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Blogosfera que Pica
Artur de Oliveira 24 Jun 13
E porque já começou o Verão a sério, aqui vai um poema da autoria de Pedro Moura Azevedo, autor do blog Poetrus. O poema tem direito a banda sonora e tudo.
Bom verão aos colegas de blog e aos leitores do Ouriço.
No fundo da memória
No fundo da memória
Havia restos dum amor.
Alguns sorrisos
Muita raiva
E imensas lágrimas por chorar.
Era triste
no fundo da memória.
Foi então que matei o tempo.
A memória acesa de dor
Tornou-se fluida
E reinventou-se
nua
Numa praia.
qualquer praia.
Frescura
De sentir que era
À uma
borboleta e flor.
Pedro Moura
Artur de Oliveira 29 Mai 13
A nossa secção Poesia que Pica desta vez conta com Carmen Cardin, uma poetisa carioca com fortes relações com Portugal. Biogarafia aqui
Artur de Oliveira 21 Fev 13
John Wolf 25 Jun 12
Não resisto à tentação de pisar o risco, mas há algo de intrinsecamente português que se nos apresenta na forma lírica, sofrida. Um cunho incomparável que oferece a Portugal a sua própria identidade, admirável. Como se o fardo não pesasse na memória, e um novo talismã levantasse o véu para revelar a alma lusitana. Um povo que amestrou o sofrimento. Uma cultura que convidou o drama para o festival de esplendor. Matéria literária por excelência, inspiradora de odes e estrofes, uma amâlgama de felicidade e mágoas, atrasos e aplausos. A memória comovida de antemão, a membrana que antecipa os grandes épicos. Não resisto à atracção dessa linha ténue que une a dor e o voo planado de um comodoro. A ambição poética desta mensagem nasce na fantasia da troca, do câmbio de insígnias, no mercado da nação que torna ainda mais caro o preço alto. A prece do pudor e da valentia. E assim de repente, abruptamente. Será Eusébio o tesouro a oferecer para nos libertar do resgate e salvar por uns instantes.
Artur de Oliveira 10 Jun 12
PRIMAVERA
Hoje, meu coração embebedou-se...
Tenho vontade de pintar a manta!
A primavera, o prado, a maresia
E um búzio onde o mar saudoso canta.
Saio de mim para lugares incertos...
(até já me esqueci da minha idade).
Um dia quis fazer como os insectos
E aos poucos, fui perdendo a castidade.
Em tudo o que perdi, me conheci.
Sou como pólen a pairar no vento...
Se a porta é aberta, foi porque eu a abri
Com chaves de magia e sentimento
E versos de chegar, talvez, mais cedo,
Para colher as flores que estão cá dentro!
Maria Melo - no livro "Com Mote Certo"
Artur de Oliveira 27 Abr 12
Quem dera ver mais além pra dentro de mim
Pudera eu ser asa e vôo firme na terra
Um ser completamente diferente dos demais
E afirmar-me negando a minha existência
Quem dera estar cheio desse deserto da alma
Pudera eu ser o corpo de uma vida
Para que as minhas mãos fossem palavras
Agarradas ao perene sentimento de sempre
Quem dera saber mais que o meu intelecto
Pudera eu estar preso a uma liberdade
Como o espelho que reflecte o meu destino
E também o longe do meu horizonte
Quem dera estar dentro desse universo
Pudera eu estar só nesse lugar
Onde vive a fantasia tornada realidade
Da palavra que deveras sobeja em mim
Gonçalo Taborda Cardoso
Mendo Henriques 12 Abr 12
Já conhecem o blog do Pedro Manuel Correia ? Ele pede sugestões.
«(...)aceitaria, se o povo português quisesse, uma monarquia que me garantisse, e a ele, tudo o que a república não pudesse, a certa altura do desenvolvimento político do país, dar-nos … »
Jorge de Sena (então republicano) |
Artur de Oliveira 31 Mar 12
Amiga/Amigo:
Eu não sou esse Ser Perfeito que descreves, nem essa Chama que dizes proteger-te do frio.
Eu não sou esse Mar onde queres espraiar esse teu desejo de Infinito, muito menos essa Claridade que dizes irradiar a Luz no teu olhar.
Eu sou somente Aquele que te ajuda a levantar sempre que tombes, que te ampara nos caminhos mais sinuosos, que te beija quando precisas de Amor, que te afaga o rosto quando sentes o frio da indiferença.
Sabes, eu sou somente Aquele para quem Tu serás sempre a Fonte da Certeza, a gota de água onde saciarás a tua sede, a pedra a que te poderás encostar quando te sentires vacilante e cansado de tudo.
Afinal, Amiga/Amigo, tu és o Alimento da Vida, pois que sem ti eu nem terei existido.
E nada mais triste existe do que a Indiferença. Não tenho a pretensão de ser amado por ti, muito menos ser a Pessoa mais importante da tua Vida.
Queria somente, por favor, que não me ignorasses, e muito menos desprezasses.
É tudo quanto te peço!
Fernando de Sá Monteiro
Artur de Oliveira 3 Fev 12
No espelho
Jaz a imagem amarrotada
De Deus:
Homens que deliciados
Se comem
Limpando a boca à Palavra.
Amanhã
É um novelo confuso
De frios
Que do passado assomam
Para cortar o passo
À vida verdadeira.
Eu
Quero promulgar
A transparência do Tempo
A Alegria macia do Espaço
Quero ser a real vertigem
Do Movimento
O rodopio infinito
Da Imaginação
Criadora e criativa
Eu quero ser
A raiz e o fruto
Duma nova Aventura.
Pedro Moura Azevedo
Faust Von Goethe 28 Jan 12
Durante cerca de 40 anos, Portugal teve um e um só submarino: O Barracuda que entretanto se transformou em museu.
Actualmente conta com dois: o Arpão e o Tridente.
Nunca percebi porque se deu nome de chiclete a um submarino. Pela lógica se Arpão é nome de lança, e se lança é usada para pescar peixe em águas profundas, então o nome do outro submarino deveria ser ou Garoupa (o meu pai ia gostar pois é o peixe preferido dele) ou se calhar Cherne, como homenagem a... um poema de Alexandre O'Neill.
Sigamos o Cherne então!
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