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O Ouriço

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Curva de Laffer: A saga continua...

Faust Von Goethe 29 Mai 12

JoaoMiranda continua a sua saga em torno da Curva de Laffer depois de confundir o conceito de Curva de Laffer com o conceito de crowding-out no post anterior.

 

Já o Samuel de Paiva Pires, em resposta ao post anterior de JoaoMiranda fala no "efeito Laffer" sem especificar a que dito efeito se refere. 

Agora pergunto-me eu. Será que o dito efeito se resume à seguinte permissa?

Segundo Laffer, o caminho para atingir uma colecta mais elevada-pico da curva-corresponde à harmonização do investimento dos privados face aos seus interesses antagónicos e à taxa de imposto cobrada. Para se atingir este pico (ou ponto de equilíbrio), é necessário um mecanismo de política monetária que permitam, se necessário, a desvalorização cambial.

 

Pena que o JoaoMiranda não se tenha lembrado de refutar com base numa das permissas que inclui no meu post [e/ou artigo de opinião disponível na página do IDP]:

Quando em Portugal, na impossibilidade de aplicar a desvalorização cambial, se pretende aplicar uma desvalorização dos custos do trabalho (redução de cerca 20% do salários da função pública, como defenderam economistas como Ernâni Lopes, Vitor Bento e Paul Krugman), ao mesmo tempo que se aumenta impostos, estas duas medidas anulam-se entre si.

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O debate blogosférico no seu melhor

Faust Von Goethe 29 Mai 12

Tenho de admitir que sou um admirador confesso de Jack Soifer, em especial da sua capacidade invulgar para se auto-elogiar nas seus posts/artigos de opinião, "fugindo com o rabo à seringa" a perguntas concretas-o que realmente interessa.

 

Gosto ainda mais quando ele, ao invés de disponibilizar informações mais detalhadas-como o fazem economistas da nossa praça em blogs como o The Portuguese Economy-faz uso de um jargão de economia sem dar uma ideia geral dos termos que utiliza, não inclui qualquer referência bibliográfica que ateste os dados que revela, nem indica as fontes de onde recolheu os dados (p.e. AMECO,INE,EuroStat,IGCP, ...), já para não falar que manda os leitores-mandou-me a mim e provavelmente uns outros tantos- irem ler os seus livros.

 

Agora pergunto-me eu:

Para quê ir a correr comprar os livros de Jack Soifer quando se pode ler "quase" de borla economistas reputados como Paul De Grawe, Paul Krugman, Kenneth Rogoff, Nouriel Roubini, Robert Schiller, Peter Schiff, os portuguesíssimos Pedro Pita Barros,Ricardo Reis que escrevem semanalmente no suplemento Dinheiro Vivo do JN e pontualmente no blogue colectivo The Portuguese Economy, o deputado social-democrata Miguel Frasquilho que assina mensalmente uma coluna de opinião no Jornal de Negócios, ou até mesmo os reports de tecnocratas como Vítor Gaspar ou Mario Draghi et all que se podem "sacar" à borla a partir do servidor Social Science Research Network?

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Exportações Argentina X Grécia

Faust Von Goethe 14 Mai 12

Fonte: Paul Krugman@NYTimes

 

Leitura complementar: Drama e Drachma por John Wolf.

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Eurodämmerung a.k.a Paul Krugman

Faust Von Goethe 13 Mai 12

 

1. Greek euro exit, very possibly next month.

2. Huge withdrawals from Spanish and Italian banks, as depositors try to move their money to Germany.

3a. Maybe, just possibly, de facto controls, with banks forbidden to transfer deposits out of country and limits on cash withdrawals.

3b. Alternatively, or maybe in tandem, huge draws on ECB credit to keep the banks from collapsing.

4a. Germany has a choice. Accept huge indirect public claims on Italy and Spain, plus a drastic revision of strategy — basically, to give Spain in particular any hope you need both guarantees on its debt to hold borrowing costs down and a higher eurozone inflation target to make relative price adjustment possible; or:

4b. End of the euro.

Fonte: Paul Krugman@NYTimes [e partilhado no tweeter por Nouriel Roubini]

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O erro de Gaspar

Faust Von Goethe 17 Abr 12

 

Nos anos 70, o jovem economista Arthur Laffer desenhou curva parabólica num guardanapo de papel de restaurante, para explicar a correlação entre taxas de impostos (eixo horizontal) e receita do estado (eixo vertical). Esta pode ser interpretada do seguinte modo:

 

A uma taxa de 0% de impostos, a receita do Estado é nula; para uma taxa de impostos a 100%, o efeito seria o mesmo, pois o aumento compulviso desta taxa tenha como causas directas, a fuga aos impostos, à omissão de dividendos, já para não falar das práticas correntes de fraude fiscal assim como da corrida aos subsídios de desemprego na segurança social. Acresce que, para uma taxa de colecta de 100%, o investimento replicativo e auto-regenarativo na economia seria nulo.

 

Segundo Laffer, o caminho para atingir uma colecta mais elevada-pico da curva-corresponde à harmonização do investimento dos privados face aos seus interesses antagónicos e à taxa de imposto cobrada. Para se atingir este pico (ou ponto de equilíbrio), é necessário um mecanismo de política monetária que permitam, se necessário, a desvalorização cambial.

 

Quando em Portugal, na impossibilidade de aplicar a desvalorização cambial, se pretende aplicar uma desvalorização dos custos do trabalho (redução de cerca 20% do salários da função pública, como defenderam economistas como Ernâni Lopes, Vitor Bento e Paul Krugman), ao mesmo tempo que se aumenta impostos, estas duas medidas anulam-se entre si.

 

Daqui podemos concluir, de forma intuitiva, tendo como base dos números recentes da execução orçamental, que para além de uma subida das taxas de imposto sobre o consumo, houve uma redução de parte dos salários confiscados a funcionários públicos. Pictoricamente, esta situação situa-se à direita da curva de Laffer  (ponto B da figura), o significa que a nossa economia atingiu a taxa maximal de carga fiscal.

 

Para fazer face a esta entrave, poderia adoptar-se uma solução que passasse pelo corte dos salários, mantendo grande parte dos impostos na taxa em vigor, reduzindo alguns deles, tendo como meta o estímulo do consumo interno assim como o investimento por parte dos privados. 

 

Uma outra solução, poderia passar por adoptar uma política de investimento público, propiciando uma harmonização entre este e o aumento dívida externa, direccionado para bens transaccionáveis, que potenciasse a criação de empregos.

 

Adenda: Como complemento, recomendo uma leitura ao post recente de Robert Reich-secretário de estado de Bill Clinton- para enquadrarem no âmbito da política económica dos Estados Unidos, assim como o artigo recente de Ricardo Reis em Dinheiro Vivo (também sobre a curva de Laffer).

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Separados à Nascença VII

Faust Von Goethe 8 Mar 12

De acordo com esta descoberta na semana passada, tudo me leva a crer que José Sócrates, George Clooney e Paul Krugman são tri-gémeos e foram separados à nascença. O João Galamba, Krugman de bancada do blog Jugular, vai gostar de saber disto ... ou não!

 

Por outro lado, Camilo Lourenço defensor acéfalo deste governo, que até escreveu que os de esquerda deveriam ouvir Krugman, gostou de certeza desta manchete.

 

 

Adenda: Nem esquerda nem direita devem levar Paul Krugman à letra. Provavelmente, tomar em linha de conta as opiniões de economistas como Kenneth Rogoff, Hans-Werner Sinn ou até mesmo Ricardo Reis, bem como voltar a pegar nos livros (antigos) de Ludwig Von Mises-como John Wolf já me sugeriu- deve ser uma melhor ideia.

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Ironias à Krugman XI

Faust Von Goethe 3 Mar 12

"The totally evident negative effect of austerity policies on growth and employment is a clear demonstration that all claims about the irrelevance of government spending to job creation are wrong. I understand why people don’t want to believe this; but how can they not at least feel some doubt about their faith when they look at the world?"

Paul Krugman@NYT

 

Por Portugal, também há quem se acredite que esta nova política de emprego vai dar resultado. Obviamente que não, pois o dinheiro que irá ser usado para a criação de estágios profissionais, perdão, empregos, são os fundos do QREN, fundos esses que terminam em 2013.

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Ironias à Krugman X

Faust Von Goethe 2 Mar 12

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Separados à Nascença

Faust Von Goethe 1 Mar 12

Depois de Paul Krugman e George Clooney, mais uma descoberta: Ben Kingsley-que interpretou o personagem Georges Méliès no filme "A Invenção de Hugo"- e Medina Carreira também foram separados à nascença. Alguma dúvida?

 

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Ironias à Krugman IX

Faust Von Goethe 29 Fev 12

Em Agosto 2011, semanas após os Estados Unidos terem evitado entrar em default, Paul Krugman em comentário à CNN defendeu que a melhor forma de resolver a crise mundial passaria pelo anúncio de uma invasão do planeta terra por aliens:
O raciocínio apresentado por Krugman não deixa de ser curioso, pois se fizermos uma associação com os gastos do governo americano durante a 2ª Guerra Mundial, facilmente perceberemos que foi a hiperinflação induzida com a entrada na 2ª Grande Guerra (i.e. uma política expansionista com a finalidade de produzir material bélico)  que permitiu tirar a economia americana da recessão.
Por Portugal foi mais a hiperdeflacção-resumindo, as barras de ouro dos nazi's-que nos permitiu regressar aos mercados anos após a bancarrota de 1892. 
O que teria acontecido às nossas barras de ouro se os Estados Unidos tivessem perdido a guerra?

 

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