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O Ouriço

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Em mais de 45 anos como consultor de PME e grandes empresas, encontrei a maioria delas no vermelho. A primeira acção era reduzir os desperdícios e custos, como em energia, materiais, chefia intermédia, administração. E vender mais. Nunca aumentar os preços, o que prova a incompetência e afasta os clientes.

 

Em Portugal, os transportes públicos têm um brutal desperdício. Sabemos que os terminais, de onde estes partem muito cedo pela manhã e chegam à noite, são cruciais no controlo dos lucros. Bem como a manutenção preventiva, mini-melhorias, constante controlo do atendimento ao cliente, etc. Metade dos técnicos do Metro de Lisboa deve estar no mais distante e complexo parque de composições. A outra metade na manutenção. Pelo menos 600 boys seriam dispensados e a actual sede vendida a bom preço.

 

Em quase todos os países onde vivi, o preço dos transportes públicos varia consoante o dia e a hora, para oferecer descontos aos que não precisam de usá-los nas horas de ponta e assim ocupá-los mais. Nas pontas, pela manhã e à tarde, os colaboradores do escritório vão para algumas estações, para evitar filas nas bilheteiras.


Podemos reduzir o preço em 15% se ministérios e autarquias restringirem o trânsito de carros privados no centro das capitais, pois a capacidade ociosa é de 35%; é como deitar fora um terço da produção da Autoeuropa ou da Cimpor. Se as Carris nórdicas usam biogás feito com os resíduos das ETAR, quase de borla, porque não aqui? Os boys só mantêm mais do mesmo, não inovam.


Em transportes, não precisamos de um inteiramente ultrapassado TGV, mas de melhor administração nas CP, Refer, nos Metros e Carris. Se a TAP pode, estes também podem. É trocar boys por profissionais. E nem na Alemanha o transporte público é PPP.

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Há mais de dez anos, quando a economia de Portugal estava boa, já faltava um PIT, Plano Integrado de Transportes, com apoios da UE, para gerar trabalho no país. O aqui sugerido é faseado, ao considerar a nossa actual realidade.


 Nos últimos 20 anos tem havido desperdício de meios, energia, o uso de tecnologia ultrapassada, falta de articulação e integração dos diversos meios de transporte, contratos de PPP criticados pelo Tribunal de Contas ,enfim, parece faltar um PIT de longo prazo, que se sobreponha a transitórias influências políticas.

 

Se o Conselho Superior de Obras Públicas do Ministério das Obras Públicas não tivesse sido extinto e com o poder que os seus congéneres têm em outros países, teria minimizado as falhas no planeamento e na execução de obras para uma logística lógica e económica.

 

Ele deve ser reactivado, com engenheiros e experts não só portugueses, mas também com os que detêm tecnologias e os que estudam as expectativas dos utentes. Nele não deve estar quem já mostrou simpatias políticas; deve ser claramente supra-partidário. Nem quem tenha defendido os projectos ou as PPP chumbados na AR ou criticados pelo Tribunal de Contas.

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A III República sacrifica o povo português

Artur de Oliveira 30 Ago 12











 A Monarquia democrática constitucional, para além de resolver muitas matérias constitucionais, teria  a virtude de acabar este semi-presidencialismo da III República, que não serve o Povo, nem Portugal, mas os barões dos partidos do Centrão de Baixo e os lobbies e clientelas que com eles compactuam. A emigração de portugueses para fora do nosso país está prestes a chegar aos números da década de 1960 e com um governo que nos manda emigrar, pior ainda. Os políticos deviam ser responsabilizados pela gestão danosa que fazem e por sacrificarem os portugueses não dando o exemplo, insistindo em cortar na receita em vez despesa. É um regime que não demonstra a mínima sensibilidade pelo seu povo e território e arroga-se no direito de exigir austeridade, cobrando aos cidadãos os erros que os políticos cometeram e resgatar BPN´s e suportar PPP´s mal geridas. Está na hora da república ir embora para nunca mais voltar. 










 











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Iremos ter a electricidade mais cara do Mundo por causa do Plano Nacional de Barragens e dos Parques Eólicos. Não se trata apenas de motivos ecológicos, mas é que iremos pagar uma factura mais cara por causa do Estado ter-se comprometido a dar ás concessionárias hidroeléctricas 49 milhões de euro, ainda que se saiba de antemão que a energia líquida a ser produzida é zero. É tempo do Estado rever as suas políticas e dos cidadãos protestarem. Em nome da nossa Economia e do nosso Património Natural.

 

 

 

 

Leitura Complomentar: 

 

EDP contra IDP

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PPP's Facturas à vista

Mendo Henriques 8 Ago 12

Em 7 de Setembro começam as audições na Assembleia da República sobre as Parcerias Público Privadas (PPP's). Após 2013, devido às novas auto-estradas, hospitais, Saneamento de água, os encargos anuais do Estado vão subir de 700 para 2 mil milhões de Euros. Com o país endividado, esta é uma situação insustentável, que vai obrigar a parar a maioria dos investimentos nas PPP's e concessões na rodovia, ferrovia, hospitais, barragens, saneamento, resíduos e água. A soma total poderá atingir mais de 60 mil milhões de Euros até 2030.

Convém lembrar como a Direcção Geral do Tesouro e Finanças, em Julho de 2010, emitiu um documento sobre as PPP e Concessões de 120 projectos, num valor superior a 60 mil milhões de Euros  de concessão. A repartição do investimento é esta:

41% para Rodovia (novas auto-estradas e vias rápidas);

19% para Ambiente (Águas, Saneamento e Resíduos);

12% para Produção de energia eléctrica (Novas Barragens);

10% Distribuição de energia eléctrica;

9% Produção e distribuição de Gás Natural;

4% Ferrovia;

4% Portos

1% Saúde e Segurança.

Agora começam a chegar as facturas e a questão é: investir em função do endividamento irresponsável em vez de rendimento disponível é imoral.

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Austeridade para as PPP´s

Artur de Oliveira 3 Ago 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As oligarquias formadas pelo Centrão de Baixo e a sua clientela composta por empresas de construção civil, banca, escritórios de advogados e consultoras mandam mais que a Troika, ao que parece. Apesar do memorando determinar a revisão das PPP´s e o corte de algumas, o facto é que parece que se está a ganhar tempo e que vão continuar os contratos para obras parasitárias e destruidoras do território como barragens (veja-se o caso do Tua), autoestradas, hospitais faraónicos e afins. Ora como é lógico, o dinheiro que o Estado gasta a financiar com parte de leão nas ditas PPP´s terá que ser compensado e isso é feito através de cortes nos subsídios, aumento do IVA e claro despedimentos frios e calculistas na função pública. Os contratos das PPP´s (que incluem a banca que ganha imenso com eles) interessam mais á III República dos interesses do que os cidadãos que vivem na sua égide. Os custos do Estado com PPP derraparam 18% em 2011 e ultrapassaram 1,8 mil milhões de euros. Tanto sacrifício para quê? Não admira que a execução orçamental esteja á beira do falhanço. A Troika devia de olhar para estes problemas e impôr a austeridade ás PPP´s em vez da habitual prática de pedir vistos na check list... Depois ainda há responsáveis pelo descalabro das Parcerias Público-Privadas que dizem que o assunto tem como objectivo tirar da agenda mediática outros assuntos. Mas que outros assuntos são mais prioritários do que um rombo financeiro que contribuiu para lesar os cidadãos? Há pessoas a passar fome por culpa de práticas destas. Note-se que não é contra o facto de haver PPP´s que este artigo fala, mas sim contra o modelo errado que tem vindo a ser practicado com má gestão e abusos nos contratos, mas convenhamos que vivemos num regime em que o Centrão de Baixo (o verdadeiro partido ambidextro do regime republicano versão 0.3) é quem mais ordena e povo é que paga...

 

Outras leituras:

 

 PPPs derrapam apesar da Troika- O António Maria

 

Parcerias Público-Privadas ou o Triunfo dos Irmãos Metralha- O Ouriço

 

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Uma das mais difíceis estimativas que o grupo de especialistas a que eu pertencia tinha que fazer, era o efeito dos novos investimentos no desenvolvimento sócio-económico regional. Já falámos, nas colunas anteriores, da prática na Tanzânia, com efeitos contrários aos esperados; da Suécia e do Brasil, com ótimos resultados.

 

Um milhão de euros investidos em 10 PMEs que aproveitem os recursos humanos e/ou materiais locais (matérias-primas) resultam em lucros que são depois investidos na expansão dessas empresas ou na dinamização de outras que fornecem materiais ou serviços às primeiras e assim utilizam ainda melhor os recursos locais. Os exemplos mais vulgares são a construção de casas e apartamentos, o início do comércio com produtos até então não oferecidos, como vestuário desportivo, artigos de decoração, etc.

 

Isto parece óbvio e genérico. O truque é como fazê-lo, para surtir efeito. Por que é que em outros países funciona mas não em Portugal, onde se vê o país todo a perder recursos humanos e a desperdiçar os investimentos já realizados no interior e, como consequência, tensões sociais e a perda do PIB e do PPP. A resposta é POLÍTICAS E PRÁTICAS NA LEGISLAÇÃO FISCAL.

 

Se uma rede de grandes superfícies do setor alimentar tem lucros na sua unidade de uma pequena vila do interior distante, paga (?) impostos em Lisboa e o lucro vai para uma offshore e daí para investimentos no exterior. A sede em Lisboa exige pagar ao produtor local o mesmo ou até menos do que paga ao chinês por produtos que só na aparência são iguais, pois um segue as leis de alimentação saudável da UE e o outro pode conter químicos nocivos. Como os efeitos destes só serão constatados muito depois e não se pode provar que foram daquela importação da China, o conhecido investidor(sic) continua com esta prática nociva ao consumidor pouco esclarecido, ao produtor apático e à economia dominada pela banca estrangeira.

 

Nos países Norte-europeus controla-se isto através de políticas fiscais, seja por incentivos ao investimento produtivo nas regiões menos favorecidas, seja ao taxar de diferentes formas o uso dos lucros das grandes empresas. Assim, p.ex. na Suécia, no Brasil, etc. há fundos para investir nas empresas, sobretudo indústrias, em equipamentos lá fabricados para expandir a capacidade das PMEs ou racionalizar a sua produção. Já a retirada dos lucros para p.ex. adquirir um concorrente, o que com frequência é feito em Portugal, paga um imposto mais elevado. Quando o lucro é usado para adquirir bens de produção local, p.ex. uma casa, o imposto é modesto. Mas usado para comprar um objeto de consumo de luxo, p.ex. um iate acima de 12m, incidem impostos sobre ‘bens de luxo’.

 

Ao lançar uma “taxa sobre a grande superfície” ela será repassada para o consumidor. Mas ao lançar um imposto sobre o lucro transferido de uma loja do interior para o negócio central e daí para uma SGPS e daí para uma offshore sem impostos, pode-se fazer com que ele vá parar na agricultura de Idanha, Portugal, em vez de Dalian, China. Mas este imposto o lóbi não quer. Assim, o problema de Portugal não é Económico, mas Fiscal.

Detalhes? Ler sff o “Como Sair da Crise - B”.

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MicroPPP

Jack Soifer 4 Jul 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Há décadas, governos, sob influência dos lóbis, contrataram, por PPP´s, obras inúteis ou exageradas. A maioria das autoestradas e Scuts há anos são subutilizadas, comparando com outros países.


Entretanto, investiram mil milhões em obras para universidades, subutilizadas, que poderiam agora ajudar a minorar a depressão em que já estamos desde 2011. Em 01/03/2010, eu disse, no Prós e Contras da RTP, que, se o governo não mudasse o rumo, poderíamos estar numa depressão com duração de uns oito anos. Escrevi então que precisaríamos de uns 160 MM€ para dela sair. É só estudar o que aconteceu em outros países em situação semelhante.

Ao contrário do que a Troika, contra o parecer de muitos nobeis de economia, fez, era necessário gastar mais em muitas pequenas obras. A austeridade seria com o despesismo, funcionários públicos a mais e reformas chorudas.

Milhares de edifícios e instalações públicas poderiam ter micro-PPP com associações ou PME´s locais. Como laboratórios, estufas, salas de universidades, para festa e concerto nos jardins de museus e nas bibliotecas, nos fins de semana.

Um horticultor ou cluster que alugue uma estufa como packing-house irá usá-la mais horas e a tarifa que paga à universidade ajudaria a pagar os elevados salários dos professores.

Quando lecionei na Católica do Rio de Janeiro, a central informática instalada na Engenharia pertencia à IBM, que a usava das 22 às 8h. Lá, a Fundação Oswaldo Cruz vende serviços de biotecnologia para pagar parte do seu pessoal. Nos EUA, a maioria das universidades públicas vende serviços de laboratório.

É também uma forma de os estudantes terem contato com o mundo real.

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