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Blogosfera que Pica
Jack Soifer 8 Fev 13
Em mais de 45 anos como consultor de PME e grandes empresas, encontrei a maioria delas no vermelho. A primeira acção era reduzir os desperdícios e custos, como em energia, materiais, chefia intermédia, administração. E vender mais. Nunca aumentar os preços, o que prova a incompetência e afasta os clientes.
Em Portugal, os transportes públicos têm um brutal desperdício. Sabemos que os terminais, de onde estes partem muito cedo pela manhã e chegam à noite, são cruciais no controlo dos lucros. Bem como a manutenção preventiva, mini-melhorias, constante controlo do atendimento ao cliente, etc. Metade dos técnicos do Metro de Lisboa deve estar no mais distante e complexo parque de composições. A outra metade na manutenção. Pelo menos 600 boys seriam dispensados e a actual sede vendida a bom preço.
Em quase todos os países onde vivi, o preço dos transportes públicos varia consoante o dia e a hora, para oferecer descontos aos que não precisam de usá-los nas horas de ponta e assim ocupá-los mais. Nas pontas, pela manhã e à tarde, os colaboradores do escritório vão para algumas estações, para evitar filas nas bilheteiras.
Podemos reduzir o preço em 15% se ministérios e autarquias restringirem o trânsito de carros privados no centro das capitais, pois a capacidade ociosa é de 35%; é como deitar fora um terço da produção da Autoeuropa ou da Cimpor. Se as Carris nórdicas usam biogás feito com os resíduos das ETAR, quase de borla, porque não aqui? Os boys só mantêm mais do mesmo, não inovam.
Em transportes, não precisamos de um inteiramente ultrapassado TGV, mas de melhor administração nas CP, Refer, nos Metros e Carris. Se a TAP pode, estes também podem. É trocar boys por profissionais. E nem na Alemanha o transporte público é PPP.
Jack Soifer 4 Jul 12
Há décadas, governos, sob influência dos lóbis, contrataram, por PPP´s, obras inúteis ou exageradas. A maioria das autoestradas e Scuts há anos são subutilizadas, comparando com outros países.
Entretanto, investiram mil milhões em obras para universidades, subutilizadas, que poderiam agora ajudar a minorar a depressão em que já estamos desde 2011. Em 01/03/2010, eu disse, no Prós e Contras da RTP, que, se o governo não mudasse o rumo, poderíamos estar numa depressão com duração de uns oito anos. Escrevi então que precisaríamos de uns 160 MM€ para dela sair. É só estudar o que aconteceu em outros países em situação semelhante.
Ao contrário do que a Troika, contra o parecer de muitos nobeis de economia, fez, era necessário gastar mais em muitas pequenas obras. A austeridade seria com o despesismo, funcionários públicos a mais e reformas chorudas.
Milhares de edifícios e instalações públicas poderiam ter micro-PPP com associações ou PME´s locais. Como laboratórios, estufas, salas de universidades, para festa e concerto nos jardins de museus e nas bibliotecas, nos fins de semana.
Um horticultor ou cluster que alugue uma estufa como packing-house irá usá-la mais horas e a tarifa que paga à universidade ajudaria a pagar os elevados salários dos professores.
Quando lecionei na Católica do Rio de Janeiro, a central informática instalada na Engenharia pertencia à IBM, que a usava das 22 às 8h. Lá, a Fundação Oswaldo Cruz vende serviços de biotecnologia para pagar parte do seu pessoal. Nos EUA, a maioria das universidades públicas vende serviços de laboratório.
É também uma forma de os estudantes terem contato com o mundo real.
Faust Von Goethe 8 Mar 12
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