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O Ouriço

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Cultura? Que Cultura tio?

Pedro Baptista-Bastos 4 Jan 14

 
 
 
 
 
 
 
Se alguém quiser aprender Português em Madrid, os professores são brasileiros. Cursos, promoção da língua e cultura portuguesas, conferências, uma simples livraria portuguesa - nada existe. O orgulho na língua Espanhola demonstra-se na sim...ples visão do Instituto Cervantes na Gran Vía. O orgulho na cultura espanhola vê-se em haver um Bairro das Letras, com ruas, livrarias com os nomes dos Grandes da Cultura Espanhola. O entendimento que esta crise se combate promovendo a Cultura é um desígnio nacional Espanhol - o Rei de Espanha apadrinha uma exposição que vai de Bosch a Ticiano; por cá, um Algarvio sombrio nada faz numa instituição que deveria ser a primeira a promover a Cultura que vai do Amazonas a Macau - eu não votei nele! Devemos ter orgulho em Portugal e na nossa Cultura, deveríamos usar a nossa Cultura como instrumento económico, mas a verdade é esta: nada fazemos para defender a nossa Cultura. Temos que ser reconhecidos no estrangeiro para sermos aceites entre nós. Não temos orgulho nacional colectivo para nada, excepto quando jogadores de futebol apelam ao apoio à selecção - e ter orgulho pátrio só ocorre quando há Cultura enquanto expressão nacional. A Espanha tem-na.

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Poesia que pica IX

Artur de Oliveira 24 Jun 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

E porque já começou o Verão a sério, aqui vai um poema da autoria de Pedro Moura Azevedo, autor do blog Poetrus. O poema tem direito a banda sonora e tudo.

 

Bom verão aos colegas de blog e aos leitores do Ouriço.

 

 

No fundo da memória


No fundo da memória
Havia restos dum amor.
Alguns sorrisos
Muita raiva
E imensas lágrimas por chorar.
Era triste
no fundo da memória.
Foi então que matei o tempo.
A memória acesa de dor
Tornou-se fluida
E reinventou-se
nua
Numa praia.
qualquer praia.
Frescura
De  sentir que era
À uma
borboleta e flor.



Pedro Moura

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A estratégia do Mea Culpa

Artur de Oliveira 6 Jun 13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A estratégia do mea culpa continua... Tanto o FMI como a Comissão Europeia e Angela Merkel sabem que a austeridade exceliana  falhou e querem evitar mais conflitos sociais e que se mantenham certas pessoas em lugares-chave... Mas claro que vão rolar cabeças. Não é preciso estar na reunião do Clube Bildeberg para saber isso.

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Euroausteridade

Artur de Oliveira 24 Mar 13

Quo vadis, Europa?


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Europeus, Burros e Elefantes...

John Wolf 30 Out 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O meu voto seguiu há dias. Procedi ao registo online na categoria de "eleitor residente no estrangeiro" e volvidos poucos dias, o meu boletim de voto chegava à minha caixa de correio electrónico. Assinei de cruz, e enviei por correio azul a decisão - a second term for Obama. Independentemente do resultado, uma coisa posso garantir, o furacão que assola os EUA é muito menos perigoso do que aquele que fustiga a Europa. A União Europeia revelou a sua linha de fractura, a clivagem norte-sul, o embate de placas tectónicas, uma discussão acesa entre Gutenberg e Júlio Iglésias. E daqui não descolamos. Há dias George Soros propunha que a Alemanha replicasse o tratamento dos EUA para com a Europa no período subsequente à II Grande Guerra. Ou seja, que um plano Marshall Alemão fosse aplicado aos países devastados pelo falhanço do projecto Europeu. Que uma espécie de soft power fosse exercida "sobre" os países periféricos. Um plano contrário à austeridade que se conhece, mas que não colocasse em causa os compromissos decorrentes da dívida, que seriam simultaneamente económico, financeiro e moral. A Alemanha, ao ser o bom da fita, decerto que granjearia os louvores dos países membros caídos em desgraça. Esta seria, concerteza, uma via alternativa. Um modo de validar o conceito de verdadeira união, uma União Centro-Periférica. Mas por que raio trago à baila as eleições Americanas? Porque nos EUA ninguém sonha em questionar o seu federalismo. Um contribuinte do Estado de Nova Jersey (que paga dos impostos mais elevados dos 50 estados Americanos) não põe em causa as decisões federais que levam à transferência dos seus "fundos e mundos" para um Estado mais pobre, como por exemplo, o Arizona. É esta a essência moral de uma federação - o pressuposto que as diferenças existem e que podem ser mitigadas. A poucos dias das presidenciais Norte-Americanas sinto mais naúseas pela situação Europeia do que o avanço de Mitt Romney nas sondagens. Mas devo dizer que esse avanço Mormónico não é coisa boa. Prefiro o espírito Quaker. O cream Quaker.

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Os preços dos cereais disparam

Jack Soifer 10 Out 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faz-me impressão o quanto os políticos falam inverdades, ou são tão arrogantes para não ouvir os grandes conhecedores do mundo real, e que os cercam? A decisão do BCE tem consequências boas apenas para uns poucos países, como o nosso, e só a curto prazo. A longo prazo enfrentamos uma enorme estagflação, como se lê na VISÃO online Altavisa, “Crise e Estagflação”, texto baseado nas análises dos conhecidos economistas Joaquin Féis (americano) e Robin Bew (inglês, The Economist). Os ciclos voltam, a história repete-se, mudam-se os ministros, mas é sempre o mais desprotegido quem paga pelo erro dos responsáveis. No site do http://www.igc.int/grainsupdate/igc_goi.xls#Summary!A1 estudo com frequência o que ocorrerá com os preços dos cereais e em outros, os de alimentos, aço, crude, etc. Qualquer jornalista ou consultor pode lá ver resumidos ou detalhados, os estudos de centenas de especialistas que aconselham as maiores empresas do planeta. Conclusão, os PREÇOS DOS CEREAIS VÃO DISPARAR, devido ao aumento da procura e à quebra na colheita de bens essenciais como milho e trigo, na ordem dos 20 a 25% para a safra 2012/13. No site da NASA lê-se ainda que as explosões solares trarão seca e enchentes extremas ainda em 2013, o que se refletirá nas expectativas da safra 2014 e pressionará os preços já em 2012. Estagflação é quando a economia estagna mas a inflação sobe acima dos 1% ao ano. Esta tendência já se lê nos preços das ações dos mega- distribuidores destes bens essenciais, que, em apenas 1,5mês valorizaram até 18%. A decisão do BCE vem pôr lenha na fogueira dos que prevêem a estagflação que, durante décadas aponta sempre para a subida dos preços dos alimentos, em detrimento dos supérfluos e bens de capital. Assim, o Banco Central da Suécia (não está no €), decidiu não baixar a taxa de juro e, ao contrário, aponta para um viés de diversificá-la, i.e, travar os empréstimos para investimentos p.ex. em imóveis (a Suécia teve um aumento do PIB de 4,8% em 2011) e para alguns tipos de consumo, para prevenir uma futura inflação. E nós, que importamos 70% do que comemos? O juro zero na Alemanha e 9% aqui, para quem investe na dívida soberana, demonstra que temos uma Zona Euro a dois tempos e que a solução do BCE tratou apenas do efeito e não das causas que assolam o Euro. O que ocorreu em 1974 e 2004 voltará em 2014. Porquê desprezamos a ciência da economia, em detrimento da arte financeira e do malabarismo politiqueiro?

 

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Quem é ignorante? Quem é?

Faust Von Goethe 29 Set 12

Numa reunião com 300 empresários, economistas e agentes políticos que decorreu em Vilamoura, António Borges considerou ignorantes os empresários que se manifestaram contra as mexidas na Taxa Social Única (TSU).

 

Eu considero António Borges um ignorante-ou melhor, um ignóbil pois tem formação académica- por não ter lido um dos últimos reports  dos seus antigos colegas do FMI, onde foi dito [com argumentos bastante sólidos] que era arriscado fazer mexidas na TSU [dentro da zona euro].

 

Adenda: Já repararam como a austeridade desenhada por António Borges está a desgastar o próprio António Borges? Se não se acreditam no que vos digo, comparem a foto acima de António Borges [tirada hoje em Vilamoura] com esta foto de António Borges tirada em Novembro 2011, antes de ser dispensado-só para não dizer despedido-pela actual chefe do FMI, Christine Lagarde.

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O ex- vice do PSD e recentemente colaborador da Goldman Sachs e do FMI, organizações de onde saiu sem glória tenta mostrar ao entrevistador que os fins justificam os meios e o neoliberalismo é o caminho. Só não contava ser arrasado pelo jornalista da BBC, Stephen Sackur. Esta entrevista tem mais de um ano, mas é absolutamente esclarecedora. Quem nos dera ter jornalistas deste calibre e frontalidade.

 

 

 

 

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Dívida: Os primeiros 5000 anos

Faust Von Goethe 14 Ago 12

 

Numa entrevista recente à cadeia de televisão Bloomberg TV - que merece ser vista, revista e partilhada a partir desta hiperligação- David Graeber reflectiu sobre questões bem actuais como "Qual é a verdadeira natureza do dinheiro?", "Porque a dívida é considerada como uma questão moral?" e "Será que nós vivemos verdadeiramente numa democracia?".

 

David Graeber, antropólogo [e activista político], foi um dos co-fundadores do Occupy Movement e autor no livro Debt: The First 5,000 Years. É também conhecido por ter cunhado o slogan We Are the 99%.

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