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O Ouriço

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Cidadania em ação

Artur de Oliveira 19 Jun 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No próximo sábado, 22 de Junho a PASC, Plataforma Activa da Sociedade Civil, organiza, em Cascais, um Fórum de Cidadania.

Por parte do IDP, Instituto da Democracia Portuguesa, estarão presentes Mendo Henriques e João Palmeiro, da Direção, e Paulo Morais, do Conselho de Prospetiva.

 

Programa
Cascais, 22 de Junho, Hotel Baía
10.30 - ABERTURA - Isabel Magalhães, Maria Perpétua Rocha, António Teixeira Lopes -
11.00 - ECONOMIA
Moderador: Luis Antunes - Lisbon MBA

Oradores:Renato Epifânio - MIL ( Países Lusófonos / Diáspora )

F Ribeiro e Castro - F E M ( Economia do Mar )
G Morais Sarmento - Médico ( Saúde )
Linda Pereira - Promoção de Portugal / Turismo
12.00 - DEBATE
13.00 - Almoço Livre
14.30 - SOLIDARIEDADE / VOLUNTARIADO
Moderador: João Palmeiro 

Oradores: Raquel Varela - ( Segurança Social )
Paula Policarpo - ( Abraço / Zero Desperdício )
15.30 - DEBATE
16.00 - ÉTICA E TRANSPARÊNCIA NO PODER LOCAL
Moderador: Mendo Henriques 
Oradores: Carlos Sousa
Carlos Botelheiro Moreno
Paulo Teixeira de Morais
17.00 - DEBATE
18.00 - ENCERRAMENTO - Jorge Marques, Isabel Magalhães

 

Fonte aqui

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Poesia que pica VIII

Artur de Oliveira 29 Mai 13

A nossa secção Poesia que Pica desta vez conta com Carmen Cardin, uma poetisa carioca com fortes relações com Portugal. Biogarafia aqui

 

 

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Camões fala de 2012

Mendo Henriques 25 Set 12

Ocupado como toda a gente, com o início do ano que é Setembro, eis senão quando vejo que O Ouriço passou a marca dos 100.000 visitantes unicos ( e quase 170.000 pageviews)  Ouriço, logo existo. Junto com mais 100.000. Dá para comemorar. E como entre os variados assuntos entre mãos, ando a reler Camões ( faz sempre bem) por causa de um artigo a sair na Letras Com(n)vida, tenho encontrado as mais fantásticas passagens pulbicadas em 1572 mas lidas com olhos de setembro de 2012. É o que faz ser um clássico. Não se desatualiza. Hoje ficam versos do nosso épico sobre o Tsunami do licenciado passos Coelho

 

Diz o Luís "Não cantarei ..."

Nem quem, com pouco experto peito

Razões prende e cuida que é prudente

Para taxar, com mão rapace e escassa

Os trabalhos alheios que não passa”

 VII, 86, 5-8

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A lusosfera cresce!

Mendo Henriques 21 Jun 12

 

A língua portuguesa vai conquistando espaço. Mas estarão os responsáveis nacionais atentos ? A Primeira Conferência de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira, na sede ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, foi no dia 20 de abril. Falta lobby português nos EUA.

 

 

 

 

 

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Os adeptos peninsulares da Lady Austeridade deviam perceber que a senhora perdeu o seu parceiro em França e  está ameaçada no próprio país. Até o FMI critica as más prácticas de quem pensa que manda na UE e o BCE do Super Mario ajuda pela retranca, embora preconizando a austeridade, mas não enfocando assim tanto os sacricíficios dos cidadãos dos países endividados. Ou seja, círculo está a fechar-se. 

 

Espero que a sociedade civil  abra os olhos e diga a estes teimosos governantes que a solução não é austeridade para os cidadãos, mas para os rendimentos de quem está por cima e devem dar o exemplo que não deram. Eis a música apropriada legendada em português da lusosfera e bem explícito(não havia em versão puramente lusitana e depois?) para que se despertem consciências sobre quem governa o possível decadente motor do Euro pensa sobre os "PIGS"...  A letra diz tudo.

 

 

 

 

 

 

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Portugal é um protectorado estrangeiro

Artur de Oliveira 15 Mar 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como foi dito aqui no Ouriço,Portugal está ao serviço do triunvirato de capatazes do eixo duplo de senhores feudais Europeus que prestam vassalagem aos Príncipes das Finanças e tudo isto como consequência directa das políticas dos oligarcas nacioniais de várias cores ideológicas apenas no rótulo.  Não restam dúvidas  de que estamos perante uma dependência nacional. A solução será uma transição de mentalidades valores e políticas com uma sociedade civil mais activa e reclamante dos seus direitos e deveres, e também passarmos a ver o mar no nosso horizonte uma vez mais para a redescoberta da lusosfera e quem sabe para um mundo melhor e equilibrado.

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Passos Coelho, o trapalhão!

Faust Von Goethe 9 Mar 12

Passos Coelho sempre foi um pouco trapalhão no seu estilo de intervenção política (as "gaffes" antes das eleições legislativas foram o pão-nosso-de-cada-dia...) e fraco no marketing. Mas uma coisa são deslizes enquanto oposição, outra é cometer "gafes" como primeiro-ministro. O episódio no Parlamento serviu para mostrar ao País que o Governo não controla a máquina do Estado: não sabe o que ele paga... nem a quem paga. Ao ponto de induzir em erro o próprio primeiro-ministro.

 

Camilo Lourenço@Jornal de Negócios

 

 Até o defensor acéfalo deste governo e destas políticas já começa a concordar comigo... 

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Pela blogosfera: Lusoponte

Faust Von Goethe 8 Mar 12

Agora, é só escrever uma carta, registada e com aviso de recepção, a exigir à Lusoponte a devolução da verba recebida indevidamente...

...Afinal a Lusoponte recebeu mesmo a dobrar as portagens de Agosto de 2011.  Confirmou-o a secretaria de Estado dos Transportes e a própria empresa, contrariando afirmações do primeiro-ministro no Parlamento."
from OUTRA MARGEM - 

Uma ponte sem fim

...colocaram a Lusoponte, o Secretário de Estado e o Passos Coelho a desmentirem-se uns aos outros. O Gaspar parece que também não sentiu a falta nas contas de 2011 desse dinheiro que nos tinha dito, quando acabou com a isenção do pagamento de portagens durante o mês de Agosto na Ponte 25 de Abril, ser fundamental para cumprir com as metas do défic...
from WEHAVEKAOSINTHEGARDEN - 

homenzinhos de fato escuro (2)

...que a Lusoponte recebeu a compensação que estava acordada no contrato de concessão (4,4 milhões de euros), e o pagamento dos utilizadores durante o mês de Agosto, que, ao contrário de outros anos, pagaram portagens neste período. A secretaria de Estado explica que os 4,4 milhões de euros foram pagos porque esse é o montante que está estipulado a...
from O Insurgente - 

Umas no cravo e outras na ferradura

...a Lusoponte cobrou, arrecadou, ficou com o dinheiro, o seu secretário de Estado enganou-o duas vezes", disse.» [i] Parecer: O argumento agora usado não era o que constava no despacho que deu lugar à indemnização da Lusoponte. Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Clarifique-se.»     A nossa banca está a ficar muito generosa «O ...
from O JUMENTO - 

O governo dos estarolas em exibição num parlamento perto de si

...Lusoponte uma compensação (de mais de quatro milhões de euros) como se não houvesse portagens.Hoje, quarta-feira, a questão do duplo pagamento à Lusoponte foi levantada no debate parlamentar. Passos Coelho diz desconhecer o assunto e que iria apurar o que acontecera.Momentos mais tarde, Passos Coelho volta ao tema para dizer que o secretário de ...
from Câmara Corporativa - 

O Álvaro Não Perdoa?

...que a Lusoponte não arrecadou as portagens de Agosto (…) O primeiro-ministro afirma que o Estado vai ter de pagar à Lusoponte4,4 milhões de euros equivalentes ao valor das portagens de Agosto da ponte 25 de Abril, porque quem arrecadou essa receita em 2011 não foi a empresa, mas sim a Estradas de Portugal. Questionado no debate quinzenal pelo l...
from A Educação do meu Umbigo - 

Alguém Ainda Se Lembra Desta Cena Pornográfica?

...Lusoponte da gestão e exploração das travessias rodoviárias do rio Tejo vai ter na defesa dos interesses da empresa Jorge Coelho e Ferreira do Amaral, os dois ministros das obras públicas que negociaram em representação do Estado o contrato de concessão e os acordos de reequilíbrio com a empresa.
from A Educação do meu Umbigo - 

Desorientação

...e a Lusoponte. Mas fico algo perplexo quando o primeiro-ministro vai para o debate parlamentar tão mal preparado numa questão que dificilmente deixaria de fazer parte das preocupações da oposição.
from Os Comediantes - 

Lusoponte:Teste de Stress para Passos

...Estado e Lusoponte contradizem Passos sobre portagensPassos 
from Ensaios Imperfeitos - 

Passos: Lusoponte não arrecadou dinheiro das portagens

...a Lusoponte ter sido indemnizada
from Dinheiro Vivo - Dinheiro Vivo - 

Em defesa e simplificação de Álvaro Santos Pereira

...sabemos a lusoponte que os espera à esquina da carreira. Tagged: Álvaro Santos Pereira, governo, ministro
from Aventar - 

Para os Amigos, “mãos rotas”!..

...Lusoponte”!..  O Secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, autorizou o pagamento de 4,4 milhões de euros àLusoponte para compensar a empresa pela não cobrança de portagens na Ponte 25 de Abril. Isto, apesar de saber que a isenção em Agosto neste trajecto acabou o ano passado e que a Lusoponte ficou com o dinheiro das portagen...
from OUTRA MARGEM - 

As mesadas que nunca falham

...lado da Lusoponte, concessionária da travessia do Tejo, o seu administrador Joaquim Ferreira do Amaral. Percebe-se porque tantas vezes o Estado fica a perder.   A lógica de negócio de quase todas as PPP é simples: todas as despesas para o Estado, nenhum risco para o privado. E foi seguindo esta lógica que o Estado garantiu à Lusoponte indeminiza...
from Arrastão - 

Semanada

...Lusoponte do Ferreira do Amaral, qualquer coisinha como 4,4 milhões de euros. A única pasta que ninguém parece querer tirar ao Álvaro é a do emprego, que nos tempos que correm é mais propriamente do desemprego. O Álvaro, o tal economista competentíssimo previu um desemprego de três, vírgula e tal, esta semana anunciou que até ao final do ano ...
from O JUMENTO - 

Ladrões, corruptos, vigaristas

...Lusoponte pela quebra nas receitas, no valor de 4.4 milhões de euros. O problema é que a Lusoponte, cujo presidente é Joaquim Ferreira do Amaral, dirigente do PSD e antigo ministro das Obras Públicas que saiu directamente do executivo de Cavaco Silva para a administração desta empresa, exigiu ao Governo esses 4.4 milhões. Este Governo, já sabemo...
from Arrastão - 

Umas no cravo e outras na ferradura

...Lusoponte para compensar a empresa pela não cobrança de portagens na Ponte 25 de Abril. Isto, apesar de saber que a isenção em Agosto neste trajecto acabou o ano passado e que a Lusoponte ficou com o dinheiro das portagens - as receitas de todas concessões rodoviárias são das Estradas de Portugal. Assim, a empresa recebeu duas vezes. A decisã...
from O JUMENTO - 

Os estarolas e os dinheiros públicos

...Lusoponte uma compensação quando não se pagava portagem na ponte 25 de Abril durante o mês de Agosto. O Governo acabou com essa benesse aos banhistas da Costa da Caparica, mas manteve a compensação dada à Lusoponte. O Álvaro, tão obcecado em suprimir direitos adquiridos, deu-os em dobro à empresa multinacional que tem a concessão da ponte: a rep...
from Câmara Corporativa - 

Governo piegas dá dinheiro à Lusoponte

...Lusoponte”. Segundo o jornal, o Secretário de Estado dos Transportes ordenou que fossem dados à empresa presidida por Joaquim Ferreira do Amaral 4,4 milhões de euros, para compensar a não cobrança de portagem na ponte 25 de Abril no mês de Agosto de 2011.
from RSS esquerda.net - 

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Sobre a Lusoesfera V

Artur de Oliveira 1 Mar 12

 

 

 

 

Quero começar por agradecer a minha presença aqui a Renato Epifânio, presidente do MIL, Movimento Internacional Lusófono que organiza este encontro e que, em boa hora, veio integrar a PASC, Plataforma Ativa da Sociedade Civil coordenada por Maria Perpétua Rocha. Quero ainda agradecer ao presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, pois esta casa e esta sala onde nos encontramos, com o planisfério que assinala as navegações portuguesa, é o local de sonho para falarmos, sentirmos e nos apropriarmos da lusofonia, ponto de partida dessa realidade mais ampla que é a Lusosfera.

 

 

 

 

A fundação e a expansão de Portugal foram a pré- condição da  existência  do que hoje aqui nos reúne. O pequeno povo português que, nos fins da Idade Média se lançou  na aventura dos descobrimentos e da expansão semeou o diálogo universal e deu um abraço verdadeiramente armilar, através da circum-navegação ao redefinir o homem como animal de encontros entre povos e de trocas de bens materiais e culturais. E a consequência maior deste processo foi a emergência de um espaço plural e policêntrico de Povos, Culturas, Estados, Igrejas e Comunidades, uma lusosfera, inicialmente simbolizada por essa esfera armilar que o rei D. Manuel I adotou como sinal da empresa dos descobrimentos.

O fundamento da Lusosfera não é só acreditar que valeu a pena o investimento português, desde 1415, na criação de senhorios de conquista, navegação e comércio que se estenderam a todo o globo. O fundamento da Lusosfera não é só saber que o relacionamento mútuo das comunidades lusófonas se foi ajustando às realidades dos tempos históricos, através de vicissitudes várias, em que os encontros por vezes degeneraram em conflitos. O fundamento da Lusosfera exige que nos apropriemos da grande experiência da modernidade em que os descobrimentos abriram a via para a globalização da religião cristã nascida em Israel, da filosofia e da ciência nascida na Grécia e do direito nascido em Roma. Esse grande projecto europeu ganhou expressão, a nível global, com um Portugal já adulto e autónomo no Atlântico, embora situado numa Europa ainda adolescente e embrenhada em conflitos continentais. E essa época da modernidade tornou-se um processo para o conjunto das sociedades planetárias, um processo que chegou até aos nossos dias como globalização. Esse “saber de experiência feito” foi um quarto pilar da Europa a acrescentar à célebre tríade definida por Ernest Renan de fé cristã, filosofia grega e direito romano. Através dos descobrimentos, foi toda a Europa que alcançou um novo mundo, num processo ainda em curso..

Neste alvor do séc. XXI, com nações como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné, Moçambique, S.Tomé e Príncipe e Timor-Leste, com suas diversas cidadanias integrando a CPLP; com mais de 250 milhões de cidadãos e lusodescendentes e descendentes afro-luso-brasileiros nos cinco continentes unidos pela língua e afectos comuns; com uma comunidade de interesses que abrangem territórios com orla marítima que juntos fariam da lusosfera o segundo maior país do mundo em extensão, Portugal é, na bela frase do angolano Costa Andrade, um dos heterónimos sem ortónimo dessa realidade. Vamos ter de reler Luís de Camões e Fernando Pessoa, e também Luandino Vieira, e Jorge Amado, José Craveirinha e Rosália de Castro como oráculos dos países e comunidades onde se fala português. E assim compreenderemos que a lusofonia é o ponto de partida cultural para essa realidade global em construção, realidade de afectos, de cidadanias e de interesses a que chamamos Lusosfera.

Quero começar por agradecer a minha presença aqui a Renato Epifânio, presidente do MIL, Movimento Internacional Lusófono que organiza este encontro e que, em boa hora, veio integrar a PASC, Plataforma Ativa da Sociedade Civil coordenada por Maria Perpétua Rocha. Quero ainda agradecer ao presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, pois esta casa e esta sala onde nos encontramos, com o planisfério que assinala as navegações portuguesa, é o local de sonho para falarmos, sentirmos e nos apropriarmos da lusofonia, ponto de partida dessa realidade mais ampla que é a Lusosfera.

 

A fundação e a expansão de Portugal foram a pré- condição da  existência  do que hoje aqui nos reúne. O pequeno povo português que, nos fins da Idade Média se lançou  na aventura dos descobrimentos e da expansão semeou o diálogo universal e deu um abraço verdadeiramente armilar, através da circum-navegação ao redefinir o homem como animal de encontros entre povos e de trocas de bens materiais e culturais. E a consequência maior deste processo foi a emergência de um espaço plural e policêntrico de Povos, Culturas, Estados, Igrejas e Comunidades, uma lusosfera, inicialmente simbolizada por essa esfera armilar que o rei D. Manuel I adotou como sinal da empresa dos descobrimentos.

 

O fundamento da Lusosfera não é só acreditar que valeu a pena o investimento português, desde 1415, na criação de senhorios de conquista, navegação e comércio que se estenderam a todo o globo. O fundamento da Lusosfera não é só saber que o relacionamento mútuo das comunidades lusófonas se foi ajustando às realidades dos tempos históricos, através de vicissitudes várias, em que os encontros por vezes degeneraram em conflitos. O fundamento da Lusosfera exige que nos apropriemos da grande experiência da modernidade em que os descobrimentos abriram a via para a globalização da religião cristã nascida em Israel, da filosofia e da ciência nascida na Grécia e do direito nascido em Roma. Esse grande projecto europeu ganhou expressão, a nível global, com um Portugal já adulto e autónomo no Atlântico, embora situado numa Europa ainda adolescente e embrenhada em conflitos continentais. E essa época da modernidade tornou-se um processo para o conjunto das sociedades planetárias, um processo que chegou até aos nossos dias como globalização. Esse “saber de experiência feito” foi um quarto pilar da Europa a acrescentar à célebre tríade definida por Ernest Renan de fé cristã, filosofia grega e direito romano. Através dos descobrimentos, foi toda a Europa que alcançou um novo mundo, num processo ainda em curso..

 

Neste alvor do séc. XXI, com nações como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné, Moçambique, S.Tomé e Príncipe e Timor-Leste, com suas diversas cidadanias integrando a CPLP; com mais de 250 milhões de cidadãos e lusodescendentes e descendentes afro-luso-brasileiros nos cinco continentes unidos pela língua e afectos comuns; com uma comunidade de interesses que abrangem territórios com orla marítima que juntos fariam da lusosfera o segundo maior país do mundo em extensão, Portugal é, na bela frase do angolano Costa Andrade, um dos heterónimos sem ortónimo dessa realidade. Vamos ter de reler Luís de Camões e Fernando Pessoa, e também Luandino Vieira, e Jorge Amado, José Craveirinha e Rosália de Castro como oráculos dos países e comunidades onde se fala português. E assim compreenderemos que a lusofonia é o ponto de partida cultural para essa realidade global em construção, realidade de afectos, de cidadanias e de interesses a que chamamos Lusosfera.

 

 

 

 

 

 

 

Discurso de Mendo Henriques no X Forum PASC: Encontro Público "A importância da Lusofonia" 

 

 

No vídeo: Violoncelo por Joana Correia, com a peça « Três Inflorescências » de Fernando Lopes-Graça e apresentação pelo jovem

compositor Edward Luiz Ayres de Abreu 


 

 

 

 

 

 

 

 


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Sobre a Lusoesfera IV

Artur de Oliveira 27 Fev 12

Encerramento do X Fórum PASC: Encontro Público "A Importância da Lusofonia" pela Coordenadora Drª Maria Perpétua Rocha 

 

 

 


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