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Blogosfera que Pica
Mendo Henriques 22 Ago 18
O Papa Francisco e a chanceler querem um globalismo mais "humanizado".
Angela Merkel é chanceler desde 2005, contra várias reações. Para os inimigos, Merkel é uma líder tecnocrática e globalista sem contacto com as preocupações das pessoas comuns, e que impõe medidas de austeridade aos países mais fracos e mina as culturas nacionais através do incentivo à migração em massa.
Esta é a posição do primeiro-ministro da Hungria, da direita protestante, Viktor Orbán,e que representa os estados-nação que lutam por culturas tradicionais e independência económica.
Merkel é defensora da solidariedade e da dignidade humana contra os populistas, e o Papa Francisco encorajou-a a lutar por acordos internacionais, incluindo o acordo de Paris.
O Santo Padre admira Merkel porque está convicto de que ela não é a globalista sinistra que os críticos apregoam e tem o mesmo objetivo do Vaticano : promover uma forma mais humanizada de globalização.
A plataforma política de Merkel (CDU), foi fundada na Alemanha Ocidental após a Segunda Guerra Mundial, unindo católicos e protestantes na defesa dos direitos humanos e contra os horrores totalitários do Terceiro Reich.
Os políticos democratas cristãos do pós-guerra, sob a influência de Jacques Maritain, acreditavam nas democracias pluralistas, baseadas em consenso sobre a lei natural, a com a ajuda da compreensão cristã da pessoa. A paz seria promovida pela interdependência económica e social. Tais idéias cresceram no Concílio Vaticano II, sendo o Papa Paulo VI, um admirador de Maritain.
Em 2010, Merkel explicou as três raízes de seu partido; defender a liberdade e a paz por meios militares; promover a economia de mercado; promover a “herança social cristã” de tratar cada ser humano como um igual filho de Deus.
Antes da reunificação da Alemanha em 1990, a CDU era dominada pela tradição católica do sudoeste. A reunificação significou que a CDU se tornou mais nortenha e protestante. Quando Merkel, filha de um pastor protestante que cresceu na Alemanha Oriental, se tornou chefe da CDU, a velha guarda protestou contra o "protestantismo prussiano" das burocracias centralizadas e tecnocráticas.
Merkel revelou-se igual a si mesma na crise dos refugiados. É absurda a acusação de que Merkel planeou um influxo massivo de migrantes através da rota dos Balcãs. Mesmo o seu biógrafo crítico, Robin Alexander, em "Die Getriebenen", diz que Merkel foi impelida pelas circunstâncias e pelo dever.
Enfrentou o medo que os migrantes despertaram com um apelo às convicções morais cristãs. Os recém-chegados eram filhos de Deus. Quanto aos temores de que o Islão destruísse a cultura cristã da Europa, Merkel respondeu “Quem está preocupado com a preservação da cultura cristã ...vá à Igreja e leia a Bíblia.” Excelente conselho.
O conselho é bom. Mas uma das razões pelas quais a prática cristã caiu na Europa do pós-guerra é sem dúvida o ideal pluralista e neutro de democracia que os democratas-cristãos promoveram.
Maritain pensava que numa democracia pluralista o consenso sobre os direitos humanos levaria a um fortalecimento da religião. Mas não foi assim. As sociedades sem Cristo tornaram-se seculares e a moral sexual divergiu dos ensinamentos da Igreja. Os partidos políticos como o CDU, têm respondido ao contínuo enfraquecimento de seu próprio compromisso com os princípios morais cristãos.
O Papa Francisco admira em Merkel o seu compromisso com a visão pluralista do desenvolvimento global que a Santa Sé promove desde o Concílio Vaticano II, em nome da paz, cooperação e prosperidade.
Mas há o risco de o pluralismo levar à marginalização do cristianismo, sobretudo quando o ensino moral católico entra em conflito com atitudes morais seculares.
Após o recente sínodo da família, Francisco tentou superar essa divergência com a Amoris Leetitia. Mas o testemunho da Igreja é uma coisa e Merkel sempre foi uma pragmática e perita em se acomodar a mudanças na opinião pública. Antes das eleições de 2017, aceitou a lei do casamento homossexual (mesmo que tenha votado contra): e assim tirou o tapete debaixo dos pés da oposição.
O Papa Francisco sabe muito bem o que é uma questão secundária e o que deve ser feito em nome um futuro comum .
Mendo Henriques 13 Ago 18
O Brexit nunca foi inevitável, como cada vez é mais evidente.
De acordo com sondagem, dos 632 distritos eleitorais no Reino Unido, ...341 têm agora uma maioria absoluta do FICAR, quando eram 229 em 2016..
O eleitorado britânico está a mudar de opinião após verificar que iria pagar em qualidade de vida e em independência a saída da União Europeia. Os britânicos não são eunucos que se deixam arrastar pelas vozes da má classe política.
Os britânicos têm a queixar-se de uma classe política que, por motivos diferentes, nunca lhes explicou as consequências do Brexit: o nacionalismo requentado de Nigel Farage, o oportunismo de Boris Johnson e Michael Gove, as trapalhadas globalistas de Cameron; as trapalhadas marxistas de Jeremy Corbin: e a ambição destruidora da senhora May combinaram-se para enganar os britânicos que agora querem fugir do pesadelo de isolamento em que a sr. May os colocou
Após dois anos de negociações que estão num impasse, a única saída será reverter o Brexit em novo referendo ou em voto do Parlamento. Apesar de tudo, os britânicos são uma casa da democracia.
Helder Luis 6 Set 14
Nos últimos 11 anos a população cristã do Iraque, assim como de outras pequenas minorias, tem sido dizimada, há 11 anos eram 4 milhões, hoje são apenas 300 mil e estão perto de ser extintos. Os únicos que os protegem são os muçulmanos curdos que também têm sido tão atacados desde há tantos anos.
Os EUA são os maiores culpados, pois quando derrubaram Hussein deixaram o Iraque num caos aonde imperam os radicais islâmicos.
Os outros grandes culpados são obviamente os muitos milhares de radicais islâmicos, gente que não merece o oxigénio que respira, são tudo menos seres humanos.
Agora a pergunta que se impõe, porquê um silêncio tão grande do Vaticano em relação a este massacre? Porquê o silêncio da Europa? Porque não movem influências para proteger a população cristã do Iraque?
Jack Soifer 23 Jun 14
Helder Luis 16 Jun 14
Com o alto patrocínio da UE e dos EUA
Todos os países da Europa têm um partido fascista ou nazi. O que há de peculiar na Ucrânia, apesar dos mil desmentidos, inúteis, porque é mais forte que eles mostrarem o que são, é que é preciso procurar bem para encontrar partidos que não tenham incorporado estas ideologias. Vejamos: o Pravi Sektor ou «Sector de direita» é o único que faz gala em mostrá-lo abertamente, mas o Svoboda (Liberdade, dizem eles) já se chamou abertamente Partido Nacional Socialista e seus fundadores estão nas listas do Centro Simon Wisenthal como perigosos racistas. Depois, temos o Partido da Pátria que se reclama neo-Liberal mas não desdenha prestar culto ao «herói» Bandera, um assassino de polacos, judeus, russos e ucranianos comunistas, responsável pelo massacre de Babi Yar. Yatsenyuk actual primeiro ministro pertence a esse partido, tal como Julia Timoschenko e esta prosa dele não deixa dúvidas a ninguém porque retira do congelador expressões familiares - que já se julgavam banidas - da ideologia nazi: «untermenshen» ou sub-humanos, «limpeza étnica», extermínio. Falta neste texto dele o novo conceito, que remete para outro também conhecido: os «campos de filtração» onde se fará, como o nome indica, a «filtragem» dos verdadeiros ucranianos e dos ucranianos de origem russa.
Texto de António Gil
Helena Marques 7 Mar 14
Miguel Sousa Tavares afirmou na SIC que historicamente a Crimeia pertence à Rússia, o que não é verdade, a não ser que para MST o tempo e a história se meçam em nanosegundos. A Crimeia passou a fazer parte do Império Russo em finais do século XVIII, mais exactamente em 1783, altura em que as tropas russas comandadas pelo general Suvurov derrotaram os Tártaros descendentes de Gengis Kahn, que já lá habitavam desde o século XIII, e pagavam tributo aos Turcos, depois destes os terem derrotado; do outro lado era ocupada por genoveses, antes, tinha sido ocupada por dórios, ''jônios de Mileto em Teodósia e Panticapeia (também chamado Bósforo'', gregos (Wikipédia), mais tarde, foi ocupada pelo Império Romano, durante os séculos seguintes a Crimeia foi ocupada por vários povos, entre eles os mongóis, e, como já disse, só por fim, já no século XVIII os russos derrotaram o povo Tari, que passou a fazer parte do povo russo.
Miguel Sousa Tavares oblitera por completo a Guerra da Crimeia, que se deveu à vontade expansionista do Czar; foi durante esta guerra que ficou célebre a enfermeira inglesa, Florence Nightingale, durante o terrível cerco a Sebastopol, onde soldados ingleses e franceses sofreram atrozmente, por ferimentos e surtos de doenças muitos graves que dizimaram milhares de soldados ou puseram outros à beira da morte.
Os russos, por fim, perderam a Guerra da Crimeia e a 30 de Março de 1856 assinavam o Tratado de Paris, em que, entre outras coisas, perdiam o direito de ter qualquer tipo de bases ou forças navais no Mar Negro. Entretanto passados anos houve uma nova guerra contra os turcos, que durou até ao século XX, tendo sido a primeira guerra nos Balcãs do século.
Também no século XX, e depois da Revolução de Outubro, a Crimeia volta a pertencer desta feita ao Império Soviético, a Conferência de Ialta, foi lá realizada.
Durante a II Guerra Mundial a Crimeia foi barbaramente atacada pelos alemães e resistiu de maneira feroz, ficou célebre a resistência à tomada de Sebastopol, mais uma vez; quando em 1944 a Crimeia foi libertada do jugo nazi, a população tártara foi alvo de deportações, Estaline, dizimou-a enviando-a para os Gulags.
Até ao tricentenário da unificação da Rússia a Crimeia foi governada pela República Socialista Federada Soviética, Khrushchev ofereceu-a como presente à Ucrânia para celebrar a data, começando, a partir daí, a fazer parte da RRS. Com a queda do Império Soviético a Crimeia passou a fazer parte da Ucrânia independente com ressentimentos por parte da população maioritariamente russa, ortodoxa. Contudo, a derrota nas eleições dos nacionalistas fez com que esses ressentimentos aparentemente acabassem, e a ameaça de um conflito armado, entre a Ucrânia e a Rússia, com bases navais estacionadas no Mar Negro, tenha sido posto de parte; infelizmente para ressurgir agora.
Resta dizer que na parte ocidental, a população é maioritariamente católica e fala ucraniano.
Com este texto não queria tomar partido nem de nenhum país envolvido, nem sequer politizar, nem sequer li qualquer artigo que me elucidasse sobre qual é a posição dos líderes da Crimeia, que necessitam da Ucrânia para as necessidades mais básicas: Alimentação, electricidade, água, etc., que, provavelmente, terão que aceitar qualquer que seja o desfecho que este assunto, tão delicado, tenha. Sem dúvida que Putin foi contra os Direitos Internacionais no que diz respeito à soberania de um país e contra o que assinou, quando entrou na UE, sobre o mesmo assunto. Terão, talvez, que aceitar viver num Estado dentro de outro Estado, ou num pior cenário, se a Rússia invadir a Ucrânia, neste jogo, a Crimeia não passa de um mero peão. Esperemos que ganhe o bom senso, e que o Sr. Putin não esteja nostálgico da Velha Ordem Mundial.
Queria tão somente repor a história, quem ouviu MST, dá ideia que a Crimeia pertence há centenas de séculos à Rússia o que não é exacto.
Se para o Miguel Sousa Tavares cerca de três séculos é ''pertencer historicamente'' a um país para a História não é.
Artur de Oliveira 19 Jun 13
Dantes, os loucos com a mania que eram a reencarnação de Napoleão estavam no hospício. Hoje em dia, os loucos estão espalhados em demasiados cargos de responsabilidade por este mundo fora. Por isso mesmo, na Turquia e no Brasil as pessoas estão a ficar cansadas de tanta incompetência, nepotismo e corrupção. O séculol XXI poderá ser o século da cidadania que está a emergir e será o inevitavelmente o futuro partner na governação a par do poder legislativo, executivo, judicial, real, presidencial ou semi-presidencial, dependendo dos regimes e países. Como parente e amigo de brasileiros, desejo que a luta dos cidadãos nas ruas persista até conseguirem mudar a sociedade para níveis mais exigente de qualidade de vida, pois nem só de bola vive o homem...
Artur de Oliveira 16 Jun 13
Artur de Oliveira 21 Mar 13
Jack Soifer 30 Jan 13
Acabo de ler o livro LA HAMBRE QUE VIENE - La crisis alimentaria,do investigador e articulista americano Paul Roberts.
Após um trabalho feito por uma grande equipa em três anos, ele aponta para centenas de investigacões de organismos e instituições como a FDA (Food and Drug Administration) norte-americana e a Secretaria de Agricultura dos EUA, FAO( Food and Agriculture Organization) da ONU, etc, a mostrar os megaproblemas que teremos com a alimentacão em 2030.
Parece distante, mas quem hoje tem 23 anos, tera entao 40, os de 33 anos terão 50 anos.
As 660 pag. resumem muito bem meio milhar de artigos e livros de equipas de investigadores a mostrar que os problemas ambientais, a
ambição de umas pouco mega-dealers de cereais, carnes, etc do setor alimentar, todo ele dominado por carteis, está a nos levar-mos
para a fome generalizada e um brutal desperdicio de recursos não renováveis, como os combustíveis fósseis.
As próximas guerras (se é que a do Iraque e a da Siria ja não o são) serão mais por causa da água, do que devido ao petróleo.
Quando o barril do crude chegar a 200 dolares, ja no proximo ano, os custos da alimentacao aumentarão, mas com os preços congelados, fixados por governos fracos, sob o comando da Cargill, Dreyfus, etc ou por elas, tornarao a produção escassa ao mesmo tempo que a procura
aumentará, especialmente nos BRICS, Brasil, Russia, India, China e Africa do Sul.
Roberts tambem questiona a atual chamada 'democracia' tal como muitos membros do IDP (Instituto da Democracia Portuguesa) fizeram no seu livro PLANO C, para além dos seminários e eventos que têm organizado estes últimos anos.
Recomendo a leitura deste verdadeiro TRATADO SOBRE A FOME DO FUTURO, com uma inusitada mistura de resultados tecnológicos fracassados com a aplicação da manipulacão genética, de acordos sobre o controlo de pesticidas danosos, da poluicao etc, com a de medições econométricas dos efeitos de diversas politicas publicas possiveis, mas hoje desprezadas por governos cada vez mais manipulados e empenhados na
desinformação publicitada em 'sérios' jornais e operadoras de televisao, telecomunicações e até no facebook.
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