Alemanha criasse uma nova zona euro de modo a ter total controlo na condução da política monetária através do Deustsche Bank Bundesbank-a zona euro 1 da figura-impondo condições mais restritivas que as actuais condições.
Nessa altura, Áustria, Bélgica, Estónia, França, Finlândia, Holanda e Luxemburgo e iriam pedir para aderir, de modo a evitarem a exposição aos PIIGS-E seriam todos automaticamente aceites com a excepção de França que apresentava um défice estrutural muito elevado. Irlanda, na eminência de ficar isolada em termos geopolíticos, iria pedir ao Reino Unido para a sua zona monetária, adoptando a libra.
França seria então "empurrada" para a zona euro 2 mas esta, pelo voz do [recém-eleito] presidente François Hollande, iria contestar a existência da zona euro 2 porque, seria por um lado uma demonstração de fraqueza perante a Alemanha e por outro lado, França precisaria dos PIIGS dentro da Zona Euro como contra-peso político para afrontar a Alemanha para evitar-em caso de eventuais resgates financeiros.
Em concreto, ficando na zona euro 2, teria que fazer o papel actual da Alemanha e resgatar a Grécia (3º empréstimo para fazer face ao default desordenado) Portugal, Itália e Espanha.
Na eminência de se poder continuar a financiar nos mercados, Portugal, Espanha e Itália iriam propor a França a emissão de eurobonds na zona euro 2. Esta ao recusar literalmente tal proposta, decidiria adoptar a sua própria moeda, conduzindo os restantes países a fazer o mesmo-Portugal, Espanha e Itália sem qualquer força política seriam forçados a voltar também às suas antigas moedas, induzindo mais defaults.
O preço a pagar por estar na zona euro 2 seriam taxas de juro altíssimas que teriam de pagar para se financiar nos mercados. Como consequência, o discurso da "falta de legitimidade democrática" iria-se tornar cada mais coercivo dentro (contextualize-se com a situação actual que se vive na Grécia).
 
E agora perguntam vocês:
O que pior nos poderia acontecer se a zona euro 1 entrasse em rota de colisão com a zona euro 2?
Seria a Alemanha voltar-se mais para Leste e Russia-com a admissão de países como Letónia, Lituania, República Checa, República Eslovaca, Suécia, Dinamarca, Polónia e Hungria na zona euro 1-ao par que França aliar-se ao Reino Unido e voltar-se para os Estados Unidos e China, o que em termos geopolíticos seria declarar o fim do projecto europeu, aquele que durante mais de 50 anos assegurou um clima de prosperidade e paz no velho continente. 

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Música que Pica #8

Faust Von Goethe 8 Mai 12

O rap [económico] que coloca frente-a-frente John KeynesFriedrich Hayek.

 

Check it out!

 

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27 de abril  |  14h30  |  Sala Keynes da FEUC

 

Robert Fishman
(Universidade de Notre Dame)

 

Resumo
A 13 de Abril de 2011, Robert Fishman sociólogo norte-americano, conhecedor e amigo de Portugal, publicou no New York Times um artigo de opinião [ler AQUI], intitulado “O resgate desnecessário de Portugal”, no qual se interroga acerca das razões que empurraram Portugal para o resgate cujas consequências estamos já a experimentar. Fishman salientava duas delas. A primeira (ideológica) era a hostilidade dos “fundamentalistas de mercado” ao “modelo de economia mista” que resultou da revolução democrática do 25 de Abril; a segunda, a falta de perspetiva histórica, a incapacidade de ter em conta a importância e extensão das transformações socioeconómicas dos anos de democracia e os seus efeitos na melhoria do nível de vida dos portugueses.

Também em Abril, o Jornal Expresso publicou uma entrevista sua onde se referiu a algumas destas questões [descarregar versão em PDF AQUI]

Depois de uma primeira conferência que apresentou no CES-Lisboa em julho de 2011, desloca-se agora a Coimbra para nova sessão onde irá abordar o resultado dos seus estudos comparativos da situação de Espanha e Portugal.


Nota biográfica

 

Robert Fishman é Professor de Sociologia  e Fellow dos Institutos Kellogg e Nanovic da Universidade de Notre Dame. Trabalha sobre a democracia, a política e a cultura democrática. Estudioso dos casos português e espanhol, está neste momento a trabalhar numa obra em que analisa as diferenças entre estes dois países, naquilo que têm sido a prática democrática e a evolução social desde os seus regressos à democracia.

 

Organização: Programa de Doutoramento Governação, Conhecimento e Inovação e Núcleo de Estudos sobre Ciência, Economia e Sociedade do CES.

 

Fonte: http://www.uc.pt/feuc/noticias01/20120417

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Parasitas da Economia

Mendo Henriques 15 Abr 12

Como escreveu a pós keynesiana  Joan Robinson, "a economia é demasiado importante para ser deixada aos economistas". A frase também pode aplicar-se a estrategas, filósofos, cientistas, etc. - Claro. A procura da verdade é só uma e o sol nasce para todos. 

No que aqui interessa, as políticas de austeridade em Portugal – e na Europa - estão a criar recessão e as escassas reformas estruturais não melhoram a situação. Algumas delas não são de todo boas e outras só são eficazes a longo prazo. Entretanto, o requisito de consolidação orçamental reforça a falta de procura. E esta falha é agravada por impostos que empobrecem a classe média e afastam os investidores

Com tudo isto, o ambiente empresarial será competitivo, mas cheio de parasitismo, como aqui exemplifca o Nelson Faustino. Portugal sofre de parasitismo político.. Parece que ainda não aprendemos com o falhanço do centralismo estatal nas economias socialistas. Estas falharam completamente quando depois de cumprido o objetivo de desenvolvimento de base, não conseguiram criar uma economia de consumo. Nós estamos a deixar que o capitalismo de mercado falhe por causa da crescente desigualdade de renda e da má distribuição da riqueza resultante de não sabermos orienar o uso do dividendo social...É um fim tão miserável, quanto a destruição do sonho de socialismo. E estas falhas atuais do capitalismo de mercado resultam da resposta hiper-liberal, criando os aumentos brutos de desigualdade que estão na raiz da nossa recessão.

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Breton Woods é pop

Mendo Henriques 10 Abr 12

 

 

Bretton Woods. Mathias Kom sabe  cantar. Possivelmente a única música pop sobre a Conferência Internacional que permitiu 50 anos de cooperação financeira internacional. Algures nos anos 90, BW começou a ser enterrada e o que sobra agora são as relações públicas tipo Christine Lagarde. John Keynes deve revirar-se no túmulo. Um dia será preciso fazer uma Bretton Woods II. Ainda não se sabe quando nem onde.

 

 

 

 

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Os príncipes das finanças

Mendo Henriques 10 Fev 12

 

Há duzentos anos atrás, enquanto Napoleão fez a guerra a príncipes não teve problemas. Quando começou a enfrentar povos, em Espanha e Portugal, tramou-se. Mas quase ganhou.


As guerras entre  príncipes das finanças chegaram agora a esse patamar das guerras contra povos. Já não é só a Bolsa, mas as nossas bolsas. .Já não é só o Euro mas os nossos euros. Já não é só a Banca mas os nosso depósitos.  Por tudo isto, devemos ser solidários com o povo grego, com a classe média a tentar ganhar um salário decente, para cuidar das famílias, enviar os filhos à escola e manter qualidade de vida. Os gregos fizeram o que a classe política oligárquica lhes disse que poderiam fazer, e agora vêem o seu mundo social e económico a desmoronar-se.

A UE exige um programa de austeridade que vai cortar salários, pensões, serviços, etc. Não é preciso ser um fanático keynesiano ou um lúcido lonerganiano para ver que tal austeridade vai contrair a economia grega até aos 6% ao ano. Sem crescimento económico, tudo será ainda mais difícil. Os gregos estão entre dois monstros. Ou apanham mais um murro da UE para pagar as dívidas, ou saem da UE.

Portugal também está entre Cila e Caridbdis. A Itália vem provavelmente a seguir. Mas além destas arenas pequenas em que a classe média está a perder meios e qualidade de vida, temos a arena mais impressionante de todas: os EUA. Por fora, Walll Street parece ter saúde ( como a Traviata antes de morrer)  os consumidores parecem satisfeitos, e o desemprego desceu de níveis insuportáveis.  Os norte-americanos não têm uma Comissão Europeia, nem o Banco Central, nem um  FMI a arfar e a exigir austeridade à classe média. Mas o dia do julgamento vem aí. A austeridade chegará porque a classe média viva do dinheiro injetado pelo FED enquanto o Frankenstein da inflação constipa a economia e o déficit federal atinge um ponto sem retorno.

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