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O Ouriço

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Falta-nos uma matriz energética para o futuro.


Desperdiçamos energia e abusamos do crude mas há motores mais eficientes. Deve-se melhorar o transporte público electrificado e impedir carros privados na city das metrópoles.

 

Existem carrinhas eléctricas há 50 anos, etanol para carros há 35, carros eléctrico há 25,motoretas eléctricas há 30, biodiesel para camiões há 20, autocarros a biogás no tráfego urbano há 20.

 

Há lâmpadas LED que consomem 5% da normal há 10 anos, painéis solares há 30, fotovoltaicos há 5. O crude é para plásticos, petroquímicos eaplicações onde estas alternativas ainda não existam.

 

Pontes só devem ser construidas em serras, agora faz-se túnel imerso.

 

A tecnologia do TGV tem 150 anos, é só força bruta. A tecnologia do alfa pendular, com carruagem em aço resistente e compósitos é a actual. A do carro tem 100 anos.

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Porquê só castigar?

Jack Soifer 27 Nov 12

 

 

 

Sou um otimista por natureza, sem ser sonhador. Baseio-me em cálculos cujas fórmulas são sempre atualizadas. E em valores duplamente controlados e submetidos à apreciação de investido-res e empresários do setor, especialmente no exterior.

Aprendi cedo a diferença entre teorias vs prática. E a avaliar as consequências de decisões - se atingirão ou não os resultados esperados. E aprendi a ler alertas e avaliar probabilidades.

Em 20/out tive uma palestra/debate com os afetados pelo terrível incêndio em São Brás e Tavira. Ouvi detalhes de estarrecer, do inadequado funcionamento de quem os devia e deve apoiar, não só dos bombeiros. Haviam alertas deste risco, nada se fez.

Há dias ofereci 4h de trabalho voluntário após a destruição na fre-guesia de Pereiras, concelho de Odemira. Ali não houve tornado, só chuva torrencial, prevista há semanas pela NASA e pelo Meteo 3 dias antes. Não se alertou a população. Não se tomaram medi-das de precaução nos concelhos. Ninguém da CM Odemira foi de imediato foi ver os estragos. Sou engenheiro: uma barragem mal feita pela CM provocou a destruição de um olival e muito mais. Exatamente o mesmo ocorreu há seis anos.

Os proprietários deste olival fazem o azeite extra-virgem que ga-nhou três prémios internacionais! É uma empresa familiar que exporta o dobro do que vende cá. Ela é alemã, casada com um português. Ela é presidente de um clube de empresários algar-vios e muito ativa em outros grupos. Ele participa de 4 grupos informais de empresários.

 

 

Olival destruído no sentido inverso do declive comprova que a onda veio da barragem

 

 




Palha na oliveira, há 1,60 do solo,

comprova a rápida onda que inundou o olival

  

 

Após um contato com a realidade e falar com muita gente, deci-diu-se escrever aos amigos no Frankfurter Allgemeine, Zürcher Zeitung, Der Spiegel, Expressen  (sueco) e contar como mini-investi-dores alemães/suecos são tratados por alguns funcionários públi-cos e os seus chefes por cá. Penso que o governo não sabe do que está a acontecer no mundo real cá no Sul de Portugal.

 

Bem sei que não deveria empenhar-me, não fui chamado a isso. Mas desejo apoiar este povo maravilhoso. Sugeri a quem devia ver e ouvir diretamente os afetados, sem os funcionários das autarquias e dos ministérios. Quadros da Segurança Social, da Agricultura, da Justiça. Pois já há investidores estrangeiros que muito perderam nos fogos e nas cheias, mais de uma vez, a pensar processar autarquias e até o governo, lá fora.

 

O melhor para todos é o governo ouvir diretamente os que têm sugestões concretas de como melhorar. Para a sugestão não se tornar indignação. O filósofo/jornalista António Gramsci definiu como crise: quando o velho ainda não desapareceu e o novo ainda não nasceu”. Não será hora de agir?

 

 

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Explosões solares

Jack Soifer 12 Out 12

 

 

 

 O site science@nasa tem bons relatórios. Em março, alertou para os efeitos das explosões solares, que nos trariam seca e calor. O ciclo de explosões aumentará e atingirá o máximo no 2.º trimestre de 2013. Mas há o lado positivo: aproveitar a energia maior ali gerada. Com mais vento e intensidade solar, quem tiver eólicas e paineis fotovoltaicos vai ganhar.


Há uns cinco anos, quando se autorizou a microgeração nas casas, a EDP contratou um péssimo serviço de registo que travou 300 mil interessados em produzir. Agora, quando já não há apoios, o registo é mais fácil.


Felizmente já começa a chegar ao mercado a moderna tecnologia fotovoltaica, muito mais barata, a PEME. Ao considerar que devemos reduzir as importações e que temos no país dezenas de indústrias que a poderiam usar, talvez seja hora de voltarem os apoios de então, por dois anos. Basta aumentar o imposto sobre combustíveis fósseis, como já se faz no Norte da Europa, para financiar esta substituição.


Com as grandes alterações na UE esperadas após a vitória de Hollande e a derrota de Merkel nas respetivas eleições, é provável que esta proposta seja bem vista pela Troika.


Para reduzir os desperdícios de energia, precisamos de um programa semelhante ao dos países do norte da Europa, no qual aumenta de forma exponencial o custo do Kwh consoante o consumo. Pois para os grandes consumidores, como indústias, centros comerciais, etc, compensa instalar sistemas alternativos. Se não o fazem, é porque agora pagam pouco, e assim podem desperdiçar.

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Economizar energia

Jack Soifer 20 Jul 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Num artigo da "Revista da Marinha", Luís C. Silva, co-autor do livro "Transportes", aponta para a brutal dependência que temos dos combustíveis importados e ainda o desperdício nos equipamentos, processos industriais, etc.

 
Noutros países, até no Brasil, há 35 anos, o governo estabeleceu uma matriz energética na qual, para cada uso, tem incentivos, controlos ou taxas para fazer a empresa ou o consumidor otimizar os recursos locais. Luís C. Silva  diz que os transportes são o nosso principal problema energético.

 

Há 40 anos, em todos os países civilizados, o transporte coletivo público é eficiente e está com empresas públicas, controladas pelo Tribunal de Contas ou por uma comissão de utentes, não politizada. No Norte da Europa, há taxas extra para o grande consumidor de energia que não utilize as novas técnicas, investimento que este, mas não as famílias, pode suportar.


Luís C. Silva recomenda o que há séculos se faz nestes países: desinvestir em estradas e apostar em vias fluviais, caminhos de ferro e tram-train(como os comboios usados no metro do Porto, por exemplo). Países como a Alemanha, Holanda, Suécia e França não teriam a riqueza de hoje se não fosse, há 200 anos, continuamente transformar rios em vias navegáveis, modernizando e expandindo as CP´s deles.

 

Com canalização e controlo, o Douro, Dão, Tejo e Guadiana poderiam transportar o que hoje vai por estradas, pela metade do custo. As nossas composições, balsas e patrulhas estão ultrapassadas.


Muito do nosso pescado é captado de forma ilegal; mil milhões em cigarros e drogas entram pelas praias. A Suécia está a construir cinco patrulhas de guarda costeira com três motores de 790 Hp cada, com tecnologia IPS, na qual as hélices à frente do motor puxam, não empurram o barco, o que o torna mais silencioso e economiza 30% do diesel.
 

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FITO-ETAR

Jack Soifer 27 Jun 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em 2011, Cristina Calheiros, da Universidade Católica do Porto provou a eficácia do sistema de tratamento de águas residuais para aldeias, turismo de habitação e turismo rural, usando plantas. A tecnologia é muito simples e o investimento muito reduzido; qualquer PME pode construí-lo. É melhor do que fossas séticas, não tem odores e cria uma bela paisagem.

 
Do tanque subterrâneo para decantação, revestido com argila expandida, que serve de substrato para as plantas, sai a água depurada por agapantos, jarros e cana-da-índia. Esta água serve para rega em jardins e não só. Pois, com a privatização da água, o seu preço poderá até sextuplicar.


Uma das razões pelas quais alguns burocratas das CCDR travam novas edificações em zonas rurais é a falta de saneamento básico. Esta poderia ser uma solução em muitos casos. Como um conhecido arquiteto-paisagista do Algarve diz, é preciso mostrar alternativas em vez de dizer "não".


No Algarve, já há muitos pisci-lagos, em vez de piscinas, de privados, pelo interior, a usar plantas para limpar a água, em vez de caros filtros e poluentes químicos. Os fito-sistemas naturais são, em geral, menos caros do que as soluções tradicionais e ao mesmo tempo criam emprego na própria comunidade. E economizam um bem cada vez mais escasso, a água. Especialmente quando se lê as previsões da NASA para 2013/14, resultado das explosões solares e continuado efeito estufa no nosso pobre planeta.


É preciso inovar e começar a dar alternativas, em vez de travar o nosso belo interior. Travar, sim, os megalómanos sonhos de três hotéis na Natura 21 da Lagoa dos Salgados contratados pela autarca de Silves, que até no "Daily News" já despertou a ira dos europeus. O que escreverão o "Handelsblatt" e o "Frankfurter"?

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Uma das mais difíceis estimativas que o grupo de especialistas a que eu pertencia tinha que fazer, era o efeito dos novos investimentos no desenvolvimento sócio-económico regional. Já há muito deixáramos o PIB. Pois a teoria nos dá valores, mas a prática mostra que fatores culturais, ocasionais e familiares trazem ações muito diferentes das expectativas racionais.

Quando o governo da Suécia decidiu mudar à força a maioria das Direcções-Gerais, para cidades com crescente desemprego, a uma distância de umas2,5 a3,5h de Alfa da capital, não imaginava as consequências positivas que isto traria. Para começar muitos burocratas não foram e trocaram de carreira. Mudaram-se os mais humildes, pessoas sem a arrogância que ainda caracteriza muitos chefes do serviço público em muitos países. Isto obrigou à informatização otimizando o tempo do cliente, o que trouxe menor custo com a administração pública e maior receita fiscal.

 

Menor poluição, maior eficácia

Em Estocolmo ficaram naturalmente, além do Governo e do Parlamento, algumas instituições ligadas aos negócios estrangeiros, como a Agência de Cooperação Internacional. Isto trouxe menor pressão às longas filas dos que queriam arrendar habitação na capital. Os que se mudaram da casa própria a venderam com facilidade. Os compradores puderam escolher entre continuar com o contrato que o anterior proprietário tinha com o banco e pagar a diferença ao vendedor, ou negociar um contrato novo, considerando o rendimento familiar. Com as novas ciclovias na região, o preço mais alto nos parkings centrais e os parkings gratuitos junto às distantes estações de comboio e de metro, muitos venderam os seus carros para reduzir a dívida ao vendedor.

 

A anterior queda na construção civil foi plenamente compensada pelo boom imobiliário nas cidades escolhidas, de40 a 50 mil habitantes.

Os chefes que tiveram que quinzenalmente ir à capital, passaram a usar as cadeiras vazias do Alfa, e acordar um pouco mais cedo para lá estar no horário habitual das reuniões.

 

Os estádios, restaurantes, centros, toda a infra-estrutura da cidade menor foi mais utilizada, trazendo também mais lucro às empresas locais. O que, por sua vez, aumentou a procura em p.ex. de produtos alimentares, calçados e roupas especiais, materiais de construção, nas lojas e fábricas de toda a região daquela cidade.

Estocolmo teve a sua população reduzida aos 9,5% do total do país, o trânsito auto caiu e a qualidade de vida melhorou.

 

A prática superou a teoria

O melhor aproveitamento de todos os recursos numa dúzia de cidades trouxe o aumento da procura nas regiões, que também teve as suas empresas melhor utilizadas, o que aumentou a competitividade delas, o que aumentou as exportações. A importação de automóveis caiu.

 

Hoje, 20 anos depois, a Suécia tem uma capital com excelente padrão habitacional e urbano, 6 cidades importantes, com 120 a 500 mil habitantes, que desfrutam de universidade, ópera, etc, da mesma qualidade da capital, e mais 15 cidades com quase as mesmas facilidades. O CP de lá, chama-se SJ, 100% estatal, dá lucro, o meio-ambiente é excelente, os autocarros usam biogás produzido pelas autarquias junto às ETAR e o PIB cresce(4,8% em 2011). Aumentou a competitividade das empresas que têm um dos custos salariais mais elevados da Europa e o IVA de 25%, e exportam mais. O bem-estar do cidadão superou em muito as estimativas dos economistas.

 

Este longo texto foi para exemplificar como uma decisão corajosa, impopular, que antevia custos elevados e problemas para o Estado, acabou por, pouco depois, render ao país muito mais do que o previsto, pois tinha ignorado fatores não-contabilizáveis.

 

Na próxima semana descreverei outra decisão governamental, noutro país, que os financistas de então criticaram, e que resultou numa clara melhora sócio-económica. Após detalhar casos concretos em outros países concluirei com a tese da complexidade do mundo real em que só ao trazer fatores não-contabilizáveis para modelos económicos, temos algo muito mais do que um transitório e fugaz crescimento do PIB.

 

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Pneu velho é diesel

Jack Soifer 17 Abr 12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A partir de pneus velhos, plástico reciclado ou xisto, já se faz diesel marítimo por 30 dólares o barril. Um cracker catalítico parte a ligação entre as cadeias de hidrocarbonetos de petróleo em materiais a reciclar, o que produz um diesel com baixo teor de enxofre. É a despolimerização térmica.

As suecas Ragnsells, maior recicladora de pneus da Europa, fornece-os, a Cassandra Oil transforma e a Nordkalk usa o óleo. Obtêm 4,5 kg de óleo com 10 kg de pneus velhos. Um quarto torna--se carvão, um décimo gás. O processo leva 15 minutos. Se usar plástico como matéria-prima, tudo resulta em óleo, pois plástico é só hidrocarbonetos.

Este, mesmo sujo ou contaminado, é processado. Mesmo o óleo pesado, fuel ou resíduo de refinaria, é reciclado.

Até a sucata eletrónica transforma-se em diesel, gás e metais. De cada tonelada obtém-se 700 kg de óleo, 200 de cobre, 0,5 de prata e 40 gramas de ouro.

A Oil Cassandra investiu num reator catalítico de 1500 kW. Ela pretende fabricá-los para vender a outros.

O fundador, Anders Olsson, foi o agente da Petrobras no Oriente Médio. Ele trabalhou na recuperação dos lagos de óleo pesado no Médio Oriente. Em 2010, patenteou a tecnologia baseada em "despolimerização térmica por fricção em leito fluidizado."

Este é só um exemplo de como, na Europa do Norte, os desperdícios são aproveitados. E como as grandes empresas se abrem às inovações das pequenas, para sinergias onde a sociedade toda gasta menos. É o PIB a cair e o povo a lucrar com menos poluição e mais inovação. Algo para a Troika aprender?

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